Terça-feira, 17 de agosto de 2010 - 05h12
Voltando ao tema vamos relembrar de alguns fatos que eram considerados modernos para a época, como a nossa primeira fábrica de refrigerantes, o Guaraná Marau. Seria o nosso Guarana Tuchauá de hoje, pois tinha nome indígena também e era feito com o xarope de guaraná, claro, sem a tecnologia de hoje.
Naquele tempo os refrigerantes eram engarrafados em garrafas de vidro de 600 mililitros, como as de cerveja, não havia as garrafas pequenas. Recolhíamos as garrafas na rua para vendê-las na Fábrica Marau. A fábrica situava-se logo no inicio da estrada de Santo Antonio, e hoje o prédio se encontra abandonado. É possível ver as ruínas do prédio da antiga fábrica, fica do lado direito da estrada um pouco antes da SEDAM.
Somente quando chegavam os grandes navios de Belém e Manaus é que podíamos saborear um refrigerante diferente, “coca-cola”, “pepsi”, e muito raramente aparecia “grapette” ou “crush”. Porem na cidade estes refrigerantes de garrafas pequenas só surgiu com mais freqüência, com a inauguração da Varanda Tropical no Porto Velho Hotel, na época da Dona Nilce Guimarães.
Fabrica Marau, a primeira fabrica de refrigerante de Porto Velho. (Fonte: IBGE) |
Dona Nilce foi a ultima administradora do Porto Velho Hotel (1963/1969), e na sua gestão criou a Varanda Tropical e a boate Ambikatu. A varanda ficava na parte externa do hotel e era um lugar muito freqüentado pela elite da cidade. Na parte descoberta da varanda, as mesas era protegidas com guarda-sol, para dar um clima de mais requinte.
Foi nesta varanda que a cidade conheceu os primeiros sorvetes servidos em taças de alumínio e com coberturas. Uma grande novidade para Porto Velho dos anos 60. Não pensem que se tratava de “sunday” ou “banana split”, nada disso. a novidade era pelo ambiente e pela forma de servir. Era muito “chic” os pais levarem seus filhos para saborear um sorvete na Varanda Tropical nos finais de semana. Todos usando as melhores roupas...
O nosso antigo Porto Velho Hotel (1953/1969), hoje Reitoria da UNIR. (Fonte: Ivo Feitosa) |
Tínhamos uma variedade de sorvete artesanal, feito com a própria fruta. A Sorveteria Elite era mais antiga que a Varanda tropical, porém o sorvete era servido em casquinha e não havia mesas para sentar. A Elite pertencia ao Sr. Wadih e ficava na Rua José de Alencar esquina com a Rua Sete de Setembro. Atualmente no local está instalado uma financeira.
Dona Labibe Bártolo também era do mesmo ramo. Fabricava o sorvete e própria casquinha, que por sinal era muito mais saborosa que as de hoje. Ela não possui um estabelecimento comercial, por isso tinha um sorveteiro, Seu Henrique, que vendia o sorvete em um carrinho de mão no Bairro Caiarí e suas proximidades.
O sorvete era conduzido em um cone de alumínio, e em volta dele bastante gelo picado e misturado com pó de serra. Este gelo era coberto com sacos de “sarrapilha”, um tipo de tecido de algodão grosso e bastante resistente. Todo este aparato era conservar o gelo por mais tempo, na época não havia isopor. Seu Henrique, usando uma colher ia moldando cuidadosamente o sorvete naquela saborosa casquinha.
Hoje temos indústrias de sorvetes dos mais variados sabores e tipos, todos pasteurizados e fabricados dentro dos padrões de qualidade e modernidade. Podemos comprá-lo em supermercados, farmácias, restaurantes, bancas de revistas e se quiser até em quilo, onde você pode acrescentar diversos tipos de coberturas, acompanhados com uma variedade de frutas e outras guloseimas.
Ótimo! Sinal de que estamos em outros tempos e com certeza a modernidade e a praticidade é bem vinda.
O sabor da nostalgia é que não existe mais...
Fiquem todos com Deus...
Até a próxima.
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