Segunda-feira, 17 de setembro de 2018 - 21h05
O futuro da Zona Franca
Há um debate que já deveria estar completamente vencido e outro que ainda precisa engrenar quando se trata de discutir o presente e o futuro do desenvolvimento amazônico.
O debate sobre a Zona Franca de Manaus, alvo de campanha negativa por interesses do Sudeste, já devia ser coisa do passado, no mínimo pela conclusão óbvia de que os percalços na ZF são os mesmos do contexto industrial negativo que assola o Brasil.
A desindustrialização não é localizada – é fruto dos atrasos estruturais acumulados. Se o problema for o volume da renúncia fiscal, na verdade uma falsa questão, já que União aqui arrecada muito mais do que devolve.
O debate que deveria estar a pleno vapor é a viabilidade da “terceira via”, alternativa às visões de enriquecimento imediato e predatório ou preservação com aproveitamento sustentável, apresentada pelo climatologista Carlos Nobre, ex-pesquisador do Inpa.
Para Nobre, esse debate não serviu para conter o desmatamento e não dará conta de preservar a maior parte dos recursos naturais. Propõe, assim, um pulo rápido: estudar como as tecnologias da IV Revolução Industrial podem ser utilizadas “para extrair valor econômico dos ativos biológicos e biomiméticos da floresta”. Ao debate, pois.
Era supervalorizado
Um dos nomes mais supervalorizados em 2018, chegando a ser cotado para o cargo de vice por quatro postulantes ao governo estadual, e considerado inicialmente um campeão de votos, o jovem e combativo deputado estadual Leo Moraes (Podemos), que fez a opção pela disputa a uma cadeira a Câmara dos Deputados ainda não deslanchou nesta temporada. Há, tempo, no entanto.
As dificuldades
As dificuldades de Leozinho em Porto Velho residem em dois embates que ele tem pela frente para conquistar uma cadeira no Congresso e nestas duas pelejas ele não pode fraquejar. A primeira delas com Mariana (PSDB) disputando o voto do segmento jovem. No outro embate, pelos votos anti-Hildon Chaves (este ainda alvo de grande rejeição por sua aliança com Expedito), com Mauro Nazif.
O mesmo pau...
O consolo de Leo Moraes é que tanto Mariana como Nazif para serem os mais votados em Porto Velho tem quase os mesmos embates. Pois é, o mesmo pau que bate em Chico, bate em Francisco. A equação deles, dentro processo de canibalização na capital, para se garantir, será reforçar as paliçadas no interior, no caso deles fragmentarem muito suas votações em Porto Velho.
Mais canibalismo
No entanto, o pior exemplo de canibalismo que temos
em Rondônia, rola na região central, na disputa ao Senado. O lançamento
de três candidatos da mesma região esta favorecendo pelo menos até
agora, a concorrência. O maior problema é embalar o pé na capital. O
marketing dos candidatos não conseguiu criar identidade com Porto Velho,
onde está concentrado dois terços do eleitorado.
Duas cadeiras
É
possível um grande abraço de afogados neste pleito por causa de
canibalismo. Na capital, verdadeiros titãs na peleja da Câmara dos
Deputados podem sucumbir. Mas o maior número de afogados, no entanto,
deverá ocorrer na peleia para as cadeiras da Assembleia Legislativa, a
onde é previsível uma brutal renovação.
Via Direta
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O atual senador Raupp, com efeito manada contrário, com sua elevada
taxa de rejeição já contamina as campanhas de Maurão e Confúcio na
capital *** Fora
das paradas, o deputado federal Nilton Capixaba que renunciou a
candidatura a reeleição, está colocando sua esposa na peleja da Câmara
Federal *** Já, Melki Donadon também fora da peleja, estuda o lançamento de um sobrinho *** É uma campanha repleta de idas e vindas e de substituições.