Segunda-feira, 31 de julho de 2023 - 08h25
Tardou,
mas não falhou. Não se esperava muito do governo nesse sentido até o ano
passado, mas desde o início deste ano havia a expectativa de uma ofensiva
imediata rumo à descarbonização. Como o Brasil só funciona depois do Carnaval,
em abril o Ministério da Fazenda anunciou o propósito de incluí-la no chamado
pacote de transição, mas como já não se faz nada sem antes combinar com os
presidentes do Senado e da Câmara Federal, o assunto parou no âmbito dos grupos
de trabalho ministeriais, nos debates parlamentares e nas reclamações das ongs
ambientais. Que, contra a onda sensacionalista de afirmações nesse sentido, não
possuem poder paralelo ou influência no governo maior que as entidades empresariais.
As
providências concretas tardaram e ainda não se sabe ao certo qual será o
alcance de sua efetividade imediata, mas ao menos já estão anunciadas para
agosto pelo ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, como “um dos
maiores programas de descarbonização do planeta”.
Se
o objetivo de reduzir o uso elevado de óleo diesel para a geração de energia
nos sistemas isolados no Norte do país for alcançado a curto prazo pela oferta
ampla de energia limpa e renovável o mundo estará, como deseja o ministro,
recebendo uma sinalização objetiva de que nossas leis não são mais só pra
inglês ver. Funcionar é o que importa.
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Os predadores
Com
os vereadores recebendo bons salários e a partir de agora até com recursos de
emendas parlamentares e 23 cadeiras disponíveis
a Câmara Municipal de Porto Velho está atraindo as atenções de ex-deputados
estaduais para as eleições do ano que vem. No rol dos possíveis interessados estão
Jair Montes (Avante); Hermínio Coelho (PT), Anderson Pereira, Eyder Brasil
(PL), Jesuíno Boabayd, Nereu Klosinski (PT) e Ribamar Araújo. É uma peleja
interessante, uma disputa intensa e os atuais edis já estão reforçando suas
paliçadas para 2024.
Lideranças emergentes
As
lideranças emergentes da Câmara de Vereadores são ameaçadas pelo ex-deputados estaduais
que desembarcam na disputa com forte estrutura. Mas alguns edis tendo força
para o enfrentamento, casos de Alex Palitot, Everaldo Fogaça, e a sindicalista Elis
Regina, já no seu terceiro mandato. Todos eles foram bem votados nas eleições a
Assembleia Legislativa e por pouco não conquistaram cadeiras estaduais e agora
estão bem animados para obter mais uma reeleição. Todos conhecem o caminho da
roça para a reeleição e já estão no trecho, inclusive percorrendo os distritos.
A ascensão
A
respeito dos vereadores de Porto Velho é sempre bom lembrar que em toda legislatura
da Assembleia Legislativa eles logram a eleição de pelo menos dois edis. São predadores
naturais dos deputados estaduais, mas agora os deputados que não se reelegeram
visam se reabilitar perante o eleitorado conquistando vagas no legislativo
municipal. Em 2026 os vereadores eleitos em 2024 voltarão as urnas para apear
dos cargos os deputados estaduais e a principais vítimas sempre são os parlamentares
da capital, como no pleito passado em que pelo menos quatro levaram pau.
As rebeliões
A
cada rebelião que explode em Rio Branco e Manaus, Porto Velho já fica
arrepiada. Em primeiro lugar, porque quem consegue se evadir por lá passa pela
capital rondoniense ou fixa residência por aqui. Em segundo lugar, porque a
cada conflito entre os presos os governadores do Acre e do Amazonas pedem a transferência
dos líderes das rebeliões para presídios federais. E onde está localizado o
presídio federal da Amazônia? Pois é caras-pálidas, é em Porto Velho, um presente
de grego que recebemos na década passada e que tantos dissabores tem nos
causado com a presença de celebridades criminais do eixo Rio-São Paulo. É só no
nosso, como diz o Datenão.
Os ex-prefeitos
Vários
ex-prefeitos estão cogitando disputar as eleições municipais no ano que vem. Em
Porto Velho, Mauro Nazif, em Candeias do Jamari, Lindomar Garçom, em Ariquemes,
Adelino Folador (que foi prefeito em Cacaulandia), em Ji-Paraná, Jesualdo
Pires, transformado em franco favorito com o desgaste do atual prefeito
afastado Isau Fonseca, em Cacoal Glaucioni Nery, em Vilhena, Rosani Donadon. De
todos eles, com maiores chances estão Jesualdo na capital da BR e Garçom em Candeias,
com boas gestões praticadas os seus respectivos municípios.
Via Direta
*** Impressiona o número de estabelecimentos
comerciais fechados nas regiões mais populosas de Porto Velho, que são a Zonas
Leste e Sul. Isto ajuda explicar a evasão populacional da capital rondoniense
nos últimos anos ***
Também chama atenção mercearias atendendo seus clientes ao meio de grades
reforçadas o que sinaliza a falta de segurança nos bairros da capital, o que
não é nenhuma novidade também no centro histórico *** A segurança pública está em colapso. As esferas municipais, estaduais
e federal precisam se unir para dar um jeito nesta situação que só vem piorando
nos últimos anos *** O PT estaria cogitando o lançamento da deputada estadual
Claudia de Jesus a prefeitura de Ji-Paraná.
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