Coluna sem papas na língua 12/04/12

Os desiludidos

Já é grande a desilusão de uma extensa lista de pré-candidatos à prefeitura de Porto Velho nesta campanha, tão cheia de reviravoltas. Até parece que existe uma maldição. Uma dúzia de pretensos candidatos já dançou e mais recentemente Cláudio Carvalho (PT) e Amado Rahaal (PP).

 Jogo de cena

Ainda na capital, adversários do pré-candidato do PR, ex-deputado Miguel de Souza, garantem que o rompimento do paraibano com o “Frentão”, mais especialmente com os tucanos de Expedito Júnior é jogo de cena. Alegam que os maiores aliados de Expedito mandam no PR, casos de Laerte, Ayres e João do Valle.

Filhos das usinas

Entre as várias crises pós usinas, uma verdadeira infestação de tiquinhos está sendo constatada em Porto Velho. Centenas de crianças estão nascendo sem ter pai na certidão e como muitos pais já se mandaram fica mais uma crise social para ser administrada por aqui.

Uma posição

No PMDB um dia vem um pré-candidato na redação e fala uma coisa, outro aparece outro etc. É preciso o Diretório Regional colocar as coisas em pratos limpos: afinal haverá prévias no partido em maio, ou os pré-candidatos serão submetidos à escolha nas convenções de julho?

O baixo clero

O baixo clero da política insiste em participar da disputa na capital. Esperam repetir o fenômeno Roberto Sobrinho, egresso também do baixo clero. Vejam alguns nomes: 1 –Bosco da Federal 2 – Edson Duarte 3 –Mário Sérgio 4 –Walnir Cavalheiro -5 Edgar do Boi 6-Marcelo Reis 7 –Pastor Isaias 8 – Vanderlei Oriani 9 – Mariana Carvalho 10- Guilherme Erse (PSD).

Em Cacoal

Quando já se acreditava que o ex-prefeito de Cacoal, o empresário Divino Cardoso tinha pendurado as chuteiras, eis que ressurge como uma fênix. Divino é pré-candidato pelo PTB e seu retorno esta cada vez mais viável já que Glaucioni Nery tem o problema de contas reprovadas e o atual prefeito, Padre Franco ainda patina nas pesquisas.

A ponteira

As pesquisas do inicio do ano dão resultados mais ou menos parecidos na capital, com Mauro Nazif (PSB), Lindomar Garçon (PV) e Fátima Cleide (PT) na ponteira. José Hermínio (PSD) sobe bem, assim como Miguel de Souza (PR) Ivan Rocha (PP) e Dalton di Franco (PDT).

O controle

O deputado Hermínio Coelho, presidente da Assembléia Legislativa, caso confirme a intenção de disputar o Palácio Tancredo Neves vai ter que conversar com o cacique Moreira Mendes que busca uma aliança com os candidatos de ponta. Ele já contatou alguns deles e quer indicar o filho Guilherme para vice.

Sem definições

Em Ji-Paraná, o prefeito José Bianco (DEM) tem compromisso com seu vice Zé Otônio (PSDB), mas já teria constatado que o tucano esta pesado para alçar vôo. Em Ariquemes o atual alcaide Márcio Raposo – também dos Democratas – continua indeciso se vai para a reeleição.

Do Cotidiano

Brasil em xeque

As várias alterações promovidas na economia brasileira, embora não alterem profundamente as causas do impacto interno da crise mundial, é um claro sinal de que o governo está atento aos efeitos devastadores que poderão advir case não se empenhe em desarmar as bombas que o ameaçam.

As declarações tranquilizadoras do ex-presidente Lula, para quem a crise era “marolinha” que chegaria inerme ao Brasil, já são coisa do passado. Foi cometido o mesmo erro de avaliação da ditadura militar, que não acreditou nas chances da crise do petróleo afetar o País, produzindo um cacho de crises que levou o regime à falência.

No entanto, como hoje o Brasil vive dias de democracia formal, ou seja, abaixo de uma Constituição legítima, as críticas são expostas abertamente na imprensa, o Congresso pode intervir e a Justiça se mantém como um Poder independente dos outros dois.

O que mais se evidencia pelas recentes ações do governo tentando salvar a indústria de malefícios ainda maiores dos que os já causados pelas vicissitudes cambiais é a tentativa de ganhar tempo, consolando aqui e ali os setores mais desprotegidos, levando o País mais ou menos em banho-maria até as eleições e à espera de que a crise não seja tão longa quanto estimam categorizados economistas.

O problema é que está difícil desarmar as bombas principais. Se existe o alívio da transferência de renda e o “capital” de uma grande popularidade que os governantes costumam receber de um povo com pouca informação mas muita confiança no futuro, a população nem de longe consegue se informar ou tem condições de influir frente à complexidade das tais bombas: câmbio, juros, inflação, endividamento, buraco previdenciário, deficiências estruturais e problemas sociais que se agravam.

Já se viu que o hemisfério Norte está em polvorosa e o empobrecimento se alastra, enquanto a África segue no geral vítima da miséria e da fome. Os países do bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foram escolhidos para ser a âncora capaz de segurar o barco do capitalismo em águas menos turvas ou tempestuosas.

Mas será que isso pode acontecer mantendo os velhos sistemas de lucro a qualquer preço e dane-se o resto?

Via Direta

 
*** Arre, finalmente começou a operação tapa-buracos em Porto Velho *** Dois políticos ilustres recuperam a saúde: Jesualdo Pires (Jipa) e Expedito Júnior (Rolim) *** O PSB fez reunião de avaliação no início de semana com sua comissão de campanha.