Terça-feira, 6 de maio de 2008 - 06h39
Eleições municipais
Como não gosto de comentar pelo ouvi dizer, fui bisbilhotar pelo interior em quantos andam as eleições municipais em Rondônia. As coisas continuam frias em alguns municípios do estado e só prometem esquentar nas convenções municipais de junho. Veja em seguida um rápido panorama interiorano.
Em Vilhena
Em Vilhena, onde passei no domingo, a primeira surpresa: o PT confirma a pré-candidatura de Mauro Bill. Se conseguir atrair para sua aliança o PC do B, teremos uma coalizão de esquerda poderosa para enfrentar o clã Donadon que domina todo o Cone Sul politicamente há quase duas décadas. Melki tem demonstrado que é osso ruim de roer.
Equação difícil
Eu sempre lembro que política não é uma ciência exata. A equação para afastar os Donadons do poleiro não é fácil. A primeira fórmula a ser aplicada é uma frentona com candidatura única oposicionista. Na impossibilidade, Mauro Bill, que é o inimigo público número 1º dos Donadons, vai ter que buscar a polarização desde já, para forçar o voto útil na reta final.
Em Pimenta
Em Pimenta Bueno, a tendência é desde já uma polarização entre a ex-prefeita Ines Zanol (PSB) e o atual prefeito Augusto Praça (PMDB). Zanol, como constatei, não tem sido incisiva contra a administração atual e, pelo que se vê não vai nem precisar de fazer muito barulho. A terceira força local é Paulo de Tarso, com o apoio do governador Ivo Cassol.
Em Cacoal
Lembro que quem lê esta coluna já tinha ouvido no padre Franco desde julho do ano passado, quando corri o interior. Pois é, aquela pedra cantada ainda no meio do ano passado está se concretizando. O pré-candidato petista já tem a ponta na capital do café e já se constitui na grande surpresa do pleito deste ano. Os outros nomes de ponta são Nilton Capixaba (PTB), Glaucioni Neri (PCDS) e Raquel Carvalho (PMDB).
Presidente Médici
O pedetista Gilson Borges se firmou como maior adversário da gestão Charles Modro e vai ponteando a corrida em Presidente Médici. Mas lá, o PMDB é forte, e se o deputado estadual Chico Paraíba conseguir conciliar as facções do partido, terá a mão um nome a altura para a peleja, como Zé Ribeiro. Tem ainda Geraldo da Educação e Sônia Balau esquentando os tamborins.
Em Ji-Paraná
Nadando de braçadas, e dividindo os adversários para governar, o ex-governador José Bianco (DEM) caminha celeremente para a reeleição em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado. É o coelho da eleição e dita o tom da corrida sucessória na capital da BR. Lá, o governador Ivo Cassol já estuda trocar de candidato para o enfrentamento com Bianco.
Mais vitamina
Em Ji-parana quanto mais candidatos forem lançados ele, Bianco estimula isso mais sua eleição será facilitada. Os demais nomes, Joarez Jardim, Zé Otônio, Euclides Maciel e Edvaldo precisam tomar mais biotônico. Se não se unirem num bloco único, a parada vai ser terrivelmente difícil para a frágil oposição local.
Em Ariquemes
No município de Ariquemes, terceiro maior colégio eleitoral do estado, o prefeito Confúcio Moura (MDB) vai enfrentar o clã Amorim, que escalou a deputada estadual Daniela para uma revanche. Também na Capital da Produção, temos as postulações do ex-prefeito de Cacaulândia Adelino Follador (DEM) e do cassolista Lourival Amorim (PSDC).
Páreo duro
Em Ariquemes a parada já começa com o ritmo de polarização entre Moura e Daniela. Na eleição passada Confúcio só se elegeu porque Amorim foi preso e não conseguiu comandar a campanha da filha. Até hoje o caudilho se queixa que foi armação do PMDB (do desafeto Amir) para a sua filha perder a eleição. Lá, a zebra pode ser Follador. Já está correndo trecho e o cara é bem mineirinho...
Do Cotidiano
Uma semana decisiva
Envolto com pressões existentes na própria mesa diretora da Assembléia Legislativa, para que confirme publicamente a renuncia do cargo, a semana que inicia será decisiva para o presidente do parlamento estadual Neodi Carlos de Oliveira (PSDC-Machadinho do Oeste). A casa de Leis vive uma crise desde que seu presidente anunciou que deixaria o cargo na semana passada, desistindo da renuncia em seguida, depois de um apelo do governador Ivo Cassol que garante juntar os cacos da sua base parlamentar e manter Neodi Carlos a frente da Mesa Diretora.
A base governista composta por 20 deputados estaduais que praticavam até a pouco tempo integral fidelidade ao governador - está rachada ao meio e, o comando do atual presidente da Casa já enfraquecido. Quem acompanha os bastidores no Poder Legislativo estadual sabe que Neodi já ameaçou renunciar ao cargo pelo menos uma dúzia de vezes, avisando seus colegas que se não for cumprida a Lei de Responsabilidade Fiscal, rejeitaria o cargo. Esta sua indecisão tem provocado grande desgaste desde que assumiu.
Mesmo permanecendo nas funções, Neodi voltará enfraquecido, já que não conseguirá concentrar o poder nas mãos. A partir de agora se verá obrigado a compartilhar as decisões e ainda continuará sob ameaça da própria base cassolista de perder mais dois anos da sua reeleição antecipada para a presidência que estava assegurada até 2010. E está assim de pretendentes num possível processo sucessório.
Para provocar de vez a queda de Neodi, cogitou-se até uma renuncia coletiva nos cargos da Mesa Diretora, mas o governador Ivo Cassol torpedeou a conspiração com mãos de ferro. Houve, de fato a tentativa, ou pelo menos um ensaio e promessas de renuncias, mas ao final nada de concreto ocorreu. Apesar de todo bafafá, acredita-se que a insurreição no seio governista acabará contornada, já que definitivamente ficou comprovado mais uma vez para quem duvidava que quem mais influencia as decisões no Poder Legislativo é o governador.
Administrando os Poderes Executivo e Legislativo (esse de forma indireta), Ivo persegue a meta de obedecer as diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal, algo dificilmente cumprido pelas últimas gestões, no Parlamento estadual. Aliás, justo pelo contrário, a casa de Leis tem sido motivo de verdadeiros escândalos, como ocorreu nas gestões passadas.
Via Direta
*** Com dois viadutos em construção e as marginais da BR 364 asfaltada no perímetro urbano, Pimenta Bueno já apresenta uma nova cara *** Por falar na BR, quem percorre a rodovia já padece com trechos esburacados, como aquele entre Cacoal a Presidente Médici *** Alguns buracos foram tapados com barro e a coisa nada resolveu *** De asas crescidas, o PT pretende ampliar geometricamente o numero de prefeitos em Rondônia nas eleições de 2008.
Fonte: Carlos Sperança
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