Terça-feira, 15 de novembro de 2011 - 05h13
Eleições 2012
Durante o encontro estadual do PP no final de semana em Porto Velho, o presidente regional Ivo Cassol traçou as diretrizes da legenda para o ano que vem. Na capital, a sigla já apresentou três nomes como pré-candidatos a prefeito: empresário Genaro, médico Amado Rahal e do comerciante Ivan da Saga.
Composições
As primeiras composições partidárias para a peleja de 2012 em Porto Velho apresentam três nomes cada. Além do PP, o PT tem três pretendentes – Fátima Cleide, Epifânia e Cláudio Carvalho e o “Frentão” com Lindomar Garçon (PV), Miguel de Souza (PR) e Jean Oliveira (PSDB).
Trinca do PMDB
Também o PMDB relaciona três possíveis nomes para a disputa: Zequinha Araújo, David Chiquilito e Abelardo Castro Neto. O PDT não ficou para trás e também sapecou os nomes de Ruy Motta, Celso Melo e do ex-vereador Mário Jorge e mira uma aliança com os Democratas. Enfim, virou mania dos partidos lançar três nomes.
Jogo de estratégia
O jogo de estratégia desenvolvido pelas coalizões partidárias na capital é de espera, de catimbar o jogo. Todo mundo aguarda a definição do candidato do PT do prefeito Roberto Sobrinho, para então mandar a campo sua própria escalação. O que se vê são todos partidos abertos para composições para o enfrentamento com os petistas.
Jogo de xadrez
No jogo de xadrez da corrida sucessória da capital coube a Miguel de Souza (PR), o primeiro bom movimento, criando o “Frentão”, uma composição partidária de centro, unificando no mesmo barco os tucanos, o PR e o Partido Verde. A iniciativa tem longo alcance já que vale para as eleições municipais e para 2014.
Dois turnos
Acredita-se que numa previsível eleição em dois turnos, em vista da fragmentação das forças políticas locais, largam na frente na capital para as duas vagas do turno seguinte, o PT de Roberto Sobrinho, o PMDB de Confúcio Moura e o “Centrão” do trio Miguel de Souza, Expedito e Lindomar Garçon.
O pano de fundo
O pano de fundo da formação destes três blocos – um liderado pelo PT, outro pelo PMDB e o terceiro que é o Frentão - é uma proposta de isolamento para o ex-governador Ivo Cassol. Atento as manobras, e como a necessidade faz o sapo pular, Ivo pulou, reagiu e já tenta reverter o quadro inicialmente desfavorável aos pepistas.
Os movimentos
No entanto, outras lideranças estaduais com interesse nas eleições na capital e para 2014 também vão ter que agir para melhorar suas cartas na mesa. São os casos do cacique democrata José Bianco, o cardeal do socialismo moreno Acir Gurgacz e dos mandarins trabalhistas Valter Araújo e Nilton Capixaba. Para quem gosta de política, eis um cenário aberto para boas articulações.
Do Cotidiano
Coragem e heroísmo
Ele foi o grande governador amazônico da primeira metade do século XVIII. O taxaua (cacique) Ajuricaba teve uma história de força, coragem e heroísmo marcantes, dando origem ao orgulho que os nascidos na região sempre tiveram de se intitular “manaus” ou “manauaras”.
Ajuricaba organizou um sistema de vigilância que dificultava o deslocamento dos portugueses pelos rios e lagos. O governo do Grão-Pará, subordinado diretamente a Lisboa, era sediado em Belém e a Capitania do Rio Negro ficava sob sua jurisdição.
Uma guarnição portuguesa estava encastelada na Fortaleza de São José da Barra, o Forte da Barra, posto militar construído sob o comando de Francisco da Mota Falcão, por ordem do governador Geral do Pará, para resguardar o rio Negro das invasões inimigas da Coroa Portuguesa (holandeses e espanhóis).
O Forte da Barra seria a origem da cidade de Manaus. Para além dessa fortaleza que ostentava a soberania lusitana sobre a região, o domínio era dos índios Manaós (ou Manaus), nação indígena do grupo aruaque, cujo líder, o cacique Ajuricaba, criava sérios embaraços para o pleno controle português.
Supõe-se que o nome do líder indígena que viveu no século XVIII nos arredores da futura capital amazonense e ali construiu uma fortíssima lenda pessoal tenha origem nas palavras tupis ajuri (ajuntamento) e caba (marimbondo).
Desde pelo menos 1530 já se espalhava a lenda do rico rei El Dorado, cujo reino ficaria junto a um lago (Manoa). Como não foi encontrado nos séculos seguintes nas regiões de colonização espanhola, as cidades de ouro poderiam estar na região ferrenhamente protegida pelo cacique Ajuricaba, cujas riquezas áureas estavam concentradas em sua liderança e valentia.
A ocupação lusa na Amazônia tinha como uma de suas estratégias deslocar populações indígenas para determinadas localidades onde ficavam mais suscetíveis à catequização promovida pelos religiosos para domesticá-los e aos colonos para utilizar sua mão-de-obra.
Via de regra esses deslocamentos se davam à força, contra a vontade dos indígenas, que não tinham interesse em abandonar seis costumes para se escravizar aos hábitos e objetivos dos portugueses, geralmente em trabalhos forçados.
Via Direta
*** Quem viajou neste feriadão e deixou a casa sem vigilância já esta amargando prejuízos em Porto Velho *** Os “amigos do alheio” estão agindo em larga escala *** O governo estadual anuncia reforços nas verbas de saúde para Guajará Mirim, na fronteira e em Vilhena, no Cone Sul.