Quarta-feira, 30 de outubro de 2024 - 07h30
Cerca
de um milhão de pessoas afetadas diretamente pela recente seca na Amazônia foi
uma das diversas dimensões humanas dos desastres ambientais causados pela
devastação.
Vidas
humanas foram seriamente prejudicadas e o alcance negativo para a vida
amazônica em geral pode ser exemplificado, dentre diversos outros fatores, pela
simples observação de que o espetáculo dos vagalumes já não é tão frequente e
amplo como já foi em tempos de menos rigores climáticos.
Para
o biólogo Leandro Zeballos, a menor visibilidade dos vagalumes nos centros
urbanos se deve à poluição luminosa, perda de habitat derivada de desmatamento,
queimadas, crescente urbanização, intenso uso de pesticidas e contaminação das
águas.
Quanto
às gentes, vários estados brasileiros já projetam uma considerável queda de
população, seja pela redução da natalidade como por deslocamento ou
mortalidade. Para os estados da região Norte, o IBGE projeta até 2070 perda de
população em Rondônia (-8%), Acre (-5,6%), Amapá (-3,4%) e Pará (-0,9%).
Em
termos nacionais, o IBGE indicou que a população brasileira deve diminuir a
partir de 2042 depois de chegar ao pico de 220,43 milhões em 2041. Vale
assinalar que são projeções baseadas na realidade atual. Fatores corretivos
podem ser providenciados se a sociedade parar com brigas inúteis e se
concentrar na solução dos problemas que afetam a vida em geral.
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As prioridades
Nas
tantas entrevistas concedidas as emissoras de rádio e televisão nos últimos
dias, o prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) elencou suas prioridades para sua
gestão que começa em janeiro. Combate sem tréguas as alagações, saúde, a
implantação da guarda municipal, valorização dos servidores, alinhamento com o
governo estadual para seguir o programa de pavimentação, entre outras
providências emergenciais. Mais magro uns 20 quilos pelas caminhadas, Leo
chegou a ficar afônico ao final da maratona de entrevistas requisitadas pela
imprensa da capital nos últimos dias.
Agora, a transição
Passada
as eleições, os políticos envolvidos na campanha eleitoral estão viajando,
inclusive o prefeito atual Hildon Chaves, que lutou como um leão para eleger a
sua ungida a ex-deputada federal Mariana Carvalho. Estima-se pelo menos três
semanas para o início dos trabalhos da transição entre a gestão Hildon Chaves com
a futura administração. Hildon e Leo já conversaram e tudo indica que a transição
será feita com normalidade, sem a influência das tradicionais rivalidades
tribais existentes a grupos políticos tão antagônicos. Hildon deixará um grande
legado para Leo e caberá ao futuro prefeito tocar adiante duas administrações
consideradas eficientes.
Alianças discutidas
Ainda
sobre a nova gestão municipal, Leo disse que não terá dificuldades de
entendimentos com o governador Marcos Rocha, com quem trabalhou recentemente no
Detran, antes de deixar o órgão para a disputa do Paço Municipal. Haverá ações
conjuntas, para buscar a pavimentação, a luta pelo saneamento básico. Na
segurança pública, haverá a colaboração da municipalidade com a criação da guarda
municipal. Ações conjuntas vão acontecer também na saúde pública, já que o
segmento será priorizado, além da construção do hospital municipal.
As dificuldades
Sem
maioria no Poder Legislativo de Porto Velho, o prefeito Leo Moraes poderá encontrar
dificuldades para sua gestão. Otimista, o novo prefeito afirma que o vereador
tem o mesmo interesse dele, que é o desenvolvimento do município. Nos
bastidores se teme, que passados os primeiros meses de gestão, onde o novo prefeito
terá sérios problemas pela frente, como alagações e o caos da saúde, o bicho
vai pegar. A aliança de Hildon Chaves é forte, será preciso negociar com ele o
comportamento da futura composição do legislativo municipal. Se quiser, Hildon
poderá tornar um inferno a vida de Leo no Prédio do Relógio.
Crise no Sindler
Depois
de uma frustrante derrota na disputa de uma cadeira a Câmara de Vereadores, o
presidente do Sindicato dos Servidores dos Legislativos - Sindler Mirim Luís
Brito, entrou num baixo astral danado e até foi afastado do cargo em Assembleia
Geral da categoria sob acusação de malversação de recursos da categoria. Mesmo
sob afastamento da função, ele voltou na marra ao cargo, afastando o dirigente
eleito para exercer a fiscalização das suas contas. A guerra segue na justiça e
com a convocação de uma nova Assembleia Extraordinária para decidir sobre os
destinos da entidade. De uma liderança emergente e promissora, Mirim está
entrando na vala comum.
Eleições da OAB
Quando
não se esperava mais alguma chapa inscrita com coragem de enfrentar a atual administração
da OAB, muito bem gerida por Márcio Nogueira, eis que se armou uma composição
bem estruturada, liderada pelo advogado Eurico Montenegro Neto. As eleições serão
daqui umas três semanas e mobiliza a categoria de Porto Velho a Vilhena. A entidade
é muito representativa, e na atual administração, a entidade evoluiu muito com
Nogueira a frente, considerado inicialmente favorito para a peleja. A disputa está
esquentando com adeptos das duas composições já trocando farpas.
O abastecimento
Com
a tradicional incompetência da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-Caerd
que vem de longe, mais a crise hídrica vivenciada por Porto Velho durante o ano,
o abastecimento de água se agravou em várias regiões da cidade. Seja nos grandes
conjuntos habitacionais, como Orgulho do Madeira, Cristal da Calama e Jardim
Greenvile a falta de água também atormenta os moradores da região central. Nos
bairros São Francisco e Mariana, onde o lençol freático baixou muito, os moradores
se viram obrigados a aprofundar os poços caseiros, quem não teve recursos para
esta finalidade se socorre com vizinhos mais abastados, escolas com poços
artesianos.
Via Direta
*** O prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) aguarda a transição com a atual gestão do Prédio do Relógio para começar a montar seu secretariado. Espera compor uma equipe técnica e competente para sua administração *** O Podemos elegeu prefeitos em municípios importantes, como Porto Velho e Pimenta Bueno e deve protagonizar um novo grupo político junto com o deputado federal Fernando Máximo e vários deputados estaduais para as eleições de 2026 *** Em Ji-Paraná o ex-prefeito Jesualdo Pires foi convidado por vários partidos para deixar o PSB de Vinicius Miguel, que também pode perder o ex-prefeito de Porto Velho Mauro Nazif.
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