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Carlos Sperança

Porto Velho vivencia seu pior momento em termos de qualidade de vida


Porto Velho vivencia seu pior momento em termos de qualidade de vida  - Gente de Opinião

Drex, outra vacina

Os teóricos da conspiração criam raciocínios baseados em truques para contrariar a realidade. Com isso conseguem justificar suas fantasias e assustar os incautos, gerando insegurança. Ao fragilizar a vítima, semeiam nela ódio, descrença ou dúvida.

Uma teoria conspiratória que engabelou a muitos dizia que, ao fazer cirurgias ou se vacinar, médicos do mal a serviço de algum poder implantariam chips no corpo das pessoas para dominá-las.

Se a vítima fosse melhor informada saberia que ela própria tem chip em seu cartão de débito. Para que implantar chip se todos já o carregam sem cirurgia ou vacina alguma? Agora, com o início das operações em Drex, o Real digital, os conspiradores dizem que alguém vai espionar as finanças das pessoas que usarem o dinheiro sem papel, como se o Pix já não fizesse isso.

Na verdade, faltam ao governo meios reais de obter e controlar dados para corrigir problemas de alta seriedade. Como não existe um Drex para plantas e bichos, para promover um inventário da floresta amazônica os cientistas terão que coletar diretamente no mato informações como o sequenciamento de DNA, imagens detalhadas e sons de espécies vegetais e animais.

Os pesquisadores de várias universidades atualmente mergulhados na tarefa de formar a base de dados necessária para automatizar o reconhecimento de espécies por inteligência artificial sabem que o único jeito é sair no mato e trabalhar duro.

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Pior momento

Não é à toa que Porto Velho vivencia seu pior momento em termos de qualidade de vida com estas ondas de fumaça que tomaram conta dos céus da capital nos últimos dias. Temos nossa própria fumaça produzida na região, a recebida do Sul do Amazonas e Norte do Mato Grosso e ainda a fumaceira boliviana. As queimadas se multiplicaram na Amazônia e Porto Velho vem pagando o pato porque concentra todas por aqui, não bastasse os recordes de calor ocorridos durante o mês de agosto, uma estiagem dos infernos e uma crise hídrica que atinge todo o estado.

Clima de eleição

Estamos a um mês das eleições de 6 de outubro e o clima de campanha ainda não esquentou em Porto Velho. Nas capitais vizinhas, como Rio Branco e Manaus, o pau já canta alto. Na capital rondoniense ainda não se vê os debates acalorados nos botecos, e o indício maior de campanha são as “formiguinhas” nas esquinas mais movimentadas com as bandeiras dos seus candidatos a prefeitos e vereadores. Mesmo o horário gratuito não trouxe tanta repercussão. Espera-se que com os debates – mesmo com a ausência da candidata considerada fujona por antecipação, Mariana –a coisa deslanche. Só que sem Mariana será um debate sem tempero.

Um alivio

 Com as restrições de financiamentos impostas para a compra de imóveis usados pelos bancos, aos poucos os imóveis novos lançados em Porto Velho vão desovando. São dezenas de apartamentos novos em fase de conclusão e tantos outros já acabados a pronta entrega. A retomada nas vendas significa um alivio para os corretores de imóveis que desde o início do ano padecem com o fraco movimento nas transações. A Caixa Econômica segue liderando o índice de transações imobiliárias com financiamentos. O tempo de liberação ocorre entre 45 a 60 dias dependendo das documentações das partes envolvidas.

As narrativas

Nesta campanha, como tantas outras anteriores, quem está no poder vende ao público suas cidades felizes, bonitas, urbanizadas, com gestões irretocáveis, elevados índices de crescimento, os prefeitos se dizendo mais populares do que Jesus Cristo, etc, etc. Já a oposição, pinta um quadro de horror até em Porto Velho onde ocorreram avanços significativos nos últimos anos. Os “contras” lembram os casos na saúde, na segurança pública, o colapso nas alagações, a omissão em revitalizar o centro histórico, o balcão de negócios que se tornou a política e por aí vai. Na verdade, não é nem pão, nem queijo.

Cartas na manga

Tudo indica que não teremos chuvas constantes até o final de outubro quando ocorre o segundo turno das eleições em Porto Velho. A estação das chuvas, que por aqui é denominada de inverno amazônico, é aquela que mais desgasta os governantes na capital rondoniense e, por conseguinte seus candidatos apadrinhados. É época das alagações, da economia em baixa e temporada em que as mãezinhas dos prefeitos e do governador são lembradas de forma depreciativa. O fato é que as projeções de alagações são lá por dezembro e janeiro e com isto uma carta a menos na manga dos oposicionistas.

Via Direta

 

*** Os prefeituraveis estão no trecho com agendas pesadas. Tanto Leo Moraes (Podemos), Euma Tourinho (MDB) e Célio Lopes (Frente Democrática) estão acelerando o passo rumo a conquista de uma vaga no possível segundo turno com Mariana Carvalho *** A candidata Mariana (União Brasil) que disputa a prefeitura de Porto Velho, preconiza uma campanha limpa e debates sobre propostas *** Em Candeias do Jamari, onde o prefeito Lindomar Garçom assumiu mandato tampão ele vai a reeleição com muita disposição perante o eleitorado***. Candeias, como se sabe, ainda está em caos devido a seguidas gestões corruptas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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