Segunda-feira, 19 de maio de 2014 - 16h44
O Sr. Dionísio Shochness está completando 92 anos de vida. Ele esteve enfrentando alguns problemas de saúde, mas felizmente já está em casa se recuperando. Em 2012 estivemos juntos em um lindo culto, seguido de um café da manhã oferecido pelos parentes e amigos na 1ª Igreja Batista. Era a comemoração dos seus 90 anos.
Seu pai, o Sr. Charles Nathaniel Shockness chegou a Porto Velho em 1910, com apenas 25 anos, junto com a esposa, a Sra. Catherine Thomas Shockness. Procedentes da ilha de Granada, localizada nas Antilhas, um arquipélago do Oceano Atlântico na América Central. O Sr. Charles Shockness veio contratado pelos ingleses para trabalhar como marceneiro na construção da EFMM – Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Após a inauguração da estrada de ferro em 1912 continuou suas atividades, exercendo diversos cargos até sua aposentadoria em janeiro de 1954, dedicando assim 44 anos de valiosos serviços a EFMM. Faleceu pouco tempo após sua aposentadoria, no dia 5 de outubro de 1955. O casal gerou 10 filhos, todos nascidos no Brasil.
Dionísio Shockness seguiu os passos do pai e cedo começou a trabalhar na EFMM em 1934 com apenas 12 anos. Iniciou trabalhando como aprendiz de garagem de cegonhas (uma pequena plataforma de madeira que andava sobre os trilhos acionada manualmente), depois passou a desempenhar a função de artífice de mecânico, foguista, e ajudante de maquinista.
Dionísio conta que seu sonho era ser um maquinista da EFMM, até que em 1941 finalmente o sonho se tornou realidade: foi promovido à maquinista. Mas ele lembra que foi um longo caminho e exigiu muita dedicação. Ainda se emociona quando lembra das viagens que fazia de Porto Velho e Guajará Mirim e vice-versa, transportando cargas e passageiros.
Devido seu conhecimento em mecânica e sua dedicação, foi nomeado em 1954, como encarregado do deposito de locomotivas.
No ano seguinte foi transferido para Guajará Mirim, onde era responsável pela manutenção de todos os veículos que descarrilavam no trecho de 146 km, entre Guajará Mirim e Abunã. Tinha que socorrer as locomotivas no próprio local onde ocorressem os problemas, pois era quase impossível transportá-las para a oficina.
Dionísio aposentou-se em 1969, após 35 anos de serviços e muita dedicação a EFMM. Porém não parou de trabalhar. Os filhos precisavam fazer faculdade, e em Porto Velho não faculdades e por isso, foi necessário encaminhar os filhos para estudarem fora. Somente com sua aposentadoria era impossível arcar com todas aquelas despesas. Foi então que, devido a sua experiência também em hidráulica, foi contratado pela CAERD (Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia) em 1974.
No ano de 1980, ele foi convidado pelo Governador Jorge Teixeira de Oliveira para compor a equipe de restauração da EFMM, no trecho de 25 km, entre Porto Velho e Cachoeira de Teotônio. Este era um projeto de revitalização da estrada de ferro apenas para fins turísticos. Dionísio exerceu ainda os cargos de Administrador da estrada de ferro e Diretor do Museu da EFMM.
Na nossa mais recente conversa há poucos meses, ele dizia estar muito orgulhoso e honrado por ter sido maquinista da extinta EFMM, e fazendo um balanço sobre todos esses anos de muita labuta, observamos que seu orgulho ainda é maior quando fala da família e da luta para formar os filhos.
Dionísio Shickness me concedendo entrevista no seu aniversário de 90 anos
na sede da 1ª Igreja Batista. (Fonte: Viva Porto Velho)
Dionísio Shockness nasceu em Porto Velho em 19 de abril de 1922, é casado com a professora aposentada Syvill Winte Shockness desde 1954, é pai de cinco filhos: Elizabeth, Eli, Eliezer, Elsie e Dionísio Junior. Além do português, Dionísio fala inglês e espanhol.
Ao longo da vida recebeu muitos elogios, e diversas comendas do estado e do município. Em 2008 foi um dos convidados a conduzir a tocha olímpica dos Jogos Pan-americanos.
Parabéns, Sr. Dionísio Shockness... Desejamos muitas felicidades e acima de tudo, muita saúde.
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