Quinta-feira, 1 de novembro de 2012 - 06h06
Com certeza aquelas pessoas com menos de 50 anos não conheceram esse tempo de escola em que se chamava o atual ensino fundamental, de primário e ginásio. Até porque não existe mais a divisão entre o primário e o ginásio. Já o atual ensino médio era chamado de científico e posteriormente ficou conhecido como 2º grau.
Refiro-me aos anos 60, quando o aluno concluía a 4ª série do primário e se quisesse tinha a opção de passar direto para o ensino ginasial, desde que fosse aprovado no exame de admissão. Caso contrário, passaria mais um ano estudando a 5ª serie do primário.
Nesse tempo a única escola que havia o científico na cidade era a Escola Normal Carmela Dutra e no período noturno, com o nome de Escola Presidente Vargas. Os professores todos eram voluntários: Ari Tupinambá Pena Pinheiro, Marise Magalhães Costa Castiel, José Otino de Freitas, Enos Eduardo Lins, Antonio Lourenço Pereira Lima, José Leôncio da Cunha, Nélio Lins Guimarães, José Augusto Câmara Leme e outros.
Muitas coisas são muito vivas em nossa memória, como as provas impressas em mimeógrafo com letras azuis que eram distribuídas ainda com o forte cheiro de álcool e algumas até borradas. Era uma grande modernidade para aqueles tempos, assim como as maquinas de datilografia manual.
O quadro negro era negro mesmo e não verde e nem branco como a maioria dos que vemos hoje e o professor usava o giz e não pincel atômico, até porque nem existia. As cadeiras escolares eram para dois alunos, não havia cadeira individual. Os cadernos não eram de arame, era caderno brochura e traziam na contra capa os hinos (nacional, da independência e da bandeira) que eram sempre cantados no início das aulas. Todos os alunos tinham caderno de desenho, caderno de caligrafia e a inseparável tabuada.
Todos os anos apareciam na cidade uns fotógrafos para fazerem as nossas fotos de recordação escolar. Na foto, ficávamos sentados numa mesa, onde tinha uma placa com o nome, série, ano e um globo terrestre. Esses fotógrafos faziam também as fotos com sete poses, que era o maior sucesso.
Essas fotos de sete poses eram muito famosas, tanto que os nossos pais, muito orgulhosos, fixavam a foto na parede da sala para ser apreciada pelas visitas. A mais charmosa das sete poses era a foto em que fingíamos estar telefonando. Além dessas fotos, que eram em preto e branco, ofereciam também fotos coloridas no monóculo, onde tínhamos que tapar um dos olhos para apreciar aquela pequena foto, que no monóculo, com auxílio da lente se tornava grande.
O estojo para guardar o material era de madeira, e não havia muitas coisas, além de uma caneta esferográfica, borracha, apontador e o material para a aula de desenho: lápis preto e de cor, régua, esquadros e compasso. Os alunos que não tinham apontador usavam o apontador coletivo que era fixado na mesa do professor.
Outra novidade na época foi a etiqueta de plástico que virou uma verdadeira febre nos anos 70. Eram tiras de plásticos que vinham de várias cores e você podia gravar na hora. Essas etiquetas estavam em todos os lugares: nas bolsas, nos livros, nos cadernos, nos estojos, nos armários, no guarda roupa, nas portas, etc.
Os uniformes eram sempre de cores tradicionais, azul e branco. Os calçados masculinos eram os sapatos “Vulcabrás” ou os tênis “Ki-Chute” ou “Gonga Sete Vidas”. As meninas usavam sapatos tipo de boneca, preto baixo com apenas uma tira em cima.
Esses eram nossos verdadeiros anos dourados...
Até a próxima semana.
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