Alunos do Proemi da Escola Rio Branco participam de atividade cultural: Visitando a História

Cerca de quarenta alunos do Programa Ensino Médio Inovador – Proemi, participaram de mais uma atividade extraclasse realizada na sexta feira, dia 27.09, quando tiveram a oportunidade de visitar vários pontos culturais e históricos do centro da cidade de Porto Velho.

Orientados pelo economista, jornalista e historiador Anísio Gorayeb, os alunos começaram a caminhada pela Estrada de Ferro Madeira Mamoré, onde o historiador relatou sobre a colonização do estado, que gerou uma Rondônia formada por imigrantes de várias nacionalidades e pessoas de todos os estados brasileiros. “O estado de Rondônia foi criado em 1943, com o nome de Guaporé. Em 1956, em homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, foi dada a denominação atual de Rondônia, mas somente em 1981, o território passou a condição de Estado. Antes disso, a formação do estado passou pelo ciclo da borracha, da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, da exploração dos seringais, do ciclo da cassiterita até a febre do ouro”, explicou Anísio.              

Da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, os alunos passaram pelo prédio “Beron do Relógio” construído em formato de uma locomotiva para ser o local da administração da Estrada de Ferro, sendo usado posteriormente como sede das primeiras administrações municipais. No prédio onde hoje funciona a administração da Universidade Federal de Rondônia - Unir, o historiador Anísio Gorayeb, relatou sobre a construção do prédio, pelo engenheiro José Otino de Freitas. Na época, a obra deu lugar ao primeiro hotel de luxo da capital, o “Porto Velho Hotel”. 

Continuando a caminhada, os alunos passaram pela frente do palácio Getúlio Vargas, onde está instalada hoje a administração do governo estadual, mas foi construído em 1954. Relatou também que o nome é uma homenagem ao primeiro presidente do Brasil a vir à Rondônia. A inauguração do palácio foi no governo de Ênio dos Santos Pinheiro.

Na Praça das Caixas D’água, os alunos aprenderam um pouco mais da construção de um dos pontos  mais populares da história, também conhecidas como as “Tres Marias”. Segundo o historiador, cada peça foi trazida desmontada devido ao tamanho e peso de cada chapa metálica. A primeira foi erguida em 1910 e as outras duas em 1912. Foram projetadas e construídas pelos americanos e cada reservatório possui capacidade para 200 mil litros de água que serviram para abastecer a cidade de Porto Velho até o ano de 1957.

No Mercado Cultural, o historiador Anísio Gorayeb, relatou sobre a origem da construção do Mercado Público em 1917, pelo superintendente Joaquim Tanajura. O mercado, criado para resolver o abastecimento de carnes e verduras da cidade. O prédio antigo foi queimado em um incêndio, sendo recuperado posteriormente. Hoje funciona no local, o Mercado Cultural, onde artistas e grupos se apresentam.

Encerrando a primeira etapa da atividade Visitando a História, os alunos conheceram a Museu Jorge Teixeira   de Oliveira, onde aprenderam um pouco mais sobre a história pessoal e política do primeiro governador do Estado de Rondônia. No local onde Jorge Teixeira morou e trabalhou, estão expostos muitos recortes de jornais, documentos e fotos de sua administração, e também do período em que ele foi prefeito de Manaus. Na época, anos 70, o então governador Jorge Teixeira recebeu a missão de preparar o Território e organizar a capital, Porto Velho, para receber os poderes constituídos. Foi a explosão demográfica mais impressionante do Brasil na época.
 

 Parque Ecológico

 Finalizando esta manhã de atividades, os alunos do Proemi foram até o Parque Ecológico Municipal, onde fizeram uma trilha orientados pelos monitores do parque e ao final confraternizaram com os colegas e professores que acompanharam esta atividade, entre eles. A professora Nara Vargas, Tânia Lins, Maria do Socorro Nunes, Sônia Tenório e Ana Cordeiro. O diretor da escola Rio Branco, Geraldo Meireles, é um grande incentivador das atividades extraclasses. “Nós acreditamos que uma boa aula, não precisa ser ministrada entre quatro paredes. Fora da sala de aula, alunos e professores têm elementos diferentes que só acrescentam no aprendizados de todos,” afirmou o diretor.

Por: Nara Vargas

Fotos: arquivo escola