Quarta-feira, 21 de dezembro de 2011 - 00h15
Sem trégua
Ao meio de turbulências nos Poderes Executivo e Legislativo, do presidente afastado Valter Araújo já foragido (pelo menos era esta situação até ontem à tarde), forças beligerantes começaram a duelar pelo comando da Casa de Leis. Alguns deputados estão fiéis a Hermínio Coelho, outros (a maioria) já se atrelando a bancada governista.
Uma posição
O jogo de estratégia da maioria está mais ou menos definido. Primeiro convoca-se sessões extraordinárias para eleger os cargos vagos na Mesa Diretora, logo em seguida já com maioria dos cargos, os governistas começarão a pressionar pela queda de Hermínio. O pau vai cantar, cara-pálidas, não tem trégua nem para o Natal.
Os renegados
Circula nos corredores da Assembléia Legislativa que a maioria dos petistas que receberam a determinação do Diretório Estadual para deixar os cargos negociados na eleição de Valter Araújo continua no poleiro. Ficando, eles caracterizam o que os adversários alardeiam: que o PT é o partido da boquinha.
Bom dia...
Existe aquele velho ditado popular que quem fala demais dá bom dia a cavalo. O presidente em exercício da ALE, Hermínio Coelho esta passando do ponto. Se de um lado cobra com rigor a eficiência do prefeito e do governador, de outro se desgasta ao sustentar a permanência dos homens de confiança de Valter Araújo no comando administrativo daquele Poder.
Gestão hibrida
Isso – a gestão compartilhada dos dois - ficou bem caracterizado, porque a Casa de Leis até quarta-feira era controlada em setores chaves por homens escolhidos a dedo pelo presidente foragido Valter Araújo. Eles despachavam com o presidente afastado e, assim sendo, continuavam a decidir os rumos daquele poder. Coisa de louco!
Quem manda
O próprio presidente do Sindicato dos Servidores Raimundo Façanha dizia ontem, ao defender as causas do funcionalismo, que quem estava mandando na Casa de Leis eram os diretores ligados a Valter Araújo e que estes desobedeciam Hermínio. Se é a equipe de Araújo que manda, falar em moralização na avenida Major Amarante, vai virar piada.
Como provar
Por último, como Hermínio poderá demonstrar a opinião pública toda sua macheza e valentia, falando em cassar com impeachment o governador Confúcio Moura e aplicar uma baita surra de cinta no prefeito Roberto Sobrinho, se ele não consegue sequer ser obedecido pelos diretores da Casa nomeados por Valter Araújo?
Em vantagem
Trocando de assunto, constata-se que os raros políticos fichas limpas começam a se sobressair na jornada em busca do Palácio Tancredo Neves no ano que vem. Um deles é o deputado federal Mauro Nazif (PSB), incólume, com quase 30 anos de vida pública. Foi vereador, deputado estadual e federal e sempre cumpriu mandatos com honradez.
Do Cotidiano
A regionalização
Desde os idos do governador Jorge Teixeira, ao final dos anos 70, o último que administrou o território federal e inaugurou a era de estado, que Rondônia busca a regionalização da área de saúde. Desde aquela época já se sabia os prejuízos ao erário com a transferência de pacientes para a capital de municípios distantes pelas rodovias estaduais e federais, transformadas em corredores de ambulâncias.
Ainda na década de 80, o senador Ronaldo Aragão (já falecido) conseguiu recursos através de emendas parlamentares para a construção um grande hospital em Cacoal, uma obra que se arrastou décadas para ser concluída e até hoje o estabelecimento não foi devidamente equipado.
Mas da década de 80 para cá os sucessivos governadores – de Jerônimo Santana a Ivo Cassol - fizeram as tentativas, dentro das limitações orçamentárias vigentes com o objetivo de regionalizar a saúde. Prédios de hospitais foram construídos em Extrema na Ponta do Abunã e São Francisco, no Vale do Guapopé. O problema tem sido equipamento e a falta de médicos, enfermeiras e remédios.
Entendo que não existe outra forma da saúde funcionar com eficiência neste estado, sem que haja a regionalização dos serviços a partir das cidades pólos. A situação de Cacoal está encaminhada, com dois grandes hospitais, já resolvendo os problemas da região do café e agora, com o anuncio da construção de uma grande unidade em Ariquemes, que servirá para atender a demanda do Vale do Jamari, a região que mais cresce no estado teremos outro grande avanço. Serão 12 municípios a menos a despejar pacientes no Hospital de Base e João Paulo II.
Como em Ji-Paraná as coisas começam a entrar nos eixos e o atendimento local reduziu a remessa de alquebrados para a capital, eis que o governo estadual precisa voltar suas atenções também para Vilhena, que polariza o Cone Sul do estado e atende vários municípios do Mato Grosso.
Enfim, desde que as obras anunciadas pelo governo estadual e pelas prefeituras não sejam paralisadas – algo que virou rotina em Rondônia – já despontam perspectivas para que o segmento tenha melhorias nos próximos anos, na Era Confúcio..
Via Direta
*** Os deputados federais estão aumentando para R$ 80 mil suas verbas de gabinetes *** A coisa vai ter efeito cascata nas assembléias legislativas e Câmaras de Vereadores *** O recuo de empregos com carteira assinada em novembro já projeta baixas para nossa economia em 2012.
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