Sábado, 27 de junho de 2015 - 07h19
Sarna pra se coçar
Volta e meia, idéias de jericos prosperam em Porto Velho causando revolta ou chacotas pela cidade. A última foi idealizada pela Companhia de Águas Esgotos de Rondônia – Caerd, reduto de nomeações políticas, daquelas que só tem afundado a companhia através dos anos.
A contratação de 60 detentos para os serviços de cobrança, de ligações e cortes de água, anunciada pela empresa, teve grande rejeição na comunidade. Não é para menos, já que se a estatal não tem eficiência com sua própria equipe treinada para esta finalidade, pode se imaginar operários treinados as pressas e atuando sob a desconfiança da comunidade.
Ora, ao invés de proporcionar mão de obra qualificada e melhorar seus serviços, a Caerd caminha na contramão. Os consumidores estão com medo e com toda razão. Não que os apenados não mereçam uma chance para recomeçar, mas a comunidade poderia no mínimo ser consultada a respeito. A maioria vê com desconfiança – e com justa razão – as contratações as pressas – a medida adotada pela empresa. Não é a toa que a Caerd tem sido um fracasso ao longo dos anos.
Falta articulação
A falta de articulação na chefia da Casa Civil voltou a causar problemas na tumultuada relação entre o governo do estado com a Assembléia Legislativa. Emerson Castro não esta a altura do cargo e durante a semana vários deputados se queixaram que nas situações mais importantes o titular daquela pasta viaja para tratar dos seus assuntos particulares em outros estados.
Frente parlamentar
A Assembléia Legislativa do Amazonas esta criando uma Frente Parlamentar para acompanhar os desdobramentos da privatização da Hidrovia do Madeira. O parlamento amazonense não aceita imposições goela abaixo do governo federal, e exige que as comunidades ribeirinhas ao longo do Rio Madeira nos estados de Rondônia e do Amazonas sejam consultadas.
As responsabilidades
A propósito da Hidrovia do Madeira, os cientistas amazonenses afirmam que a mudança do curso migratório dos peixes, o assoreamento do leito do rio e a cheia histórica de 2014 estão entre as conseqüências das obras das usinas de Jirau e Santo Antônio em Rondônia. Os impactos ambientais afetam cerca de 200 mil pessoas nos municípios do vizinho estado, conforme estudos recentes.
Audiências públicas
Ainda sobre o propósito do governo federal em privatizar a Hidrovia do Madeira, a Assembléia Legislativa do Amazonas vai abrir audiências públicas nos municípios ao longo do rio com objetivo de ouvir as comunidades a respeito. As sessões serão acompanhadas por representantes do Ministério Público para levantar os prejuízos já causados pelas usinas e futuros pedidos de ressarcimentos na justiça.
Mais demissões
A crise municipalista se alastra em Rondônia e os municípios estão apelando por demissões de servidores comissionados. Vilhena e Rolim de Moura, considerados municípios progressistas e alavancados pelo agronegócio também estão sentindo os efeitos da recessão reduzindo os gastos para enfrentar a travessia. Governo do estado e ALE já fizeram seus ajustes no início do ano.
Via Direta
*** As invasões de terras voltaram a causar tumultos em Porto Velho, como ocorreu no assentamento Dilma Rousseff no meio da semana *** O clima é tenso também em outras áreas invadidas, com medo de despejos violentos como ocorreu no meio da semana *** O PDT vai eleger sua nova comissão provisória nos próximos dias na capital e abrir entendimentos para sua aliança com o prefeito Mauro Nazif (PSB).
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