Quinta-feira, 29 de junho de 2023 - 10h14
Não
haverá boa consequência para a tentativa de inimizar o governo com o
agronegócio nacional. O governo é de todos e o agronegócio é o setor da economia
que mais se enraíza na sociedade. Como o governo não pertence a pessoas, seitas
ou partidos, mas à Nação, o agronegócio não possui uma face só: cobre toda a
ampla cadeia que permeia os polos inseparáveis do setor de ponta, mais afeito à
tecnologia e à globalização, e do negócio familiar, presente em cada canto do
país.
Daí
porque só pode haver consequências negativas de eventuais e indesejáveis
distanciamentos entre o governo e qualquer setor da produção causados por
pescadores de águas turvas. A primeira consequência é manter o atraso nacional
e a paralisia infraestrutural. Em memorável entrevista à Conjuntura Econômica
do Ibre/FGV, o ex-ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, salientou as
grandes carências infraestruturais do país, que amarram o desenvolvimento
nacional.
Ao
contrário de inimizar o governo com setores da sociedade é preciso mostrar ao
governo que ele pertence a todos e só com união nacional será possível vencer o
atraso e suprir de imediato as lacunas infraestruturais. Nesse sentido,
priorizar a Amazônia e a bioeconomia servirá como acelerador para vencer o atraso
e pôr na lata de lixo as tentativas de isolar o governo do agronegócio e
vice-versa. A Pátria não pode ser menor que as intrigas.
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Recorde negativo
O
censo oficial do IBGE confirmou os resultados divulgados durante o ano expondo
o município de Ministro Andreazza em Rondônia como um dos dez municípios
brasileiros que mais perderam habitantes nos últimos anos. Também confirmou
Vilhena, com um dos maiores índices de crescimento no estado com sua população
já bem próxima a de Ariquemes. Vilhena ultrapassou Cacoal e já prepara o bote
em Ariquemes para ser terceira maior cidade do estado nos próximos anos, ambas
na faixa de 95 a 96 mil habitantes. Porto Velho ficou com cerca de 460 almas no
censo oficial, mas bem abaixo das estimativas de 535 mil no ano passado. É
osso.
Chiadeira grande
A contagem
oficial do IBGE confirmou números indigestos para mais da metade dos municípios
rondonienses. Por conseguinte, a chiadeira vai ser grande dos prefeitos e representantes
das cidades mais afetadas, já que é com base na contagem censitária que é feita
a distribuição de repasses do Fundo de Participação dos Municípios-FPM.
Trata-se de uma fonte importante de recursos para os municípios e as ações impetradas
contra o instituto vão se perder no vazio diante dos resultados confirmados. A
evasão populacional foi grande em muitos municípios rondonienses nos últimos
anos.
Explicando
Os
números oficiais do IBGE são diferentes, se forem comparados com as estimativas
mais recentes do instituto. Enquanto no censo oficial Porto Velho cresceu um
tantinho, se for computada uma década, nas estimativas divulgadas nos últimos
anos o município perdeu pelo menos 60 mil habitantes cujas estatísticas podem ser
confirmadas com a migração desenfreada dos rondonienses para outros estados e
países como os estados Unidos, Portugal e Espanha e com tantas empresas que
fecharam as portas nos centros comerciais de avenidas importantes da capital
rondoniense.
As exposições
As
exposições agropecuárias neste final de junho, e as programadas em julho em
agosto vão servir para mostrar a pujança do agronegócio rondoniense,
impulsionando o comercio lojista juntamente com as festas juninas. Porto Velho
festeja a volta da Exposição local, Ji-Paraná realiza a fenomenal Expojipa e
muitos outros municípios que paralisaram seus eventos por causa do Covid
voltaram a realizar suas exposições com sucesso com repercussões positivas para
o comercio lojista, bares e restaurantes e o setor hoteleiro que em cidades
como Ji-Paraná, Cacoal, Ariquemes e Vilhena ficam lotados.
Patrulha rural
Finalmente a secretaria de segurança pública
em Rondônia colocou em ação a patrulha rural visando combater a criminalidade
no campo. Já acontecem ações de treinamento neste sentido e as comunidades
rurais agradecem o benefício diante de tantos assaltos, arrombamentos e roubos
de maquinário e caminhonetes nas fazendas e sítios. As esferas municipais, estaduais
e federal precisam se unir no sentido de dar mais paz aos homens do campo
afetados nos últimos anos com tantas ocorrências policiais além dos conflitos
sangrentos provocados pela disputa de terras em regiões como a do Vale do
Jamari, Cone Sul rondoniense e Ponta do Abunã.
Via Direta
*** Enquanto isto, nas
cidades rondonienses, as patrulhas escolares precisam ser reforçadas pelo menos
nos polos regionais mais importantes do estado com Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal
e Vilhena *** A cada ano os traficantes
e marginais de toda espécie tem aumentado causando transtornos a comunidade
escolar e aos professores ***
Trocando de saco para mala: tem prefeito em Rondônia complicando suas eleições
com tantos secretários envolvidos em maracutaias e sob bombardeio da oposição *** Seja em Cacoal, sendo em Guajará Mirim ou Candeias, as oposições intensificam chumbo
sobre os atuais administradores ***
E pelo menos seis municípios estão sob investigação da Policia Federal neste
momento.
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