Terça-feira, 3 de setembro de 2024 - 07h35
Os
teóricos da conspiração criam raciocínios baseados em truques para contrariar a
realidade. Com isso conseguem justificar suas fantasias e assustar os incautos,
gerando insegurança. Ao fragilizar a vítima, semeiam nela ódio, descrença ou
dúvida.
Uma
teoria conspiratória que engabelou a muitos dizia que, ao fazer cirurgias ou se
vacinar, médicos do mal a serviço de algum poder implantariam chips no corpo
das pessoas para dominá-las.
Se
a vítima fosse melhor informada saberia que ela própria tem chip em seu cartão
de débito. Para que implantar chip se todos já o carregam sem cirurgia ou
vacina alguma? Agora, com o início das operações em Drex, o Real digital, os
conspiradores dizem que alguém vai espionar as finanças das pessoas que usarem
o dinheiro sem papel, como se o Pix já não fizesse isso.
Na
verdade, faltam ao governo meios reais de obter e controlar dados para corrigir
problemas de alta seriedade. Como não existe um Drex para plantas e bichos, para
promover um inventário da floresta amazônica os cientistas terão que coletar diretamente
no mato informações como o sequenciamento de DNA, imagens detalhadas e sons de
espécies vegetais e animais.
Os pesquisadores
de várias universidades atualmente mergulhados na tarefa de formar a base de
dados necessária para automatizar o reconhecimento de espécies por inteligência
artificial sabem que o único jeito é sair no mato e trabalhar duro.
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Pior momento
Não
é à toa que Porto Velho vivencia seu pior momento em termos de qualidade de
vida com estas ondas de fumaça que tomaram conta dos céus da capital nos
últimos dias. Temos nossa própria fumaça produzida na região, a recebida do Sul
do Amazonas e Norte do Mato Grosso e ainda a fumaceira boliviana. As queimadas
se multiplicaram na Amazônia e Porto Velho vem pagando o pato porque concentra
todas por aqui, não bastasse os recordes de calor ocorridos durante o mês de
agosto, uma estiagem dos infernos e uma crise hídrica que atinge todo o estado.
Clima de eleição
Estamos
a um mês das eleições de 6 de outubro e o clima de campanha ainda não esquentou
em Porto Velho. Nas capitais vizinhas, como Rio Branco e Manaus, o pau já canta
alto. Na capital rondoniense ainda não se vê os debates acalorados nos botecos,
e o indício maior de campanha são as “formiguinhas” nas esquinas mais movimentadas
com as bandeiras dos seus candidatos a prefeitos e vereadores. Mesmo o horário
gratuito não trouxe tanta repercussão. Espera-se que com os debates – mesmo com
a ausência da candidata considerada fujona por antecipação, Mariana –a coisa
deslanche. Só que sem Mariana será um debate sem tempero.
Um alivio
Com as restrições de financiamentos impostas
para a compra de imóveis usados pelos bancos, aos poucos os imóveis novos
lançados em Porto Velho vão desovando. São dezenas de apartamentos novos em fase
de conclusão e tantos outros já acabados a pronta entrega. A retomada nas
vendas significa um alivio para os corretores de imóveis que desde o início do
ano padecem com o fraco movimento nas transações. A Caixa Econômica segue
liderando o índice de transações imobiliárias com financiamentos. O tempo de
liberação ocorre entre 45 a 60 dias dependendo das documentações das partes
envolvidas.
As narrativas
Nesta
campanha, como tantas outras anteriores, quem está no poder vende ao público
suas cidades felizes, bonitas, urbanizadas, com gestões irretocáveis, elevados índices
de crescimento, os prefeitos se dizendo mais populares do que Jesus Cristo, etc,
etc. Já a oposição, pinta um quadro de horror até em Porto Velho onde ocorreram
avanços significativos nos últimos anos. Os “contras” lembram os casos na saúde,
na segurança pública, o colapso nas alagações, a omissão em revitalizar o centro
histórico, o balcão de negócios que se tornou a política e por aí vai. Na verdade,
não é nem pão, nem queijo.
Cartas na manga
Tudo
indica que não teremos chuvas constantes até o final de outubro quando ocorre o
segundo turno das eleições em Porto Velho. A estação das chuvas, que por aqui é
denominada de inverno amazônico, é aquela que mais desgasta os governantes na
capital rondoniense e, por conseguinte seus candidatos apadrinhados. É época
das alagações, da economia em baixa e temporada em que as mãezinhas dos prefeitos
e do governador são lembradas de forma depreciativa. O fato é que as projeções
de alagações são lá por dezembro e janeiro e com isto uma carta a menos na
manga dos oposicionistas.
Via Direta
*** Os prefeituraveis estão no trecho com
agendas pesadas. Tanto Leo Moraes (Podemos), Euma Tourinho (MDB) e Célio Lopes
(Frente Democrática) estão acelerando o passo rumo a conquista de uma vaga no
possível segundo turno com Mariana Carvalho *** A candidata Mariana (União
Brasil) que disputa a prefeitura de Porto Velho, preconiza uma campanha limpa e
debates sobre propostas *** Em Candeias
do Jamari, onde o prefeito Lindomar Garçom assumiu mandato tampão ele vai a
reeleição com muita disposição perante o eleitorado***. Candeias, como se
sabe, ainda está em caos devido a seguidas gestões corruptas.
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