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Ciro Pinheiro

“Poder Jovem”, uma aula de Cidadania - Por Ciro Pinheiro

55 ANOS DE PROFISSÃO E 50 ANOS DE RONDÔNIA


O governador Theodorico Gahyva não resistiu à emoção ao entregar o cargo a uma criança de 12 anos. - Gente de Opinião
O governador Theodorico Gahyva não resistiu à emoção ao entregar o cargo a uma criança de 12 anos.

Resolvi não mexer com politica (eleição), hoje. A pauta neste dia é Criança. Dia da Criança: 1972 - 12 de outubro.  Às 8 horas da manhã, um grupo de crianças estava invadindo os gabinetes do governador do Território Federal de Rondônia e do prefeito de Porto Velho e proclamando em tom ameaçador: “Desocupem que o poder é nosso!” – Uma declaração afirmando que os titulares desses cargos estavam sendo afastados sem o direito de reclamar. Na verdade o grito de independência desses meninos, representantes do poder de calças curtas, não foi tão duro assim. Era o Dia da Criança, assim comemorado naquele tempo, por nossa iniciativa  com o apoio do  jornal Alto Madeira, que durante oito anos realizou esse programa, considerado, durante esse tempo uma verdadeira aula de cidadania. As crianças indicadas pelos colégios públicos e particulares, com idade entre 10 e 12 anos, (naquele tempo escolhidas com a colaboração da Secretaria de Educação e a seleção era feita entre os melhores alunos que eram inscritos na promoção e daí, escolhidas por meio de concurso que constava de testes e entrevistas para assumirem em caráter simbólico os mais altos cargos territoriais e municipais no Dia da Criança, 12 de outubro e tinham durante todo o ano um tratamento especial na escola e no meio dos colegas. O “Poder Jovem” era um programa de caráter educativo e instrutivo, uma atividade inédita naquele tempo, que fez sucesso e deixou de ser realizada com a criação do Estado, apesar de muitas cobranças, a maior parte delas dos colégios e dos estudantes. Os alunos indicados eram submetidos a testes elaborados por uma comissão de professores da SEDUC que selecionava 10 candidatos a prefeito e 10 a governador. Terminava com a última etapa, a entrevista quando os candidatos enfrentavam uma comissão de jornalistas e professores. Da etapa final eram escolhidos o governador e o prefeito e ao mesmo tempo os demais que não atingiram a nota ideal, eram nomeados para as secretarias, municipais e territoriais. Em alguns anos a quantidade de estudantes inscritos chegou mais de 100 crianças – meninos e meninas, entre eles pessoas agora conhecidas na comunidade e que exerceram no Dia da Criança cargos importantes, destacando Adaídes (Dadá) Batista dos Santos (governador) e Paulo Ayres de Almeida (prefeito), que foram os primeiros, em 1972. Hoje Adaídes (Dadá) é jornalista está com mais de 60 anos e Paulo Ayres, jornalista e professor, com a mesma idade. Entre outros que participaram, os atuais advogados Hiram Marques, Juscelino Amaral e Abdon Atallah Neto e José Nilo Pontes Filho, os médicos Herlander Silvio Andrade e Eudes Kang Tourinho. O cerimonial era perfeito: as “pequenas autoridades” no dia 12 de outubro eram recepcionadas na Câmara Municipal (antes do Estado  não existia Assembleia de Deputados), na área militar (recebiam continência dos comandante do Comando de Fronteira Acre/Rondônia (atual 17ª Brigada de Infantaria de Selva) do 5º Bec. Visitavam suas respectivas escolas, onde recebiam homenagens dos professores e colegas. Davam entrevistas nos jornais, rádio e televisão. Circulando nos carros oficiais do Governador e do Prefeito (do governador um carrão Landau preto com bandeirinhas tremulando), precedidos por batedores em motos. Nos carros eles sentados em almofadas no assento traseiro, para aparecerem, com um escoteiro como ajudante de ordens, também criança, que abria e fechava a porta. Tudo isto para criança era momento inesquecível. O programa iniciava às 8 horas, com o hasteamento das bandeiras no Palácio Presidente Vargas e na sede da Prefeitura pelo governador e o prefeito mirins e todo secretariado além do governador e do prefeito (adultos que recebiam as crianças em audiência especial). Depois da solenidade cívica dos hasteamentos, o acontecia à cerimônia da transmissão dos cargos, com leitura dos termos de posse e juramento (simbólicos) e discursos. Na parte da tarde recebiam visitas (inclusive dos familiares) nos respectivos gabinetes). Um dos governadores (adultos), Teodorico Gahyva, emocionado, deixou cair uma lágrima por ocasião da entrega do cargo. No final da tarde o governador e o prefeito mirins reuniam seus respectivos secretários para apresentação de relatórios e discussão das sugestões a serem apresentadas. Os jornais publicavam cobertura completa do evento e o Alto Madeira publicava manchetes como estas: “Crianças tomam conta do Governo”, “Poder Jovem: Crianças governam Rondônia”, “Poder Jovem: um faz de conta realista”

Continência da Policia Militar. - Gente de Opinião
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Adaídes Santos, 12 anos, redige atos de nomeações no gabinete do governador  - Gente de Opinião
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PARABÉNS

“Poder Jovem”, uma aula de Cidadania - Por Ciro Pinheiro   - Gente de Opinião

Antônio Carlos Cabral Carpintero, arquiteto, professor aposentado (UnB-Brasilia), ex-prefeito de Porto Velho. Aniversariou, dia 2 de outubro.  Quando prefeito, comemorava junto com o Município. Carpintero foi responsável pelo projeto da cidade de Ariquemes (a nova cidade de Ariquemes). Em São Paulo foi candidato a suplente de senador, na eleição do dia 7. Na foto (de branco), em sua última visita a Porto Velho, ao lado do advogado  Juscelino Amaral.


11 - LUIZ CARLOS FERREIRA

“Poder Jovem”, uma aula de Cidadania - Por Ciro Pinheiro   - Gente de Opinião

Publicitário, editor do portal Gente de Opinião, assessor de Comunicação e Marketing da FECOMERCIO – Federação do Comercio de Rondônia. A foto mostra Luiz Carlos recebendo o título Moção de Aplausos, homenagem da Câmara Municipal... 

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