Sexta-feira, 16 de novembro de 2012 - 05h36
A antiga Casa Atallah que atuava no ramo de armarinho e confecções situava-se na esquina da Rua Barão do Rio Branco com a Rua José de Alencar. (Fonte: Ilmar Esteves) |
Vamos relembrar o comércio de Porto Velho dos anos 60, quando as ruas do centro da cidade eram calçadas com paralelepípedos. Todas as lojas se concentravam nas redondezas do Mercado Central e próximas da Rua Sete de Setembro.
As farmácias eram três: a do Sr. Boanerges Lima na esquina das Ruas Sete de Setembro com José de Alencar, onde é atualmente uma papelaria; a do Sr. Amorilo Amora que ficava na Rua Sete de Setembro entre as Ruas José de Alencar e Prudente de Moraes e a do Sr. Dionísio Xavier, na Rua Barão do Rio Branco quase na esquina da Rua José de Alencar.
Nos ano de 1964 inaugurava na cidade o Restaurante Almanara, o primeiro restaurante de comida árabe da cidade, onde permanece até hoje no mesmo local da sua inauguração, na Rua José de Alencar entre a Rua Natanael de Albuquerque e Rua Sete de Setembro. Mantém suas características desde sua inauguração, assim como também mantém a qualidade da comida e o atendimento.
No ramo de armarinhos, destacamos a Casa Atallah, pertencente ao patriarca da família, o saudoso Abdon Atallah. Muito conhecida, a loja situava-se na esquina da Rua Barão do Rio Branco com a Rua José de Alencar. Mais adiante na mesma quadra ficava a loja da família Chaquiam, que atuava no mesmo ramo.
A Dona Nega tinha sua loja de armarinho e confecções para fantasias na Rua José de Alencar entre as Ruas José do Patrocínio e Floriano Peixoto. Mais adiante ficava a Loja Brasília que pertencia ao Sr. Wadih Abdelnour, na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Rua José de Alencar. Na mesma esquina do outro lado da rua ficava a agência da Companhia Aérea Cruzeiro do Sul, cujo gerente era o Sr, Abdon Bichara. Esse prédio se chama Edifício Monte Líbano e nele está atualmente a procuradoria do INSS.
A agência da Panair era na esquina das Ruas Prudente de Moraes e Natanael de Albuquerque e seu gerente era o Albertino Lopes, que também era proprietário do famosíssimo Café Santos, na esquina da Rua Sete de Setembro com a Rua Prudente de Moraes, este na época era o bar mais famoso da cidade.
A Casa Saudade que pertencia ao grupo T. T. Dias e Cia, ficava na Rua José de Alencar entre as ruas Sete de Setembro e Barão do Rio Branco. (Fonte: Acervo Esron Meneses) |
No ramo de tecidos e confecções quem se destacava era a Casa Saudade, pertencente ao grupo T. T. Dias e Cia. Seu sócio majoritário era o Sr. Teodorino Torquato Dias. A Casa Saudade situava-se na Rua José de Alencar, entre as Ruas Sete de setembro e Barão do Rio Branco.
Tínhamos também o Armazém Tico-Tico dos irmãos Mourão, na Rua Floriano Peixoto entre as Ruas José de Alencar e José Bonifácio. Na Rua Presidente Dutra, além dos bancos do Brasil, da Amazônia (Banco da Borracha) e Banacre, havia a Casa Girão do Sr. José Girão.
A Casa Damour pertencia aos sócios Tufic Matny e Alberto Gorayeb. Era considerado como nosso supermercado dos anos 60. Ficava na Rua Henrique Dias entre as ruas José de Alencar e Presidente Dutra. Esse nome era uma homenagem à cidade de Damour (Líbano), berço da famílias Matny e Gorayeb.
O Porto Velho Hotel era o melhor hotel da cidade de Porto Velho, pelo seu luxo e pela sua imponente beleza arquitetônica em estilo colonial. Foi desativado em 1969, e sua última administradora, Dona Nilce Guimarães resolveu no início dos anos 70 inaugurar seu próprio hotel, o Joá Pálace Hotel, na Rua José de Alencar, próximo a Rua Duque de Caxias.
Havia também as tabernas nos bairros que vendiam fiado, apenas anotando os valores em um caderno. No final do mês os clientes pagavam seus débitos e começavam nova conta para acertar no mês seguinte. Nada de cheque pré-datado ou cartão de crédito, este por sinal nem existia.
Como podemos observar as ruas desses estabelecimentos são sempre as mesmas, visto todos eram muito próximos uns dos outros. Poucos carros na cidade, andávamos muito a pé...
Até a próxima semana.
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