Sábado, 14 de abril de 2018 - 21h15
Foi marcado pelo papa Francisco para outubro de 2019 o Sínodo dos Bispos para a Amazônia. Ele recomendou à região “a arte de viver juntos na simplicidade, na benevolência e na fraternidade” e “educar na cultura do respeito e do encontro, que é a base para um futuro”.
A política é um território de disputas. Onde ela falha e os governantes ficam impopulares, cria-se um vácuo a ser preenchido de alguma forma, para o bem ou para o mal. Onde o consenso é alcançado, brota o Estado com regras estáveis e saudáveis de convivência. As crises econômicas cíclicas, porém, abalam as conquistas e produzem novas disputas.
No mundo em crise o Brasil vive internamente uma disputa entre cumprir ou rasgar de vez a Constituição de 1988. Os políticos não sabem se a rasgam de vez ou a remendam. Com isso, os impasses aumentam e se agravam como o caos da insegurança e do sistema prisional.
É duvidoso supor que com Lula preso e sem uma Assembléia Nacional Constituinte desvinculada do Congresso viciado pelos maus costumes que o produziram possa haver um novo consenso no Brasil. Sem isso, cabe apenas atender às recomendações do papa ao Sínodo da Amazônia: que na cultura do respeito às pessoas não se esganem entre ofensas e agressões.
A velha guarda
Políticos da velha guarda como Amir Lando, Chagas Neto e José Guedes (Porto Velho), Rosaria Helena (Ouro Preto do Oeste), Tiziu Jidaias e Ernandes Amorim (Ariquemes) trabalham pela volta à ribalta política no estado no pleito de outubro. Alguns como postulantes a Assembléia Legislativa, outros pugnando cadeiras para a Câmara dos Deputados ou suplências ao Senado.
A aposentadoria
Já, lideranças da qualidade de José Bianco (ex-governador e ex-senador), Odacir Soares (passagem brilhante no Senado), Assis Canuto (ex-vice-governador, ex-deputado federal e ex-prefeito de Ji-Paraná), optaram pela aposentadoria. O mesmo ocorreu com ex-federais como Edson Fidelis e Francisco Sales e deputados estaduais do porte de Dedé de Melo (Guajara Mirim).
A soberania
Os deputados estaduais Cleyton Roque (PSB), Só na Bença (MDB) e o ex-prefeito Jean Mendonça (Podemos) brigam pela soberania política na região de Pimenta Bueno nesta temporada de 2018. Todos são pré-candidatos a Assembléia Legislativa de Rondônia. Por enquanto o cacique maior da região é Cleyton Roque, já que emplacou a esposa Juliana na prefeitura de Pimenta no último pleito.
Eleições 2018
Enquanto em outros estados já pipocam as primeiras pesquisas para os governos estaduais, Rondônia ainda está longe de saber quem é quem para o pleito de outubro. A definição dos nomes passa por pendências judiciais e pela formação de grandes agrupamentos. Independente dos nomes lançados, dois blocos começam a polarizar: de um lado aliança liderada pelo senador Acir, de outro a coalizão do senador Ivo Cassol.
A hegemonia
Na eleição de outubro também a hegemonia política estará em jogo no Vale do Jamari, onde o cacique Adelino Follador, o deputado estadual mais votado na eleição passada e que elegeu seu filho Lucas a vice-prefeito em Ariquemes, se tornou a maior referência. Lá a disputa pela ALE tem mais três fortes oponentes, Saulo Moreira, Alex Redano e Ezequiel Junior.
Via Direta
*** Seguem extensas rodadas de negociações entre os partidos para a montagem de um chapão ao governo estadual *** O ex-petista Sidney Orleans e o ex-PSB Julio Olivar reforçam a nominata do Podemos para a Assembléia Legislativa de Rondônia *** Com eleição suplementar ou não para o Palácio dos Parecis, a família do patriarca Melki Donadon larga na frente em Vilhena *** Resta achar um nome entre o clã.
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