Quinta-feira, 6 de setembro de 2012 - 09h38
CAOS
Tudo o que se diz sobre a saúde de Rondônia é muito pouco de forma a definir o que realmente ela significa em termos de gastos e inoperância. Ontem, o promotor público Hildon Chaves (Áudio AQUI), fez um pequeno relato de problemas da saúde que perduram sem solução, apesar do volume enorme de gastos de dinheiro público.
CAOS II
De acordo com o promotor, o problema da saúde é essencialmente falta de planejamento, pois há dinheiro sendo investido e leitos para pacientes. A gestão, no entanto, é o grande vilão da saúde. Segundo o promotor, os três últimos secretários que passaram pela Sesau, não licitaram um pino ortopédico ou “uma Aspirina”.
CAOS III
Há casos que ilustram bem essa ingerência: Uma equipe de médicos foi contratada para realizar cirurgias ortopédicas no Hospital de Base e as cirurgias foram adiadas por falta de fio de sutura. A falta de planejamento é tamanha a ponto de faltar medicamentos da farmácia básica como Dipirona.
CAOS IV
O promotor classificou o Hospital Regional de Cacoal como o mais caro do mundo. Isso porque custou muito dinheiro e não consegue atender a demanda de doentes graves do interior do Estado que continuam sendo jogados no João Paulo II.
CAOS V
Hildon Chaves lembrou ainda que o Governo atual não realizou as obras de ampliação nas unidades de saúde, apenas terminou as que foram começadas na administração passada utilizando dinheiro da compensação das usinas.
CAOS VI
Pacientes moram no hospital porque demoram a ser operados. Não há resolutividade dos casos e a tendência é sempre haver superlotação de pacientes no HB. Por incrível que pareça, disse o promotor, o JP II está sendo bem gerido por um coronel e não é mais o vilão. O problema está no Hospital de Base.
TRANSPOSIÇÃO
O capítulo mais triste (esperado) da transposição aconteceu hoje em Brasília. O Governo Federal bateu o pé e diz que a transposição é para servidores rondonienses contratados até 1987 e que assume a folha desses servidores a partir de 2013. A briga agora sai da esfera administrativa para a Judicial, sinalizaram os sindicatos presentes à reunião.
TRANSPOSIÇÃO II
Do jeito que está não vale a pena transpor. Se for apenas para serem considerados federais e com o mesmo salário do Estado é mais fácil ficar na aba do Governo local que pelo menos concede aumentos esporádicos. Vai sobrar para o Governo do Estado que apostou (e gastou) tanto com viagens de servidores à capital federal.
TRANSPOSIÇÃO III
Vai sobrar também para dois candidatos a prefeito que apostavam na transposição para colher dividendos eleitorais: a “mãe” Fátima Cleide, e o pai adotivo (o biológico é o Capixaba), Mauro Nazif. Os resultados das pesquisas eleitorais em que os dois candidatos aparecem atrás das duas primeiras colocações são reflexo dessa insatisfação.
MÉDICO-MONSTRO
Até agora o médico Sérgio Paulo não apareceu ou se apresentou à autoridade policial para justificar ou ser ouvido no inquérito onde ele é acusado pela agressão covarde ao jornalista Rubens Coutinho, na semana passada. Está ganhando tempo para se passar por vítima, apostando na farsa de que está fugido para não ser morto.
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