Quarta-feira, 7 de dezembro de 2011 - 00h11
Mãe Joana
Porto Velho ontem estava transformada na casa da mãe Joana. Eram caçambeiros fechando a principal avenida da capital, como um bando de peles-vermelhas furiosos, eram cara-pálidas grevistas marchando nas ruas, era uma cidade sem policiamento para a bandidagem fazer a festa. Terra sem lei.
Os números
O concurso publica da prefeitura de Porto Velho já atraiu cerca de 20 mil inscritos e pelo que esta se vendo até o encerramento do prazo de inscrições pode ultrapassar os 30 mil. A oferta de 1.800 vagas torna a capital rondoniense uma das cidades de ponta na geração de empregos neste final de ano m todo o país.
Uma resposta
Por se falar na prefeitura da capital, o alcaide Roberto Sobrinho respondeu seus detratadores enumerando cerca de 100 obras em andamento pela cidade. De fato, tem pavimentação, escolas, postos de saúde e coisa de envergadura andando, como o terminalfluvial de passageiros, além do recém inaugurado restaurante popular.
Tomando as rédeas
Aos poucos, já sob a administração do presidente Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho) a Assembléia Legislativa, na medida do possível, vai voltando à normalidade, depois dos últimos escândalos provocados pela Operação Termópilas. Mas a pauta do final do ano promete polêmica, como a terceirização da saúde.
Uma trégua
Na verdade se vê uma trégua entre os poderes Legislativo e Executivo em vista da tramitação de importantes matérias na casa de leis neste final de ano. É claro que a questão da eleição de uma nova mesa diretora deve voltar à tona no ano que vem já que tem vários cargos vagos na mesa. No entanto, Hermínio se encaminha para ser legitimado.
Jogo de estratégia
A permanência de Hermínio no comando da ALE passa por uma obra de engenharia política. De um lado ele adotou um tom conciliador com o governador Confúcio, de outro emite sinais que não fará retaliações ao ex-presidente Valter Araújo e seus seguidores – muito pelo contrário fala até em amizade pessoal - por último anunciou afagos ao funcionalismo.
Uma raridade
E num momento difícil da vida política rondoniense é preciso destacar que na Assembléia Legislativa também existem fichas limpas e com trajetória política exemplar. É o caso do deputado José Ribamar (PT- Porto Velho) um dos únicos deputados que entram pela porta da frente – e pode fazer isto de cabeça erguida - naquela Casa de Leis
As mudanças
Se fosse governador, o senador Valdir Raupp revela que trocaria 80 por cento do secretariado de Confúcio Moura. Na verdade as substituições são difíceis, é um desafio político enorme. Por se tratar de governo de coalizão cada legenda – são quase uma dúzia – tem direito ao seu quinhão de indicações. E aí é que o bicho pega.
Do Cotidiano
A ideologia a moda
O “desenvolvimentismo” é uma espécie de ideologia da moda nos países emergentes, identificados pela sigla BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O ecologismo ou preservacionismo, por sua vez, é a moda que vai crescendo nos países ditos desenvolvidos, que neste momento apresentam, por conta da gravíssima crise mundial, um refluxo cujas consequências ainda são incalculáveis.
Como são dois conceitos considerados opostos e que por isso aparentemente se excluem, as pessoas são tentadas a optar radicalmente e sem reservas por uma ou por outra. Mas essa não é a atitude mais consciente e elogiável: o extremismo e a intransigência não conduzem a bom porto.
Os países emergentes precisam se desenvolver porque descobriram que seus povos precisam progredir economicamente de modo que esse progresso venha se traduzir em promoção social, geração de empregos e redistribuição de renda.
Por sua vez, os povos dos países desenvolvidos já adquiriram a consciência de que progredir sem preservar o meio ambiente é nefasto para a vida em todos os seus aspectos. Sobretudo a frágil vida humana, submetida a destemperos climáticos e a poluições doentias e destrutivas: da malcheirosa e visível na água e na terra até a inodora e invisível no ar.
É da máxima importância, portanto, que os países emergentes escolham o caminho do progresso para elevar as condições de vida de seus povos e também que os países já desenvolvidos escolham a preservação como forma de garantir um mundo melhor para as próximas gerações.
Por aí se percebe que as duas escolhas são necessárias, até vitais. Mais: são sensatas e recomendáveis. É enganosa e prejudicial à noção de que uma exclui a outra.Excluir uma das duas não seria nada sensato.
Digna e louvável é a compreensão serena de que precisamos ao mesmo tempo desenvolver a economia e preservar a natureza – e, dentro de seu amplo contexto, desenvolver e preservar especialmente o ser humano, que não merece adoecer pelas poluições nem ser alvejado por tiroteios criminosos.
Sensato e necessário, ainda, é evitar o radicalismo negativo que procura jogar brasileiros contra brasileiros e criar uma guerra entre noções que são complementares, jamais excludentes.
Via Direta
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