Quinta-feira, 17 de outubro de 2024 - 07h38
As
crianças aprendem na escola que no Brasil há três poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário) e três esferas de ação desses poderes (federal,
estadual e municipal). É possível que ao crescer e se informar os pequenos
venham a aprender algo que não é ensinado nem em universidades: existem outros
dois poderes paralelos – o crime organizado, pelo mal, e, não se sabe até que
ponto bem ou mal, as ongs. Ambos metem cunhas em todos os poderes e esferas com
dinheiro, mobilização física e ação virtual.
O
ex-embaixador Rubens Barbosa, ex-embaixador e presidente do Instituto Relações
Internacionais e Comércio Exterior (Irice), supõe que esses poderes estendidos
e paralelos criam um problema de soberania na Amazônia, ou seja, quebras no
controle do território brasileiro, que deveria caber ao Estado nacional e não a
interferências externas.
As
escolas também não ensinam, mas a vida comprova que os poderes do Estado custam
muito e ainda assim possuem deficiências gritantes. A principal delas é
permeabilização a interesses de grupos e de ídolos populares que individualizam
a política e a impedem de ser a ação geral das comunidades e povos. Os
ex-presidentes Fernando Collor (por perda de mandato) e Jair Bolsonaro (impedido
de cumprir promessas) ensinaram com sobras que o exercício individual do poder
e quedas de braço entre os três poderes desunem a nação e atrasam as medidas
corretivas
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Reflexões progressistas
O
candidato da Rede, Samuel Costa, que acabou ficando na lanterninha na disputa da
prefeitura de Poro Velho no primeiro turno divulgou suas reflexões no campo dos
progressistas. Não é difícil chegar as conclusões da amarga derrota do
professor Samuel: esquerda dividida, candidato do partido fraquejando, apoio da
ex-ministra Marina Silva, super impopular em Rondônia e sua declarada preferência
por Lula, coisa que por aqui é chama derrota. Não bastasse é um ex-comunista e
por aqui se acredita ainda na plebe ignara, que comunista come criancinha com
farofa.
14 partidos
Com
as adesões do PDT de Célio Lopes e do Solidariedade de Benedito Alves agora são
14 partidos no arco de alianças da candidatura governista de Mariana Carvalho
(União). Uma aliança poderosa: conta com o governador Marcos Rocha, do prefeito
Hildon Chaves, do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz, o apoio do
presidente Jair Bolsonaro e sua esposa Michele no palanque, dezenas de vereadores,
dezenas de deputados estaduais e federais. Uma eventual derrota para Leo Moraes
(Podemos) neste segundo turno no dia 27, vai ser um vexame histórico em
Rondônia.
Contagem regressiva
Já
na contagem regressiva para a eleição do segundo turno, não há mais como negar
a existência de um equilíbrio de forças entre a candidata da situação Mariana
Carvalho (União) e o oposicionista Leo Moraes (Podemos). A curiosidade desta
campanha eleitoral é que o comando de campanha dos chapas brancas, os
alquimistas da articulação da candidatura de Mariana, é que todos preferiam
para o embate do segundo turno Leo Moraes ao invés de Euma Tourinho. Torciam
para isto e haviam até zoações para Leo. Era considerado um cordeirinho indo
para o sacrifício.
A transformação
Ocorre
que o suposto cordeirinho Leo, que seria imolado no segundo turno, se
transformou numa onça vitaminada e ameaça devorar todos aldeões governistas
numa virada que se tornou visível, tipo efeito manada. Assustados com a nova situação
criada, os governistas já estão numa contraofensiva com artilharia pesada
contra a oposição. Multiplicaram a presença das formiguinhas nas ruas geometricamente,
conclamaram maior participação do governo Marcos Rocha na campanha, o prefeito
Hildon Chaves peregrina pelas emissoras de rádio e televisão levando seu apoio a
sua ungida Mariana Carvalho.
Os financiamentos
As
novas regras de financiamentos imobiliários divulgados pela Caixa Econômica Federal,
exigindo na entrada 30 por cento do valor do imóvel para financiamento dos
mutuários, pegaram as imobiliárias de Porto Velho de surpresa. Havia até uma
reação nas vendas, mas com esta medida da esfera econômica do governo Lula os
negócios desandaram de vez. O que se projetava um natal gordo, agora se prevê
uma festividade miada. Talvez seja possível aos corretores ainda lamber alguns
ossinhos de frango assado nas padarias regados a Dydyo.
Um sonho
Cacoal
e a pujante região do café sempre tiveram um sonho, o de eleger um governador,
façanha conquistada por Ji-Paraná com José Bianco, em Rolim de Moura com Valdir
Raupp e Ivo Cassol e Ariquemes com Confúcio Moura. Vilhena também teve seu
governador, mas nomeado, Ângelo Angelim. Cacoal até teve lideranças de porte
para disputar o cargo, caso de Divino Cardoso, mas ele sempre recuou devido a
contrariedade dos seus familiares. Agora, com o prefeito reeleito Adailton Fúria
(PSD), a Região do Café volta a acalentar a aspiração de emplacar seu primeiro
governador. Ele tem qualidades e isto ficou provado com sua reeleição com quase
84 por cento dos votos.
Via Direta
*** Não bastasse Porto Velho padecer com
o saneamento básico, água e esgoto, um município recordista em queimadas, agora
também está ponteando os casos de feminicidios. Algo alarmante *** É uma situação que
está se agravando ano a ano, aumentando toda esta violência numa escalada
assustadora. Até quando? *** O prefeito
da capital Hildon Chaves (PSDB) projeta a inauguração da nova rodoviária para
25 de novembro ou no máximo meados de dezembro. Será a grande despedida da sua
gestão, reconhecidamente produtiva *** Mas o melhor presente na despedida
para o alcaide seria a eleição de Mariana Carvalho ao Prédio do Relógio.
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