Segunda-feira, 1 de outubro de 2018 - 18h02
Piratas e estrategistas
A Amazônia tem a agenda mais cativante para os turistas de todo o mundo e, infelizmente, ela se desenvolve no mesmo roteiro da pior agenda regional.
A visitação motivada pela fauna silvestre, que esteve em debate na quinta-feira em Manaus, na Semana do Turismo, tem condições de alcançar grande sucesso. A diversidade e o incomum da fauna amazônica são ofertas exclusivas e atraentes.
Mas a agenda negativa faz da mesma região palco de intensa luta pelas rotas do narcotráfico, com tudo que acompanha combates sem as regras da Convenção de Genebra: assalto, medo, morte. Há estrategistas de superpotências ansiosos para ocupar a Venezuela e estender suas garras aos preciosos aquíferos, mas sabem que o mundo não vê a truculência da intervenção com bons olhos. Já a pirataria e o tráfico tendem a criar um argumento passível de apoio na opinião pública mundial.
Mesmo que oportunistas se aproveitem do medo para pregar violência estatal sem limites, que só aumenta o banditismo e prejudica os pobres e classe média emergente, é impossível tirar da agenda política democrática a necessidade de proteger as fronteiras e combater o crime. A desconfiança na democracia afetaria o turismo.
Porto Velho
O município de Porto Velho “comemora” hoje seus 104
anos padecendo com o abastecimento de água, com a coleta de esgotos,
sofrendo com as alagações no período das chuvas e se ressente de uma
rodoviária decente e de um centro de convenções. A saúde esta em cacos e
a segurança pública em colapso. Não bastasse, as fezes pululam pelas
ruas e avenidas...
Cenário de incertezas
Num
cenário de incertezas, reviravoltas e com uma multidão de indecisos os
mais de 1.100.000 eleitores rondonienses vão às urnas no próximo
domingo. O panorama de incógnitas se agrava com os canibalismos
políticos regionais atingindo candidaturas consideradas de ponteira. Uma
eleição histórica, com um clima de revolta contra a classe política.
Reta final
Temos
lances curiosos nesta reta final da eleição marcada para o próximo dia
7. Os candidatos a deputados estaduais e federais estão se trombando nas
ruas com as suas torcidas organizadas formadas por formiguinhas e
tamanduás. Pelo menos até agora não brigaram, como ocorreu em pleitos
anteriores. Mas não se descarta caneladas até domingo.
Levando vantagem
A
impressão que se tem é que a moralidade anda meio elástica entre o
eleitorado, senão vejamos: políticos tradicionais estão levando os
governos do Amazonas, Rio de Janeiro e de alguns estados do nordeste.
Senadores mais sujos do que poleiro, envolvidos na Laja Jato, estão se
reelegendo em seus estados. Na Amazônia o crime organizado esta elegendo
vários representantes. Coisa de louco!
Uma maldição
A antiga maldição que atinge os favoritos ameaça se repetir novamente em Rondônia. Cotado na largada 2018 ao governo estadual, o ex-governador Ivo Cassol (PP) ficou de fora, mas agora tenta afastar a fama de que não elege aliados, elegendo sua irmã Jaqueline a federal e Carlos Magno ao Senado. Também se constatam favoritos tombando ao Senado, a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados.