Terça-feira, 27 de agosto de 2024 - 07h26
Em
12 magníficos ensaios, 32 autores, cada qual com percepções que em diversos
pontos se tocam, tecem avaliações dignas de atenção sobre temas decisivos da
atualidade. Eles compõem o livro “Bioeconomia para Quem? - Bases para o Desenvolvimento
Sustentável da Amazônia”, lançado pela editora ComArte, da USP (leia em https://x.gd/g1L53).
Até
pessoas bem-informadas sobre as múltiplas questões que envolvem a Amazônia e o
potencial da bioeconomia na região encontrarão novos dados e elementos valiosos
para aprimorar a necessária visão de conjunto que se deve ter sobre um universo
tão imenso, com muito mais futuro que passado.
Considerando
que a bioeconomia só pode ser considerada a partir do rápido desenvolvimento
das ciências no último quarto de século, com a alavanca da tecnologia e a sustentação
da democracia, o passado, como dizia Belchior, “é uma roupa que não nos serve
mais”. É o presente, desafiador, que obriga todos os atores com responsabilidade
a estruturar as bases da atividade.
A
pergunta que intitula o livro foi sugerida pelo contraste entre a maravilhosa
riqueza da floresta, que pode ser explorada sem derrubar nada em benefício dos
brasileiros e do mundo, e a triste realidade das populações ribeirinhas, ainda
distantes de um padrão sequer médio de bem-estar. Depois de mais de 80 milhões
de hectares desmatados eles ainda continuam pobres.
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Perdendo a guerra
Rondônia
está perdendo feio a guerra contra o crime, contra a violência, contra o
narcotráfico. O tráfico de drogas se expandiu pelas rodovias federais, pelos
rios e espaço aéreo. A guerra das facções se estendeu da periferia, para os centros
das cidades rondonienses. As execuções de facionados chegaram a região central
de Porto Velho, a capital rondoniense. Somos campeões nacionais de feminicidios.
Os conjuntos habitacionais mais populosos se tornaram escritórios do crime
organizado, casos do Orgulho do Madeira, Morar Melhor, Porto Madero e Cristal da
Calama.
No controle
O estado de Rondônia ponteia os casos de
feminicidios no País. Os piratas do Madeira tomaram conta do pedaço, chegando
poderosos e até expulsando adeptos de outras organizações de suas tocas para se instalar na capital
rondoniense. O crime organizado, que já controla muitos políticos, se infiltrou
nos negócios mais rendosos como dos combustíveis, as garagens de venda de veículos,
a construção civil e ao garimpo para lavagem de dinheiro. Uma situação horrível.
Os organismos de segurança não conseguem sequer refrear o roubo de cabos e fiação
elétrica nas residência, ruas e avenidas. Falta ação, falta planejamento, falta
segurança pública.
Enxugando gelo
A
polícia só prende ladrões em flagrante. Se chegar meia hora depois do roubo de
uma residência, com o próprio ladrão confessando o roubo na frente dos
presentes, a Policia Militar não prende. Testemunhei um caso destes ocorrido no
bairro Cuniã. Os moradores cercaram um ladrão na rua Estácio de Sá, próximo ao
Colégio Padrão e exibindo fotos dos atos do meliante aos policiais, armas brancas
usadas nos delitos, a viatura se recusou a prender o facínora. Quando presos os
ladrões são soltos quase que imediatamente. As forças policiais estão enxugando
gelo diariamente.
Fora da disputa
Por
um motivo ou outro, nomes favoritos para as eleições municipais em Rondônia estão
fora das disputas em 2024. Na capital, o deputado federal Fernando Máximo (União
Brasil) que foi objeto de uma rasteira da coalizão chapa branca, revoltado no início
do seu desmonte se aproximou de seus algozes, talvez motivado por pix e mais
pix. Em Ji-Paraná, o grande favorito, o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB), optou
por se preservar da peleja, que acabou polarizada entre o atual prefeito Esaú
Fonseca (União Brasil) e Afonso Cândido (PL). Lá temos uma disputa plenamente bolsonarista.
Jogo de trouxas
Imaginem
um jogo de estratégia de trouxas numa eleição? É o que acontece com os candidatos
oposicionistas, alguns se estraçalhando entre sí em Porto Velho. Não entenderam
a conjuntura desta eleição. Primeiramente eles precisam dos demais postulantes oposicionistas
para atingir a meta de alcançar uma eleição em dois turnos. Depois vão precisar
daqueles que ficaram fora da jogada, para unidos terem alguma chance no segundo
turno contra a favorita Mariana Carvalho. Não bastasse o pix dos chapas
brancas, Mari esta poderosa e cheia de tentáculos, ainda tem ao seu lado jogo
de estratégia de trouxas para se dividir. É coisa de louco!
Via Direta
*** Os políticos ampliam suas atividades
com clinicas e laboratórios de saúde na capital rondoniense. Os negócios já se
espalham pelo interior do estado também *** O prefeito Alex Textoni, de Ouro Preto do Oeste,
é o candidato a reeleição mais rico do estado, conforme atesta o TRE. Não é
novidade, já se sabia disto desde quando foi deputado estadual *** Em Candeias do Jamari a campanha está
muito disputada. Taca-lhe o pau no prefeito Lindomar Garçom, um estadista às
avessas *** Receiosos com o poderio dos chapas brancas em Porto Velho, os
“Contras” receiam que os governistas terão uma candidatura auxiliar, de
escuderia nesta campanha em Porto Velho. Será?
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