Sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008 - 07h33
Frente Ampla
Está criada a “Frente Ampla”, que dará sustentação a candidatura do chefe da Casa Civil Joarez Jardim (PSDC) a prefeitura de Ji-Paraná. Seu nome tem apoio do governador Ivo Cassol e as adesões do segmento evangélico e das lideranças empresariais impulsionam o crescimento do seu nome e para a polarização com o atual prefeito José Bianco.
A polarização
A Frente Ampla aposta no apoio do governador Ivo Cassol que fez mais votos do que todos os candidatos juntos da oposição ao governo em 2006 na capital da BR e no desgaste da atual administração – principalmente do secretário de Obras Edson Fidélis - para encorpar. Além disso, partidos como o PTB, devem aderir a coalizão, em vista da filiação do governador Ivo Cassol nas próximas semanas.
Abrindo a jornada
Ao confirmar ontem que foi convocado para assumir imediatamente a candidatura, Joarez disse que logo após o carnaval começará a cumprir agenda mantendo contatos com as lideranças, participando de reuniões com associações de moradores. Neste carnaval, além de percorrer a tradicional feira livre, Jardim tem agendadas reuniões com pastores evangélicos e associações rurais.
Sinuca de bico?
Ainda sobre as eleições de Ji-Paraná, uma pergunta: como vão deverão se posicionar os eleitores do prédio onde moram Bianco (DEM), Jardim(PSDC), Canuto (DEM) e Mirandex (PMDB)? Nunca um mesmo prédio abrigou tantas lideranças no mesmo lugar na capital da BR. Eu acho que Mirandex já fechou com Jardim...
Os reflexos
A suspensão da compra de carne pela União Européia terá reflexos imediatos na economia rondoniense. O Estado viveu um clima de prosperidade, por conta da exportação carne e seus derivados ao longo de 2007 e o anúncio poderá ensejar a desistência da implantação de pelo menos três frigoríficos no estado ao longo de 2008.
Emprego e renda
Na cadeia produtiva rondoniense, a carne era um naco importante do agronegócio. Como ficará só voltada ao mercado interno, sofrerá drástica redução de preço. Por conseguinte haverá queda de emprego e renda, provocando graves problemas para os nossos pecuaristas que viveram um ano de 2007 de bonança.
PIB rondoniense
Além da questão da carne, também as restrições do Ibama as atividades madeireiras geram prejuízos para o estado. Juntas, as atividades relacionadas a carne e seus derivados e a indústria madeireira, correspondem a mais de 50 por cento do PIB do estado. Por conseguinte é preciso encontra uma solução para esses problemas.
Eleições casadas
Logo depois do carnaval PT e PMDB se reúnem para entabular entendimentos visando eleições casadas para 2008 e 2010. Existe a conveniência para um acordo dos dois lados. O PMDB pode ajudar o PT em municípios como Porto Velho. Já, o PT poderá ser beneficiado em municípios onde os peemedebistas estão melhor situados.
Acordos alinhavados
Se as negociações derem certo, o PT cederia a indicação do vice para o partido de Valdir Raupp na capital e, conforme as tratativas teria direito a indicar vices onde o PMDB é poderoso, casos dos municípios de Ariquemes, Cacoal e Jaru. O acordo entre as duas legendas tornaria a coalizão favorita nos principais colégios eleitorais do estado.
Em Ji-Paraná
Até em Ji-Paraná, a coalizão PMDB/PT também tende a se firmar. O novo – uma aliança de esquerda – poderia causar uma surpresa na região central, no entendimento de petistas e peemedebistas. As conversações poderão frutificar desde que o Partido dos Trabalhadores –aceite um nome na chapa de vice do prefeito Roberto Sobrinho em Porto Velho.
Do Cotidiano
O maior crescimento
Se de um lado a Região Norte do país continua padecendo com índices ainda baixos em quesitos como o abastecimento de água, em outros a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -PNAD, divulgada recentemente pelo IBGE, indica melhoras em algumas áreas. As taxas de analfabetismo diminuíram. Também está na região Norte o maior número de pessoas acima de 18 anos matriculadas nas escolas.
Mesmo com avanços na área de saneamento básico, parte da Amazônia tem um longo caminho para se equipar aos demais municípios brasileiros no que tange a água encanada. Os estados de Rondônia, Acre e Pará, por exemplo, continuam os menos aquinhoados.
No caso de Rondônia as coisas parecem das mais absurdas, com índices terceiromundistas. Enquanto a média no Brasil é de 83 por cento, em Rondônia são apenas 38 por cento dos municípios com água encanada. A própria capital, Porto Velho padece com apenas a metade dos seus 400 mil habitantes recebendo o precioso líquido em seus domicílios.
No interior do estado de Rondônia, a queixa é enorme, desde municípios de maior porte, como Jaru, como cidades mais recentes, como Buritis onde a presença da Companhia de Águas e Esgotos –Caerd ainda é bastante reduzida. Imaginem localidades que pipocaram recentemente na selva, como Jacinópolis e Nova Dimensão? São Domingos?
Com recursos do PAC do governo federal, o governo do estado e a Caerd projetam atender 100 por cento dos domicílios na capital – uma meta realmente ambiciosa para quem sofre com o problema há quase 100 anos – e promover avanços no interior. Com um novo fluxo migratório em andamento em vista da construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, a tarefa de levar água para cidades que explodiram nos últimos anos – casos dos distritos de Vista Alegre, Jacy-Paraná, Abunã e Jacy-Paraná é um desafio e tanto para as autoridades rondonienses.
Ao mesmo tempo em que a questão da água carece de investimentos, o problema de tratamento de esgoto se agrava a cada ano. O que existe de tratamento dos resíduos na capital não atinge a marca de cinco por cento dos domicílios, o que corresponde apenas 20 mil habitantes, dos 350 mil estimados em 2008. São praticamente os índices dos primeiros anos de Porto Velho, ainda nos idos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, quando os ingleses construíram uma das cidades mais avançadas do Brasil, dotada de água, energia etc.
Via Direta
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Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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