Sexta-feira, 22 de maio de 2020 - 11h41
A melhor e mais correta
definição de PLANO SAFRA do governo federal brasileiro é assim definido no
portal do ministério da agricultura: programa
do governo federal responsável pela destinação de recursos para o financiamento
da atividade agrícola de pequenos, médios e grandes produtores do Brasil.
Ou seja, o Plano
Safra responde pelas as ações que serão direcionadas por 12 (doze) meses para
o setor agrário brasileiro sempre entre o julho de um ano e junho do próximo,
acompanhando o sistema de plantio e colheita nos diversos biomas do país.
Dito isto, defendo aqui uma
ideia de que esta poderá ser a melhor estratégia do atual governo, para, mais
uma vez, salvar o PIB nacional.
Em outubro do ano passado
(2019) foi divulgado a consolidação dos números do censo agropecuário 2017 do
IBGE que diz que no Brasil existe um total de 5.073.324 de estabelecimentos
agropecuários, os quais ocupam uma área total de 351,289 milhões de ha, ou
seja, cerca de 41% da área total do país.
Em relação ao levantamento
anterior, feito em 2006, houve aumento de 5,8% na área ocupada, apesar da
redução de 102.312 unidades rurais. O levantamento também mostra um total
de terras indígenas que somam 117,639 milhões de ha e unidades de conservação
espalhadas por 151,895 milhões de ha. Quando falamos em termos de áreas produtivas,
tendo como referência, o mesmo documento citado acima, temos os seguintes
números a ponderar:
a)
na categoria com mais de mil hectares, são
51.203 estabelecimentos, que ocupam 167,227 milhões de ha.
b)
O universo das propriedades pequenas, com até 100 hectares, são 2.543.681, em
7,993 milhões de ha.
c)
foram identificados 77.037 estabelecimentos
agropecuários sem área, ou seja, produtores que trabalham, por exemplo, com
extrativismo e apicultura.
Quanto à utilização da terra,
houve uma curiosa diminuição em 34% na área total de lavouras permanentes,
ficando em 7,755 milhões de hectares, e de 18% nas pastagens naturais, que
somam 47,323 milhões de ha.
Em outro sentido, as áreas
dedicadas a lavouras temporárias cresceram 14% (55.761.998 ha), as de pastagens
plantadas subiram 10% (112.174.148 ha), as matas naturais dentro de
estabelecimentos agrícolas aumentaram 12% (106.574.867 ha) e as matas plantadas
ocupam uma área 83% maior do que aquelas registradas no censo agropecuário de
2006 (8.658.850 ha).
Pois bem, com este mapa
agrário em 2020, qual será o grande desafio da atual ministra do MAPA para que
o setor rural possa, além de produzir mais e melhor, gerar também postos de
trabalho e ocupação, tão necessários?
A resposta pode ser simples,
mas em tempos de crise, as ações simples são detentoras de um viés soberano. O
que os produtores pequenos, médios e grandes mais precisam agora é que os juros,
os prazos, as carências e as condições do financiamento seja ágil, facilitado e
de burocracia reduzidas.
Uma linha para as pequenas e
médias agroindústrias deve ser urgente, especial para atender associações e
cooperativas agropecuárias espalhadas por mais de 5.000 localidades.
A ação de governo é
necessária, ontem; na medida em que os Bancos Oficiais, todos eles, possam
operar com mais eficiência, simplificando seus processos e procedimentos de
análise e liberação.
O governo precisa correr com
os detalhes desse novo PLANO SAFRA 2020/2021 pois tudo começa no dia 1.o de
julho; falta, portanto apenas 39 dias.
Transformando o plano em uma
estratégia nacional de geração de empregos no campo, possivelmente veremos famílias
se deslocar das capitais para o trabalho na lavoura e na pecuária; gerando até
2 milhões de novas ocupações.
A produção de segurança
alimentar interna e para o mundo é realmente a nossa grande vocação, desde
sempre.
Vamos colocar em prática, sem
demora.
Graça e Paz
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