Quinta-feira, 25 de julho de 2024 - 07h45
Quando
a criança chora, expressa necessidade, dor ou desconforto. Quando a água de um
lago se aquece além do comum, ela expressa as três coisas, sinalizando para uma
situação indesejável e preocupante. Pesquisadores do Instituto Mamirauá, ligado
ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, descobriram que todos os lagos
amazônicos vêm esquentando, década após década. A informação destacada em mesa-redonda
sobre a hidrografia, os aquíferos, as secas e enchentes na Amazônia, durante a
76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
A análise
de dados sobre a temperatura da superfície da água teve o apoio, já
indispensável, da tecnologia. Sem ela, muitos problemas ficariam restritos ao
antagonismo entre apocalípticos e negacionistas, os primeiros anunciando que
não há mais retorno e os últimos crentes de que algo mágico virá para socorrer
a humanidade, sem que ela precise mover um dedo para se salvar. Os
pesquisadores coletaram os dados por meio de satélites, o que lhes permitiu
constatar a tendência de aumento na temperatura de 0,6ºC por década em 25 lagos.
Dois
aspectos, um geral e outro específico, estão aliados ao fenômeno: as mudanças
climáticas e, ampliando a tendência, a grande seca de 2023. Apocalípticos dirão
que a deste ano será pior. Negacionistas, é claro, negarão. O tempo dirá.
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Na história
Vou
rememorar nesta coluna a saga de grandes favoritos que tubularam gloriosamente
em eleições nestas bandas. Vamos começar por 1982. O então deputado federal Jeronimo
Santana (MDB) pintava com ares de favoritismo para uma das três vagas ao Senado
e com isto poderia ocasionar estragos nas bancadas a Assembleia Legislativa e Câmara
dos Deputados a serem eleitas naquele
primeiro pleito do estado. Nada que o governo Teixeirão não pudesse alterar com
pix (naquela época não existia, mas os políticos se vendiam com outras moedas
de troca). Os governistas se acertaram com grandes lideranças do MDB no interior
e reverteram a situação. Com isto e mais a liderança de Teixeirão, o PDS fez barba,
cabelo e bigode.
Punhal da traição
Se
o MDB de Jeronimo Santana tinha sido alvo do punhal da traição em 82, no decorrer
dos mandatos dos senadores e deputados federais eleitos por Teixeirão, na década
de 80, assim que eles puderam se uniram e aplicaram uma rasteira no então govenador
aclamado pela população pela transformação do território em estado. Vários deles
conspiraram para a troca de governador em Rondônia, (naquela época eram
indicados) na criação do estado o que acabou acontecendo. Haja traições
políticas, hajam zebras. Os últimos sempre viraram os primeiros. Ângelo
Angelim, o deputado estadual menos votado virou governador nomeado. José Guedes
o vereador menos votado, prefeito naquela década de 80.
Grandes frias
Mas
não temos maior protagonista de frias do que o ex-deputado federal e ex-prefeito
de Porto Velho Carlinhos Camurça, celebrando alianças com adversários. Na
primeira delas, apoiando o então antagonista
Mauro Nazif, as contas feitas eram para uma grande vitória, pois juntos eles
teriam na época 135 mil votos. Era uma eleição, para eles, favas contadas, Camurça
e Nazif tinham até dó dos adversários com tanto favoritismo que acreditavam.
Como não tinham combinado um acordo com os eleitores, tiveram uma derrota
arrasadora. Mas para Camurça não bastou apenas esta gelada com Nazif, anos
depois ficaria amiguinho do adversário Ivo Cassol e tabularia de novo.
Tudo acertado
Lembrando
que em campanhas anteriores Camurça e Ivo Cassol tinham trocado acusações pesadas,
naquela feita se uniram. Os dois terrivelmente pés-frios para alianças
combinaram o seguinte: que Carlinhos Camurça seria o deputado estadual mais
votado da história de Rondônia e em seguida, com apoio de Ivo Cassol seria
presidente da Assembleia Legislativa. Piedade, caros aldeões, misericórdia, caras-pálidas
de Porto Velho. Camurça sequer conseguiu se eleger deputado estadual. Nesta fantástica
aliança não tinham combinado as coisas com os eleitores. Lembrando que Ivo,
mesmo pé-frio sempre se dá bem, mas seus aliados só se ferram. É coisa de
louco!
Baitas pés-frios
Lembrando
que estes dois pés-frios juramentados também estiveram na aliança “Rondônia com
Fé”, onde Chiiquilito era considerado o rei dos favoritos e se ferrou perante
Valdir Raupp. Voltando aos dias atuais, Ivo Cassol lançou Valdir Vargas para disputar
a prefeitura de Porto Velho e o coitado acabou desistindo da peleja sem sequer
enfrentar os adversários, vítima do sortilégio do padrinho pé-frio. Carlinhos Camurça
apoia uma filha para vereança e eu já estou apreensiva com a tadinha. Mas estou
na torcida para se eleja. Não merece ser mais uma vítima dos pés-frios da
política rondoniense.
Via Direta
***
Nos corredores palacianos já se pede votos pra Mariana Carvalho. Com isto se
atesta a fidelidade do governador Marcos Rocha com o projeto político de
Mariana em 2024 e do prefeito Hildon Chaves 2026, sem os punhais da traição cogitados
nos últimos dias. *** Neste sábado, 27, teremos um dia decisivo
nas convenções partidárias com as últimas definições de candidaturas. *** Do meu lado, estou voduzando uns e
torcendo por outros. Vamos em frente! *** Mas ainda teremos surpresas em plenas
convenções, com alguns vira-casacas já conhecidos nos meios políticos. É típico
em pleitos na capital
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