Quarta-feira, 4 de julho de 2012 - 05h09
Um ventríloquo
O discurso do milionário Mário Português, o pré-candidato da Frente Popular é muito parecido com o do ex-governador e atual senador Ivo Cassol. Até parece que Ivo funciona como um ventríloquo para divulgar suas idéias com relação à futura administração de Porto Velho.
Haja tiquinhos
Li no G1 Rondônia que mais de 10 mil crianças estão sem o nome do pai nos registros. Deve ser um dos tantos dos efeitos das usinas, já que muitos peões não assumiram a paternidade e se mandaram para Altamira (PA), onde esta sendo erguida a Usina de Belo Monte. Coisa de louco!
A grande seca
Depois da maior cheia do século na Amazônia, a previsão é de uma seca recorde na região, com o efeito El Nino, nesta temporada. Enquanto as águas dos rios e igarapés começam a cair rapidamente, reduzindo os impactos das enchentes, os estudiosos do clima já apontam o próximo desastre natural,
Os desencontros
No PMDB ainda existem vários desencontros e por tudo isto o candidato do partido José Augusto só fala em dar entrevista na semana que vem. Nos bastidores existe um clima de guerra entre o presidente do Diretório Municipal Dirceu Fernandes e o empresário Walni Cavalheiro apontado como vice.
As bandalheiras
Os deputados estaduais que não se envolveram em bandalheiras estão polarizando as eleições em Rondônia. São os casos de Adelino Follador (DEM) e Lourival Amorim (PMN) em Ariquemes, Jesualdo Pires (PSB) em Ji-Paraná, Glaucioni Nery (PSDC) em Cacoal e Luizinho Goebel (PV) em Vilhena.
O antipetista
Fátima Cleide foi escolher para vice justamente o conservador Miguel de Souza, um antipetista histórico desde os idos das demissões. Para piorar as coisas Miguel tinha chamado Sobrinho de mentiroso na semana passada – nas estatísticas de asfaltamento - e a escolha afastou ainda mais o apoio do prefeito a candidata petista,
Na sabatina
O Diário prevê sabatinas para os candidatos Mauro Nazif (PSB), Mariana Carvalho (PSDB), José Augusto (PMDB), Lindomar Garçon (PV) e dentro das possibilidades das respectivas agendas nos próximos dias. É importante o leitor acompanhar as propostas e as estratégias de campanha.
Em Ariquemes
Grande peleja na corrida sucessória em Ariquemes com provável polarização entre Adelino Follador (DEM) com Lorival Amorim (PMN). Existem também os coadjuvantes, que podem surpreender: Val do PT e Saulo da Madeireira. Façam as apostas.
No Informe
Na coluna Informe de Rondônia, no caderno de Cidades, o caro leitor acompanha as tendências das eleições municipais no interior do estado. Produzido pela sucursal de Ji-Paraná, a síntese da política regional se transformou num dos maiores destaques deste matutino em território rondoniense.
Do Cotidiano
Quando eles estão fortes e em pleno vigor, são discriminados em oportunidades e salários. Quando estão doentes são ignorados e postos de lado e ignorados. Para muitos afrodescendentes, esta é uma realidade mesmo no Brasil, país considerado sem discriminações raciais e composto por uma população majoritariamente miscigenada. Quando a doença que eles têm é uma ameaçadora forma de anemia, que também pode ocorrer em pessoas de outras raças, a exclusão e o descaso com o mal refletem descuido com o ser humano e o cidadão brasileiro em suas necessidades.
A anemia falciforme não é uma doença rara, embora ocorra mais frequentemente nas populações afrodescendentes. É uma doença hereditária que causa malformação das hemácias e provoca complicações em praticamente todos os órgãos do corpo.
Sua incidência tem sido verificada em todo o mundo e no Brasil ela afeta em média uma a cada mil pessoas. Na Bahia, onde o contingente de negros é maior, a doença atinge um em cada 650 indivíduos nascidos vivos. Congênita, a doença piora continuamente ao longo do tempo, reduzindo a expectativa de vida do paciente para uma média de 40 anos. O tratamento se torna cada vez mais difícil, uma vez que adultos apresentam lesões crônicas em todos os órgãos, com crises agudas de dor provocadas pela oclusão dos vasos sanguíneos, além de sequelas neurológicas e outras alterações degenerativas graves.
Há cerca de 30 anos, a professora Sara Olalla Saad, do Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dedica-se a estudar a doença e aplicar o conhecimento no tratamento de pacientes. Há duas décadas, grupos internacionais de pesquisadores publicaram pela primeira vez trabalhos que demonstravam os benefícios da hidroxiureia para diminuir o sofrimento dos pacientes. Desde então, o grupo da Unicamp passou a utilizar o medicamento, que, no entanto, só seria aprovado no Brasil 10 anos depois.
O pioneirismo, unindo pesquisa e clínica, levou o grupo a publicar muitos trabalhos com impacto internacional. Atualmente, os cientistas realizam um estudo de coorte com 114 pacientes de 14 a 55 anos, acompanhando-os continuamente a fim de compreender a doença e testar novas terapias.
Via Direta
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