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Carlos Sperança

Que os rondonienses fiquem de barbas de molho durante as festividades de Natal e Ano Novo


Que os rondonienses fiquem de barbas de molho durante as festividades de Natal e Ano Novo - Gente de Opinião

Abrir os olhos

Quando se pensa em uma obra, é obrigatório que entre a decisão de construí-la e o planejamento necessário para viabilizá-la concretamente entrem em pauta os valores: quanto dinheiro será necessário e de onde ele virá. No caso da bioeconomia, a obra mais importante da história do Brasil, realização que vai tirar o país do atraso e enriquecer seu povo, a obra é gigantesca, já está decidida e planejada, mas o trabalho de captar os recursos necessários ainda continua tolhido e incompleto.

 Como na história dos cegos identificando um elefante pelo tato, cada qual concluindo que o animal é de um jeito diferente, com base na imaginação acionada pela parte que cada um toca, há montes de propostas relativas aos créditos de carbono, sem que já esteja definida a melhor forma de fazê-los render ao máximo em benefício da grande obra deste século.

Tentando vencer a cegueira limitante, os estados amazônicos se movimentaram para alterar o projeto que regulamenta o mercado de carbono, de modo que possam assumir a venda direta dos créditos produzidos dentro das suas áreas. A regra geral seria a venda feita pelos proprietários das terras, mas até em benefício deles seria mais vantajoso que os estados conseguissem o máximo de rendimento. São coisas que já deviam estar devidamente definidas, mas ainda seguem em debate, mostrando que os cegos continuam tateando o elefante.

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Grande risco

Que os rondonienses fiquem de barbas de molho durante as festividades de Natal e Ano Novo. Serão quase 600 saídas temporárias de presos, que vão se somar a milhares de marginais perambulando de Guajará Mirim a Vilhena. Em Porto Velho, todo ano alguns dos presidiários em liberdade participam de roubos, assaltos, arrombamentos e estupros. São coisas da justiça brasileira, reforçando os índices da criminalidade ao final de cada ano. Para mudar esta situação seria necessário mudar a composição do Congresso Nacional responsável pela a legislação vigente e que seja comprometida com a segurança pública

Só aumentando

O governador de Rondônia Marcos Rocha foi inocentado dos processos que pediam a cassação do seu mandato, mas o número de governadores envoltos com a justiça só vem aumentando. O ano de 2024 vai começar com pelo menos três governadores enrascados: 1-Antonio Denarium (Roraima) 2- Gladson Cameli (Acre) 3- Claudio Castro (Rio de Janeiro). No Congresso Nacional, o caso mais notório é do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) que de uma hora para outra deverá ser afastado. Petistas e bolsonaristas paranaenses já escolhem candidatos numa eleição suplementar para a cadeira de Moro.

Segue o êxodo

O IBGE rondoniense está em campo para pesquisas sobre saúde e fertilidade. Ao ser entrevistado a respeito, fornecendo dados sobre o solicitado, também coletei algumas informações a respeito do êxodo demográfico na capital rondoniense que vem acontecendo há mais de dois anos, pois se acreditava que Porto Velho contava com 535 mil habitantes, mas no censo 2023 só apareceram 460 mil almas. Fui informado que o êxodo segue, existindo centenas de apartamentos e casas desocupadas pela cidade e que em bairros centrais, como São Cristóvão, Liberdade, Olaria e Caiari, ocorre enorme contingente de idosos. Risco para futuras aposentadorias.

Mania de bolivianos

Que Rondônia, que será beneficiado pelo governo Lula e pelo seu intendente rondoniense Confúcio Moura, com a ponte binacional em Guajará Mirim, conectando o Brasil com a Bolívia, que fique atento quando ao seu futuro funcionamento, que nas minhas contas ainda vão pelo menos uns cinco anos. Ocorre, caras-pálidas que os bolivianos fecham pontes sem a menor cerimônia, e a qualquer pretexto, como ocorreu nesta semana na Ponte da Amizade em Epitaciolândia e na ponte Wilson Pinheiro em Brasiléia. Não querendo voduzar, nossa ponte binacional será um prato cheio para as típicas manifestações bolivianas.

Governos paralelos

Os bolsonaristas rondonienses andam meio desconfiados de que o governo Lula está montando governos paralelos nos estados conservadores pró-Jair Bolsonaro. Em Rondônia, a desconfiança decorre do fato do senador Confúcio Moura (MDB) operar no estado como um verdadeiro governante, correndo o estado e distribuindo recursos para os municípios. Não bastasse, Confúcio estaria ofuscando o governador Marcos Rocha com suas constantes aparições no estado trazendo ministros e anunciando obras do porte da duplicação da BR 364, ponte binacional etc. Mas será?

 

Via Direta

*** O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves deve estar exultante com a pesquisa divulgada por sua assessoria que atesta 85 por cento de aprovação popular na capital *** E havendo veracidade na amostra encomendada, seguindo o resultado, ele teria mais de 300 mil votos dos 350 mil existentes - em Porto Velho ao governo do estado em 2026. Isto numa cidade muito dividida politicamente. Será? *** Trocando de saco para mala: com as recentes cassações, idas e vindas, o cenário político em Ji-Paraná e Candeias do Jamari ainda carecem de definições para as eleições municipais do ano que vem *** Liderando a oposição, o vereador Rafael Fera está se organizando para disputar a prefeitura de Ariquemes. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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