Quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 - 10h50
Duas semanas após a Operação Olimpo e no dia seguinte à Operação Pretório, a Polícia Federal desencadeou a terceira operação em menos de 15 dias em Rondônia. Hoje pela manhã, a Vórtice prendeu vários secretários municipais de Porto Velho e a Justiça afastou preventivamente o prefeito Roberto Sobrinho do cargo. É uma operação que, como dizem os especialistas, era “favas contadas”, virtude das inúmeras denúncias de corrupção e obras inacabadas que favoreciam empresas, empresários, servidores e pessoal do alto escalão do PT.
Dentre os envolvidos presos estão os secretários Jair Ramires, Miriam Saldanha, Israel Xavier e Joelcimar Sampaio, além dos empresários Edvilson Negreiros (vereador eleito em 2012), e um conhecido por Robson, da empresa R.R. Terceirização. A lista de presos é bem maior, mas a PF ainda não divulgou o balanço da operação, o que deve acontecer ainda hoje na coletiva marcada para o meio-dia. O certo é que, após oito anos, as denúncias contra a Prefeitura e o PT da capital, finalmente estão sendo investigadas.
O rombo, segundo os órgãos de fiscalização e controle como o MPF, a CGU e o TCU podem chegar a R$ 100 milhões. O grande buraco do dinheiro público foi cavado ás custas de direcionamento de licitações a empresas de fachada. A organização criminosa instalada na Prefeitura de Porto Velho desviava recursos por meio de fraudes em licitações milionárias, segundo a Polícia Federal. Os ilícitos ocorreram no âmbito das Secretarias Municipais da Administração (SEMAD), Serviços Básicos (SEMUSB), Obras (SEMOB), Agricultura (SEMAGRIC), Procuradoria-Geral do Município (PGM) e Controladoria-Geral do Município (CGM).
Tão logo sejam ouvidos, os acusados que vão cumprir prisão preventiva ou temporária estão sendo enviados para o IML para a realização de corpo de delito e levados presos ao presídio Pandinha. Na operação estão mobilizados cerca de 150 policiais federais. A Operação de busca e apreensão foi realizada nas residências dos acusados, nas secretarias municipais e na Prefeitura de Porto Velho.
Fonte: Marcos Toía
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