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Anísio Gorayeb

COMO É BOM LEMBRAR...


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Hoje vamos lembrar algumas coisas interessantes da nossa antiga cidade. Com certeza, se você tem menos de cinquenta anos não conheceu essa época, mesmo assim vai se interessar em saber dessas curiosidades.

No nosso tempo de escola éramos muito ligados em datas festivas, principalmente as que envolviam a escola e também nosso civismo. Sabíamos o dia do índio (19/04), dia da bandeira (19/11), dia da independência (07/09) e até o dia do fico (09/01) que quase nem se fala mais.

 Quando chegava a semana do dia dos professores, logo após o dia das crianças, deixávamos nossas mães loucas, pois queríamos dar um presente para nossa grande mestra. Lembro que em Porto Velho não tinha maçã, pera, uva e nem morango. Não me lembro de ter visto morango em Porto Velho antes da década de 70.

Por ser raro, se tornava muito valioso, dessa forma, era o maior sucesso pedir para o pai comprar uma maçã, vejam só apenas uma maçã para presentearmos nossa professora, isso era o máximo! Algumas mães quando não conseguiam achar a maçã, afinal era muito difícil, “batiam” (termo muito usado naquele tempo) um bolo para levarmos para nossa professora.
 

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Outra dificuldade eram os chicletes, biscoitos recheados e refrigerantes gostosos. Afinal só havia biscoito água e sal e maisena, todos fabricados pela Fabrica de Massas Papaguara, cuja distribuidora ficava na Rua José de Alencar esquina com Rua Pinheiro Machado, onde hoje funciona uma sorveteria.

Já o refrigerante que tínhamos aqui era o guaraná Marau, que por sinal foi pioneiro na fabricação de refrigerante na cidade. Ainda hoje, o prédio onde funcionou a sua última fábrica pode ser visto na Estrada de Santo Antonio, logo após o Hospital do Câncer, pouco antes da SEDAM (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental).

Lembro com saudades do apito dos grandes navios que aportavam aqui em Porto Velho. Quando ouvíamos esse apito corríamos para pedir dinheiro para entrar no bar do navio para comprar guloseimas. Esses navios traziam muita alegria, a começar pelo chiclete de bola, que era raro por aqui. Sem contar que tínhamos noticia que os cantores Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderleia, nossos ídolos da juventude, mascavam chiclete.

Uma curiosidade: o chiclete era mascado por vários dias, não tinha essa historia de jogar fora quando acabava o sabor. Quando íamos almoçar pregávamos sob a mesa e quando íamos dormir guardávamos na geladeira (quem tinha). Essas geladeiras eram a querosene, pois não havia energia elétrica.

Os biscoitos mais gostosos eram os importados que vinham em latas de alumínio decoradas. Essas latas tinham biscoitos de diversos sabores que eram separados por papel manteiga frisado. Uma verdadeira delícia!

Já os refrigerantes mais procurados além da Coca-Cola e da Pepsi, eram o Grapette e o Crush. Atualmente não existe mais nenhum dos dois. O Grapette era um refrigerante de uva e o Crush de laranja. Tinha também os guaranás fabricados em Manaus, o Magistral e o Soberano.

Já os chocolates em barra também não eram comuns por aqui, por isso tínhamos que aguardar os navios: Lobo Dalmada, Augusto Montenegro, Leopoldo Peres e outros...

Grandes recordações, doces lembranças...

Até a próxima semana.

ANÍSIO GORAYEB

 

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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