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Carlos Sperança

BASE RACHADA


   
BASE RACHADA PREJUDICA CANDIDATOS DO GOVERNADOR CASSOL

Os partidos da base aliada do governador Ivo Cassol não conseguem se entender e, esse divisionismo, só tende a favorecer os  pré-candidatos de oposição ao governo estadual nas eleições municipais de outubro. Em Porto Velho, maior colégio eleitoral do estado, os deputados Lindomar Garçon (PV), Alexandre Brito (PTC) e Valter Araújo (PTB) não falam a mesma língua e, com a base governista rachada, o petista Roberto Sobrinho (PT) tem seu trabalho facilitado para a jornada da reeleição.

Como exemplo de falta de articulação, além de não se entenderem os candidatos cassolistas na capital, já protagonizam um processo de autofagia. Brito não perde a oportunidade de atacar os concorrentes, já nas suas primeiras reuniões nos bairros.  

Em Ariquemes, onde o prefeito Confúcio Moura (PMDB) é considerado o franco favorito, os candidatos Lourival Amorim (PSDC) e Daniela Amorim (PTB) se lançam a disputa do Palácio do Cacau. Também naquele município, que é o terceiro colégio eleitoral do estado, o racha das agremiações governistas  - como também de toda a oposição local - só beneficia  o projeto de reeleição do atual prefeito do PMDB.

A poucos dias do início das convenções municipais, em Ji-Paraná, Segunda maior cidade do estado, a base aliada do governador até agora  não encontrou um nome a altura para enfrentar o atual prefeito José Bianco (DEM). Procura-se um acordo com o atual prefeito e, as lideranças aliadas ao governador aceitariam de bom grado, indicar o vice numa chapa de composição, até agora não ajustada entre as partes. Na chamada capital a BR a indefinição dos aliados do governador Cassol também acaba colaborando com a recondução de José Bianco ao Palácio Urupá.

Em Ouro Preto do Oeste, na região central do estado, o ex-prefeito Carlos Magno (DEM) e o deputado estadual Alex Textoni (PTN) prometem uma disputa equilibrada pela prefeitura local. Como os dois são considerados aliados do Palácio Presidente Vargas,  seja quem vença, estará de bom tamanho para os palacianos. Também em Guajará Mirim, os governistas, com o deputado estadual Miguel Sena (PV) ameaçam levar a melhor, numa polarização com o prefeito Dedé de Melo (PSDB), que enfrenta uma oposição acirrada na fronteira.

No entanto, na maioria dos municípios  considerados pólos regionais, a desunião é a tônica da base aliada, inclusive na aprazível Rolim de Moura,  berço político de Cassol, onde seu ungido foi derrotado na eleição passada pela atual prefeita Milene Motta. Em Cacoal, quarto maior colégio eleitoral do estado, onde ponteia a corrida sucessória, conforme as primeiras sondagens dos institutos de pesquisas, o Padre Franco (PT), a vereadora Glaucioni Nery (PSDC) e o ex-deputado federal Nilton Capixaba, pré-candidatos de duas legendas da base do governador, não conseguem chegar a um entendimento. O racha  está favorecendo a postulação do representante petista.

Também em Vilhena, um dos pólos regionais mais importantes do estado, os cassolistas tem dificuldades para emplacar o próximo prefeito. Lá, o ex-prefeito Melki Donadon  tem o status de maior favorito nas eleições 2008, e é beneficiado pela fragmentação da oposição, que não consegue entrar em acordo. Como antagonista de Melki, com apoio do governador Ivo Cassol, o vereador Zé Rover (PP) vai tentar desalojar os ex-aliados do Palácio dos Parecis.

No seu retorno ao estado, previsto para acontecer nesta terça-feira, o governador Ivo Cassol terá como desafio unificar os partidos da sua base  para tentar reverter uma situação que já se apresenta claramente desfavorável nos principais colégios do estado. É um desafio e tanto. 

Fonte: Carlos Sperança

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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