Sexta-feira, 28 de janeiro de 2022 - 07h03
A
considerada terceira onda do Novo Coronavírus volta a opor os negacionistas e
os prevencionistas. Os primeiros apostam na imunidade de rebanho, enquanto os
outros, com tradição humanista assentada na prevenção aos acidentes de
trabalho, preferem poupar vidas. O problema dos negacionistas é que no caso da
Covid a imunidade dura poucos meses. Deixar-se contagiar supondo ter adquirido
a imunidade eterna contra o vírus é uma ilusão de traços suicidas. Já o
prevencionismo consegue lidar com diversas situações de risco no trabalho, mas
a pandemia se apresenta com variantes ainda mais contagiantes.
Se
a terceira onda da pandemia é desastrosa, na política a terceira via é vista
como saída para a polarização. O problema é saber o que seria a tal terceira
via. Sabe-se que o Centrão quer esvaziar o bolsonarismo de seus extremos para
torná-lo uma corrente conservadora clássica: o conservadorismo defende a independência
entre os poderes, abominada pelos extremistas.
Com
isso, o Bolsonaro 2022 seria a própria terceira via, opondo-se ao extremismo de
2018 e ao lulismo. Este, por sua vez, com Geraldo Alckmin, vira terceira via
contra o bolsonarismo e o PT de esquerda. Sobram meia dúzia de candidatos a uma
terceira via indecisa entre a direita e a social-democracia. Já a Amazônia é só
uma. Não existe um plano B ou C como alternativa caso o temido ponto sem volta
chegar.
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PIB rondoniense
Já
não temos os baitas PIBs das gestões dos ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio
Moura, quando Rondônia crescia a patamares dos tigres asiáticos. Mas diante das
circunstâncias, devido a pandemia, atingiu quase 2 por cento de crescimento em
2021 enquanto o Brasil patina em percentuais mixurucas. É uma proeza da gestão
do governador Marcos Rocha (União Brasil). No País apenas São Paulo, Mato
Grosso e Rondônia estão crescendo a patamares superiores à média nacional,
mesmo com elevado índices de desemprego e alguns setores da economia ainda padecendo.
Criatura x Criador
Em
raras eleições temos assistido confrontos entre a criatura e seu criador. No
pleito de 2022, teremos o senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) enfrentando
seu ex-pupilo o atual mandatário Marcos Rocha (União Brasil –Porto Velho) numa peleja
que já começa polarizada com o impedimento do ex-governador Ivo Cassol
(PP-Rolim de Moura) e pela desistência do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves
(PSDB-Porto Velho). Raramente as criaturas devoram os criadores em Rondônia,
mas isto já ocorreu com Valdir Raupp papando Jeronimo Santana a bocanhadas nos
anos 90
Prática difícil
É
difícil se ver as crias políticas crescerem, afiar as suas garras contra seus
padrinhos políticos. Na história política rondoniense a prática é inibir a pauladas
os pupilos com asas crescidas. O emergente mostrou a cabeça fora da toca e taca-lhe
o pau! Vejam alguns casos: o governador Jeronimo Santana asfixiou Tomas Correia
quando este assumiu a prefeitura de Porto Velho sendo tratado a pão e água
liquidando uma promissora carreira política. O prefeito Chiquilito, na sua
sucessão optou em apoiar Vitor Sadeck nos anos 90, deixando de lado lideranças
emergentes, uma dobradinha Dalton Di Franco com Marlene Gorayeb em melhores
condições de enfrentar na época José Guedes que com a facilidade foi eleito.
Bonzinho se ferra
O
que dizer do então governador Ivo Cassol que deixou de apoiar Expedito, numa vitória
até previsível na época, colocando na peleja para enfrentar Confúcio, o
inexpressivo João Cauhla para perder a parada em 2006? Temia que o aliado
Expedito se elegendo tomaria seu lugar no contexto estadual. E bonzinho da
política se ferra: Teixeirão elegeu com seu prestigio uma trinca de senadores –
Odacir Soares, Galvão Modesto e Claudionor Roriz – e foi apunhalado depois
pelas suas próprias crias que participaram,
do processo de sua deposição no Palácio Presidente Vargas em 1985, quando foi substituído
pela nomeação deputado estadual Ângelo Angelim.
Com patriotismo
Pelos
antecedentes de promessas não cumpridas pelos prefeitos de Porto Velho e
governadores do estado, só com muito patriotismo para acreditar nos prazos de
conclusão do Hospital Euro (obra estadual) e do novo terminal rodoviário de
Porto Velho, onde nada se sabe ainda sequer da regularização do terreno e cujas
licenças ambientais demoram indefinidamente. Que tal lembrar do anuncio da ampliação
do Estádio Aluízio Ferreira para 25 mil espectadores? Do Espaço Multieventos
que ia reunir no mesmo lugar na região do aeroclube desde bumbodromo, Flor do
Maracujá ao centro de com convenções? Tudo virou brisa!
Via Direta
*** O bolsonarismo rondoniense explode
de alegria com o desembarque dia 3, quinta-feira do presidente Jair Messias
Bolsonaro e sus motociatas. Os candidatos ao governo estadual Marcos Rocha e
Marcos Rogério para disputar o carinho presidencial *** As chuvas de janeiro
transformaram os bairros situados nas regiões mais baixas da cidade de Porto
Velho em verdadeiras sapolândias. Nesta época do ano a capital rondoniense vira
um imenso igapó e a drenagem não dá conta de conter tantas alagações *** Se a pandemia arrefecer teremos a edição da Rondônia Rural Show
em Ji-Paraná no próximo mês de maio *** Também as feiras agropecuárias a partir
de julho que geram melhoras na economia rondoniense impulsionando hotéis, bares
e restaurantes, como ocorre em Ariquemes, Ji-Paraná, Vilhena, Cacoal e Rolim de
Moura.
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