Quarta-feira, 25 de maio de 2011 - 07h29
Com a crise instalada nos meios petistas, dificilmente a legenda vai emplacar o sucessor do prefeito Roberto Sobrinho. Além do racha entre as duas alas, as denuncias de superfaturamento de remédios atingiram durante a municipalidade. Um escândalo nacional que vai respingar no candidato do partido nas eleições do ano que vem. (Assista, AQUI, entrevista de Roberto Sobrinho na TV Candelária).
Nas contas dos políticos mais experientes teremos virada em Porto Velho depois de oito anos de petismo, assim como ocorreu no governo estadual, depois de oito anos de cassolismo. Paradoxalmente, Sobrinho mantém índice alto de aprovação, mas é algo pessoal, como ocorre com Ivo Cassol: eles não conseguem transferir votos.
Bicadas no ninho
A convenção nacional do PSDB, marcada para este final de semana, é aguardada com grande expectativa. Ocorre que se o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves rifarem nomes indicados pelo ex-governador José Serra, ele poderá até deixar os tucanos depois de mais de duas décadas de militância.
Em campo
O Instituto Previsão está em campo pra auscultar as tendências do eleitorado de Porto Velho para as eleições do ano que vem. Os números coletados começam a ser tabulados e nos próximos dias o instituto deve divulgar alguma coisa. É quase uma dúzia de nomes inseridos na sondagem eleitoral, por isso a coisa deve ficar muito fragmentada.
Os rolimorenses
O interessante dos trabalhos de campo desenvolvidos pelo instituto é que entre os possíveis prefeituraveis da capital constam dois nomes de políticos de Rolim de Moura que ainda não transferiram o domicilio eleitoral para Porto Velho. E um outro instituto também trabalha em Rolim para ver em quantos anda a popularidade de Expedito (PSDB) e João Cahulla (PPS).
Por falar no ex-governador João Cahulla, o El Bigodon, o que se sabe é que seu rompimento político com o ex-governador Ivo Cassol é definitivo. Cahula continua calado, nada tem falado a respeito, mas se sabe que as mágoas entre ambos são recíprocas e dificilmente haverá uma reconciliação.
As conversações
Os agrupamentos políticos vão se formando em busca de candidaturas fortes para a sucessão do prefeito Roberto Sobrinho em Porto Velho. Acaba de entrar no rol dos possíveis candidatos, o ex-deputado federal Miguel de Souza, que também já foi vice-governador. A proposta seria unir o bianquismo num bloco só, um “centrão”.
Pulando cirandinha
Lembram daquela musica “nós somos dois sem vergonha”? Entoe-a, caro leitor, como fundo musical para esta notinha: Pulula nos círculos políticos que Ivo e Júnior abriram conversações para formar uma coalizão para o pleito de 2012. Com isso, não ficam mais valendo todos aqueles insultos e xingamentos do ano passado. Já começaram a pular cirandinha de novo...
Do Cotidiano
Muita preocupação
As pessoas em geral, no corre-corre da vida diária, tendem a só pensar em saúde quando estão doentes. Doentes ou não, quando pensam em saúde e doença, pensam também no quanto custa em tempo e paciência se socorrer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e em dinheiro se a saída for recorrer à medicina privada.
A dificuldade para acessar os mecanismos do SUS e os altos custos do tratamento particular leva muitos brasileiros à prática perigosa da automedicação. O perigo aumenta na razão direta da maior ou menor qualidade da medicação empregada.
Nos países desenvolvidos, a automedicação entra no vácuo da ausência do Estado na proteção à saúde pública, a exemplo dos EUA. Nesse caso, vem aumentando o número de medicamentos de venda livre e a facilidade de aquisição em estabelecimentos não farmacêuticos, tais como lojas de conveniência.
Quando há rígidos controles estabelecidos pelas agências reguladoras quanto à produção desses remédios e envolvimento de farmacêuticos profissionais avessos à chamada “empurroterapia”, a automedicação não chega a ser tão problemática.
No Brasil, entretanto, há muita preocupação devido à má qualidade da oferta de medicamentos, o não-cumprimento da obrigatoriedade da apresentação da receita médica e a carência de informação e instrução na população em geral. A Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) estima em cerca de 80 milhões o número de brasileiros que praticam a automedicação em seu cotidiano.
Com a exigência de receita para antibióticos, a automedicação sofre um severo golpe, mas ater essa restrição traz uma preocupação a mais: o aumento da pressão sobre o SUS por parte de pacientes que anteriormente se automedicavam. Essa pressão revela que a estrutura de saúde pública precisa de muitos ajustes.
Quanto ao governo, em tempos de cortes agressivos de itens orçamentários, a ordem de enxugar os gastos já vem de longa data, com direito a apertar o cinto ainda mais. Recentemente, o governo federal decidiu reformular o funcionamento das farmácias dos hospitais públicos do País, nos âmbitos federal, estadual e municipal, preocupado com os altos custos de funcionamento da rede hospitalar do SUS.
Via Direta
*** Estamos ainda em maio de 2011 mais tudo já gira sobre as eleições municipais na capital *** O PP prepara o lançamento do empresário Ivan da Saga, pilotando uma poderosa coalizão partidária. Anotem aí como pedra cantada: É candidato de ponta *** E o ex-prefeito Carlinhos Camurça já ganha apoio para trocar de sigla e disputar a prefeitura em 2012.