Segunda-feira, 10 de março de 2025 - 08h25
O maior
erro da polarização lulistas x bolsonaristas é a ilusão de que os primeiros são
“esquerda” e os últimos sejam a “direita”. Ela impede a visão do Brasil real. O
lulismo é só uma corrente liberal-progressista distante do marxismo. O
bolsonarismo, por sua vez, não é uma doutrina de direita. É uma junção de
forças na qual os extremistas de direita fazem muito ruído, mas o comando
político também é liberal. Até o partido tem esse nome.
Quando
se olha além da polarização o que se vê são cerca de vinte partidos, inclusive
o PL, compondo o chamado Centrão e conduzindo o país do jeito que bem entendem,
chantageando o presidente da República e driblando as decisões da Justiça.
O
Centrão derrubou Dilma Rousseff, manietou Michel Temer, manipulou Bolsonaro e
põe Lula em eterna sinuca. As ilusões políticas mascaram esse verdadeiro poder e
contaminam a economia. Nele, diversas correntes liberais convivem, até o
anarquismo liberal do presidente argentino Javier Milei. Nessa sopa de interesses
está a ideia de que a bioeconomia se resume à descoberta e venda imediata das riquezas
da floresta amazônica.
Na
verdade, só haverá de fato uma bioeconomia brasileira quando o planejamento, a
ciência e a sabedoria econômica passarem a agregar valor aos bens proporcionados
pela biodiversidade. Essa gigantesca tarefa requer unidade de propósitos e não
meras rixas eleiçoeiras entre facções liberais.
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Mesma resposta
Pergunte
ao deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) se ele será candidato
ao governo estadual e ele dirá que ainda está indeciso, se disputa uma cadeira
ao Senado ou o CPA. Se a mesma indagação for encaminhada ao senador Confúcio
Moura (MDB-Ariquemes), teremos a mesma resposta, ainda não se decidiu se será
ao governo ou ao Senado. Então, que a pergunta seja dirigida ao ex-prefeito de
Porto Velho, Hildon Chaves e teremos o mesmo resultado. O que temos como certo
atualmente é que o vice-governador Sergio Gonçalves assumindo o governo
estadual, desde que não seja despejado do União Brasil, será postulante à
reeleição.
Clima de incertezas
Vivemos
um grande clima de incerteza com relação as eleições 2026. Temos o ex-governador
Ivo Cassol (PP), que depende de ser liberado pela justiça, ainda a espera desta
indefinição. O deputado federal Lucio Mosquini, de saída do MDB, também cogita
disputa ao CPA Rio Madeira ou uma cadeira ao Senado pelo Republicanos,
aproveitando uma filiação na janela partidária do início do próximo ano. Um dos
favoritos da temporada ao CPA, o senador Marcos Rogério (PL), igualmente não se
decidiu pela reeleição ou o Palácio Rio Madeira. E ainda tem o senador Jaime
Bagatolli, com os olhos voltados ao CPA. É coisa de louco.
Poder feminino
Outro
dia relacionei as prováveis candidatas a Câmara dos Deputados por Rondônia com
boas chances, são oito cadeiras, e esqueci de relacionar a ex-deputada federal
Jaqueline Cassol (PP), que aliás, fez um grande trabalho no seu mandato pela Região
do Café e Zona da Mata. Ela terá uma rival poderosa no seu curral eleitoral, a primeira
dama de Cacoal, Joliane Fúria, esposa do emergente prefeito da capital do café
Adailton Fúria (PSD) cogitado também para a disputa do governo estadual. E pela
região da Bacia Leiteira, polarizada por Ouro Preto e Jaru, a ex-deputada estadual
Rosaria Helena.
A renovação
Alteração
nos estatutos do PT agora permite mais de três reeleições de parlamentares, o
que era proibido até o último pleito. Parte da legenda foi contra a medida
aprovada pelo diretório nacional e vê nesta decisão mais dificuldades ainda
para a renovação dos quadros do partido. Em Rondônia, o PT não terá dificuldades
com relação a polemica questão, já que por aqui não se elege deputados federais
e senadores há muito tempo. Quando o PT elegeu uma senadora e dois federais nas
décadas passadas, foram novos nomes lançados, oxigenando a legenda. Atualmente
o PT só tem uma liderança emergente na terrinha, a deputada estadual Claudia de
Jesus.
Segundo voto
Ao
Senado em Rondônia teremos duas cadeiras para serem renovadas, as de Marcos
Rogério (PL-Ji-Paraná) e Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), por coincidência dois prováveis
candidatos ao governo estadual nas eleições de 2026. Alguns candidatos ao Senado
estão refletindo a respeito do segundo voto a ser pedido em campanha. Pelo
menos dois dos nomes cogitados quem “melar” o segundo voto, pedindo aos seus
eleitores apenas o seu voto anulando o segundo. Temem que o segundo voto acabe
favorecendo algum adversário. Isto já aconteceu em Rondônia causando
reviravoltas nas urnas.
Via Direta
*** Ainda indeciso sobre seus rumos, o
PSDB de Marconi Perilo está descartando a fusão com o MDB e o PSD, projetando
esta aliança com o Podemos e o Solidariedade *** Toda semana os tucanos proporcionam
reviravoltas. A maioria sempre fica em cima do muro. O diretório nacional vai decidir
sobre fusão ou incorporação no meio do ano ***
Algumas indagações nos bastidores para composições visando a peleja do governo
estadual de Rondônia. *** Ocorre que os candidatos de ponteira estão se
consultando entre si ou sondando as intenções dos adversários *** A coisa vai longe, porque todo mundo
ainda está escondendo o jogo, catimbando tudo.
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