Segunda-feira, 10 de janeiro de 2022 - 09h53
Sempre
que o governo volta atrás, a primeira impressão é de desarranjo entre as partes
que compõem a administração: ora entre as alas que dirigem a política do
Palácio do Planalto, ora entre estas e os ministérios técnicos, sem contar as
vezes em que todos trombam com todos. Ao cancelar sete polêmicas autorizações
concedidas para garimpo de ouro em região do Amazonas onde vivem 23 etnias, o ministro
do GSI, general Augusto Heleno, agiu corretivamente e evitou mais bate-cabeça.
As
autorizações iniciais enfrentaram forte resistência interna e externa. Como,
nos termos da Constituição, a gestão interna cabe ao Palácio do Planalto, antes
que mais uma vez a coisa caia no STF e alimente bate-boca no Congresso, recuar
de medidas que ultrapassam eventualmente os limites do bom senso não é derrota:
é corrigir e acertar. É a batida de martelo em favor da democracia, até porque 2022
é ano de pactuar rumos e opções.
Por
conta disso, a correção serve, se ainda não para melhorar de vez a péssima
imagem do Brasil no exterior, ao menos para indicar que o país está disposto a
fazer seu melhor para cumprir as metas consensuais: a bioeconomia como linha
geral para a produção de riquezas, a inclusão dos povos da floresta e a melhora
do clima. São metas saudáveis e democráticas. Sua concretização, não importa
quantos recuos sejam ainda necessários, será a vitória do interesse nacional.
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Eleições 2022
Apostando
em uma nova onda vermelha, o PT monta sua estratégia para eleger seu candidato
ao governo de Rondônia, o ex-deputado federal Anselmo de Jesus, o ungido do
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva em nosso estado. É uma candidatura de
oposição ao governo Marcos Rocha e ao presidente Jair Bolsonaro, mas também
mira suas baterias para um rival das suas bases, o senador Marcos Rogério que está
ingressando no PL. A dobradinha ao Senado é com o dirigente Ramon Cujui, tendo
a ex-senadora Fatima Cleide como postulante a Câmara dos Deputados.
Dois candidatos
O
município de Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado, comparece as
eleições de outubro com dois candidatos a governador. O senador bolsonarista
Marcos Rogério (PL) e o lulapetista, ex-deputado federal Anselmo de Jesus. Não
é a primeira vez que a capital da BR lança dois candidatos na disputa estadual,
pois em 2002, teve o enfrentamento do então governador José de Abreu Bianco com
o atual senador Acir Gurgacz. O racha do eleitorado local é uma ameaça aos dois
candidatos que buscam vaga ao provável segundo turno do pleito deste ano.
Os ex-prefeitos
Acreditando
numa retomada de suas carreiras políticas, os ex-prefeitos Carlinhos Camurça
(Porto Velho), Ernandes Amorim (Ariquemes), Milene Mota (Rolim de Moura), José
Amauri (Jaru), Carlos Magno (Ouro Preto do Oeste), entram na peleja por
cadeiras da Assembleia legislativa e a Câmara dos Deputados nas eleições de
outubro. Alguns com chances, outros já em plena decadência depois de algumas
derrotas sucessivas e com dificuldades de voltar ao pódio. De qualquer forma
são políticos experientes e em condições de dar a volta por cima.
Com dificuldades
Se
tratando da disputa das oito cadeiras a Câmara dos Deputados destinadas a Rondônia
no pleito 2022, ex-parlamentares como Lindomar Garçom (Porto Velho), Luís
Claudio (Rolim de Moura) e Nilton Capixaba (Cacoal) lideram os entendimentos
para a formação de um “Frentão” em condições de eleger pelo menos dois parlamentares.
Capixaba está inelegível, neste caso lançaria sua esposa para disputar o pleito
nesta verdadeira federação de partidos que para se reforçar tenta atrair pelo
menos dois deputados federais com mandato para um chapão.
Dois vices
Na
primeira eleição do estado de Rondônia, Ji-Paraná, na época um grande município
também territorialmente, reunindo várias cidades da BR, elegeu dois deputados
federais, Assis Canuto (PDS), que já tinha sido prefeito de Ji-Paraná e o então
jovem advogado Orestes Muniz (MDB). Por coincidência em eleições seguintes seriam
eleitos também vice-governadores. Orestes Muniz foi vice de Jeronimo Santana,
eleito em 86 e Assis Canuto, vice de Oswaldo Piana, em 90, o governador do
“Linhão”. Tradicionalmente Jipa tem emplacado parlamentares combativos, como
Edson Fidelis, Mirandinha, mais recentemente Marcos Rogério (hoje senador) e a atual
deputada Silvia Cristina (PDT).
Via Direta
*** De asas crescidas, depois de emplacar
a esposa Carla na prefeitura de Ariquemes, o deputado estadual Alex Redano, atual presidente da Assembleia Legislativa
estuda uma candidatura ao Senado *** Com a regionalização das candidaturas é previsível
grande fragmentação de votos, Redano também tem suas chances, já que o Vale do
Jamari é a região com o maior eleitorado dos mais importantes polos regionais de Rondônia *** Se fizer o dever de casa, ganhando bem
na sua região e abiscoitando alguma coisa na capital e na Bacia Leiteira terá
boas chances de levar a melhor sobre a concorrência *** Além disto Redano
tem forte penetração no eleitorado evangélico em todo o estado, que corresponde
a 33 por cento dos eleitores rondonienses. É osso no caminho de Raupp, Expedito,
Bagatolli e Daniel Pereira.
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