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Carlos Sperança

Receita contra o atraso e a patrulha rural


Receita contra o atraso e a patrulha rural - Gente de Opinião

Receita contra o atraso

Não haverá boa consequência para a tentativa de inimizar o governo com o agronegócio nacional. O governo é de todos e o agronegócio é o setor da economia que mais se enraíza na sociedade. Como o governo não pertence a pessoas, seitas ou partidos, mas à Nação, o agronegócio não possui uma face só: cobre toda a ampla cadeia que permeia os polos inseparáveis do setor de ponta, mais afeito à tecnologia e à globalização, e do negócio familiar, presente em cada canto do país.

Daí porque só pode haver consequências negativas de eventuais e indesejáveis distanciamentos entre o governo e qualquer setor da produção causados por pescadores de águas turvas. A primeira consequência é manter o atraso nacional e a paralisia infraestrutural. Em memorável entrevista à Conjuntura Econômica do Ibre/FGV, o ex-ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, salientou as grandes carências infraestruturais do país, que amarram o desenvolvimento nacional.

Ao contrário de inimizar o governo com setores da sociedade é preciso mostrar ao governo que ele pertence a todos e só com união nacional será possível vencer o atraso e suprir de imediato as lacunas infraestruturais. Nesse sentido, priorizar a Amazônia e a bioeconomia servirá como acelerador para vencer o atraso e pôr na lata de lixo as tentativas de isolar o governo do agronegócio e vice-versa. A Pátria não pode ser menor que as intrigas.

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Recorde negativo

O censo oficial do IBGE confirmou os resultados divulgados durante o ano expondo o município de Ministro Andreazza em Rondônia como um dos dez municípios brasileiros que mais perderam habitantes nos últimos anos. Também confirmou Vilhena, com um dos maiores índices de crescimento no estado com sua população já bem próxima a de Ariquemes. Vilhena ultrapassou Cacoal e já prepara o bote em Ariquemes para ser terceira maior cidade do estado nos próximos anos, ambas na faixa de 95 a 96 mil habitantes. Porto Velho ficou com cerca de 460 almas no censo oficial, mas bem abaixo das estimativas de 535 mil no ano passado. É osso.

Chiadeira grande

A contagem oficial do IBGE confirmou números indigestos para mais da metade dos municípios rondonienses. Por conseguinte, a chiadeira vai ser grande dos prefeitos e representantes das cidades mais afetadas, já que é com base na contagem censitária que é feita a distribuição de repasses do Fundo de Participação dos Municípios-FPM. Trata-se de uma fonte importante de recursos para os municípios e as ações impetradas contra o instituto vão se perder no vazio diante dos resultados confirmados. A evasão populacional foi grande em muitos municípios rondonienses nos últimos anos.

Explicando

Os números oficiais do IBGE são diferentes, se forem comparados com as estimativas mais recentes do instituto. Enquanto no censo oficial Porto Velho cresceu um tantinho, se for computada uma década, nas estimativas divulgadas nos últimos anos o município perdeu pelo menos 60 mil habitantes cujas estatísticas podem ser confirmadas com a migração desenfreada dos rondonienses para outros estados e países como os estados Unidos, Portugal e Espanha e com tantas empresas que fecharam as portas nos centros comerciais de avenidas importantes da capital rondoniense.

As exposições

As exposições agropecuárias neste final de junho, e as programadas em julho em agosto vão servir para mostrar a pujança do agronegócio rondoniense, impulsionando o comercio lojista juntamente com as festas juninas. Porto Velho festeja a volta da Exposição local, Ji-Paraná realiza a fenomenal Expojipa e muitos outros municípios que paralisaram seus eventos por causa do Covid voltaram a realizar suas exposições com sucesso com repercussões positivas para o comercio lojista, bares e restaurantes e o setor hoteleiro que em cidades como Ji-Paraná, Cacoal, Ariquemes e Vilhena ficam lotados.

Patrulha rural

 Finalmente a secretaria de segurança pública em Rondônia colocou em ação a patrulha rural visando combater a criminalidade no campo. Já acontecem ações de treinamento neste sentido e as comunidades rurais agradecem o benefício diante de tantos assaltos, arrombamentos e roubos de maquinário e caminhonetes nas fazendas e sítios. As esferas municipais, estaduais e federal precisam se unir no sentido de dar mais paz aos homens do campo afetados nos últimos anos com tantas ocorrências policiais além dos conflitos sangrentos provocados pela disputa de terras em regiões como a do Vale do Jamari, Cone Sul rondoniense e Ponta do Abunã.

Via Direta

 *** Enquanto isto, nas cidades rondonienses, as patrulhas escolares precisam ser reforçadas pelo menos nos polos regionais mais importantes do estado com Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena *** A cada ano os traficantes e marginais de toda espécie tem aumentado causando transtornos a comunidade escolar e  aos professores *** Trocando de saco para mala: tem prefeito em Rondônia complicando suas eleições com tantos secretários envolvidos em maracutaias e sob bombardeio da oposição *** Seja em Cacoal, sendo em Guajará Mirim  ou Candeias, as oposições intensificam chumbo sobre os  atuais administradores *** E pelo menos seis municípios estão sob investigação da Policia Federal neste momento. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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