Terça-feira, 14 de julho de 2020 - 10h04
O
nacionalismo tem limites. Foi limitado pelos interesses pragmáticos trazidos
pela globalização – um nome reciclado para “imperialismo” – pelo intenso
intercâmbio entre mercadorias e a circulação de pessoas. Foi também vitimado
pelas pandemias, pelos rigores climáticos e também, para pavor geral, por
hordas de invasores verdes: os gafanhotos.
Soldados
bem adestrados são sempre úteis, mas arsenais caros pouco podem na guerra
sanitária e climática, para a qual até a moderníssima ciberguerra pouco pode, a
não ser alertar ao maior número de pessoas. Apesar das boas intenções dos
nacionalistas patrióticos, que atribuem as pressões internacionais a uma
conspiração, sem examinar os motivos das queixas externas, sem corrigir os
erros apontados nem tomar de imediato as providências cabíveis, de nada valerá
gritar contra os gafanhotos verdes nem tomar cloroquina no almoço para vencer a
pandemia.
Claro
que as pressões externas são trombeteadas pelos concorrentes do nosso agronegócio.
Quem amarra o acordo entre a Europa e o Mercosul são os agricultores de lá,
tanto quanto quem manieta o presidente Donald Trump e o faz tomar repetidas
ações contra o Brasil são seus produtores. No caso da Amazônia e do agronegócio
brasileiro, trazer investimentos urgentes e ganhar clientes implica analisar as
razões de quem pressiona. Só carimbá-las como conspirações não funciona.
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Eleições 2020
Com
o novo calendário eleitoral já está em andamento para o pleito em 15 de novembro,
a jornada em Porto Velho já conta com muitos nomes cogitados. Temos um primeiro
pelotão, ou seja, os candidatos mais comentados no pedaço: 1- Deputado Federal Léo Moraes (Podemos) 2- Atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) 3- Professor universitário
Vinicius Miguel (Cidadania) 4- Deputado federal Mauro Nazif (PSB) 5- Vereadora
Cristiane Lopes (PP).
Um listão
Mas a lista dos possíveis pretendentes ao Paço Municipal é
grande pois ainda temos o deputado
estadual Eyder Brasil (PSL), o ex-deputado federal Lindomar Garçon (Republicanos),
o ex-deputado estadual Hermínio Coelho (PV),o advogado Ramon Cajui (PT), o jornalista Samuel Costa (PC do B),o
advogado Ruy Mota (PDT), deputado federal coronel Chrisóstomo (PSL), empresário Fabrício Jurado (DEM), entre outros
nomes ainda na moita e aguardando definições do cenário.
Coalizões
As
principais coalizões – já em andamento -
na capital serão capitaneadas pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) e
deputado federal Léo Moraes (Podemos), considerados os nomes de ponteira e que
vão se encontrar numa revanche, já que foram os dois que atingiram o segundo
turno no pleito passado. As alianças começam a ser costuradas assim como é
esperado também um nome para funcionar como terceira via para entrar na briga
com os cachorros grandes.
As surpresas
Numa
cidade como Porto Velho onde favoritismo não quer dizer muita coisa, os
favoritos têm tombados sucessivamente em cada pleito. Lembram? Camurça virou sobre
Everton Leoni, Sobrinho passou por cima de Mauro Nazif e este virou em cima de Garçom.
Hildon Chaves saiu de baixo em 2016 como
um foguete para derrotar Léo Moraes. Enfim, sempre na reta final temos um
elemento surpresa, as vezes saindo da rabeira para se tornar o campeão. Por
isto muitos partidos arriscando nomes novos nas paradas.
Segundo turno
Com
tantos candidatos, fragmentando a votação já existe quase uma unanimidade que
teremos um pleito em dois turnos na capital rondoniense, com seus 320 mil
eleitores. A novidade é que o eleitorado dos 20 distritos aumentou muito, casos
de União Bandeirantes e Jacy-Paraná, e não se sabe ainda como vão se comportar
num momento que pleiteiam autonomia. Nas
localidades interioranas os nomes mais falados são Léo Moraes, Hildon
Chaves e Mauro Nazif já com bases fixadas e mais consistentes.
Via Direta
*** Com correção de rumos em vários
segmentos e admitindo falhas, como ocorreu no combate ao desmatamento o governo
Bolsonaro vai deixando o “negacionismo” de lado *** O general Mourão
caiu como uma luva no Conselho da Amazônia e já está bem antenado com os
problemas da região amazônica *** A
Energisa levou cano de muitos clientes de residências alugadas ao longo da pandemia
e agora quer cobrar a conta dos novos inquilinos que nada tem a ver com a coisa.
Uma onda de queixas deve chegar ao Procon neste sentido *** O povão está
longe do clima de eleição em Porto Velho e muitos candidatos a vereança estão se
queixando da recepção do eleitorado *** É
que os políticos estão mais sujos do que poleiro - e ainda podem transferir o
temido coronavírus para seus eleitores.
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