Sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 - 06h30
A terceira via
O início do ano tem sido bom para a terceira via. Leia-se o deputado federal Mauro Nazif (PSB), um dos três pré-candidatos a prefeito de Porto Velho. Ocorre que o prefeito Roberto Sobrinho vive a época do inverno amazônico, seu período de maior desgaste. E Nazif continua quietinho da silva, só jogando no erro dos adversários...
Garçon e o aumento
Já, o outro concorrente, Lindomar Garçon assiste a revolta do funcionalismo público com o magro reajuste do seu padrinho, o governador Ivo Cassol. Como se sabe, o funcionalismo público tem o maior peso nas eleições na capital. O conseqüente desgaste de Cassol por aqui pode pegar em Garçon.
Erros e acertos
Ivo é realmente um baita articulador. Só se desgasta com medidas impopulares nas eleições municipais (afinal a coisa não é com ele...), logo sem seguida se recupera para as eleições ao governo ( em 2010 rumo ao Senado...) e sempre acaba nos braços da galera. A tarefa de eleger Garçon ficará para Expedito já que ele quer o lugar do baixinho de Candeias na Câmara Federal para sua esposa Val Ferreira.
Boa repercussão
lançamento pelo Diário da Amazônia de suplementos direcionados as Zonas Norte e Sul, onde se concentram os bairros mais populosos da capital foi realmente um marco editorial. A receptividade demonstra claramente que a opção pela cobertura nos bairros foi uma grande sacada do SGC, que desta forma impulsiona as vendas em bancas e atinge um mercado consumidor ascendente.
Pânico no Cone
O rompimento da barragem da hidrelétrica do Apertadinho, em Vilhena acabou gerando pânico a população do Cone Sul. Temia-se que as águas causassem grandes estragos em Pimenta Bueno, como um gigantesco tsunami, atingindo a zona ribeirinha. A previsão de uma catástrofe maior não se confirmou.
Os investimentos
Investimentos importantes tem revelado a pujança do interior rondoniense, movido a agroindústria. Pólos regionais, como Ariquemes e Cacoal estão construindo modernos paços municipais, além de teatros e outras obras de envergadura. A modernidade também chega a pequena Cacaulândia que captou recursos para a construção da sua nova rodoviária.
Começam os boatos
Nem passou o carnaval e já começam as baixarias por conta das eleições municipais. É claro, que o favorito, no caso o prefeito Roberto Sobrinho, é o mais atingido e deve estar preparado para isso. Na verdade já esta, pois já tem o lombo curtido pelas eleições passadas. Na reta final de 2004 quando ultrapassou os favoritos levou pau de todo lado.
As perspectivas
Boa parte dos investidores que está impulsionando a economia de Porto Velho é de rondonienses. Com a autoestima em alta e com as boas perspetivas devido a construção as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, os empresários que nas últimas décadas estavam investindo em outras regiões – Nordeste, Brasília e Miami (EUA) – voltaram a centrar esforços no estado.
Altas e baixas
A evasão de divisas de Rondônia foi um dos grandes problemas nas últimas décadas. Os empresários rondonienses alegavam que o mercado local era arriscado e de altas e baixas e por este motivo para proteger seus patrimônios investiam em outras regiões. Como se vê, as coisas mudaram da água para o vinho.
Do Cotidiano
Nosso melhor momento?
Recentemente nossas maiores autoridades afirmaram em coro, que Rondônia vive o melhor momento nos últimos 26 anos. Com todo respeito, discordo, e até hoje, não lembro “melhor momento” que a Era Teixeira, quando o território se transformou em estado e tocadas obras do porte da BR-364 e da Usina de Samuel. E até procuro me esforçar me esforçar para lembrar se nos últimos cinco anos tivemos alguma obra de tal magnitude?
Mas, também por outros motivos, não concordo, com a afirmação que estamos vivendo o melhor momento. E não vejo motivo para tamanho otimismo: A área de segurança pública em Rondônia está em colapso: só na capital, foram mais de 120 assassinatos em 2007, três mil ocorrências policiais a mais, os presídios regionais já estão abarrotados, quase 2 mil mandados de prisão de ladrões, latrocínios e cougros criminosos menos votados, os presídios superlotados e o completo penitenciário Urso Branco prestes a entrar em erupção novamente.
No setor de saúde, as queixas se multiplicam de Che Guevara, na Zona da Mata Rondoniense aos topos da Serra dos Pakaás, no Vale do Guaporé. Nem a esfera estadual, nem nos municípios se consegue dar conta de demanda de pacientes que lotam os corredores dos hospitais. Trata-se de uma área onde falta estratégia, já que enfermos de Cabixi, a 800 quilômetros de Porto Velho, acabam tratados na capital, mesmo em casos de baixa complexidade médica.
As primeiras chuvas já evidenciam a falta de estrutura urbana da maioria dos municípios rondonienses, alagados e com as ruas esburacadas. Boa parte da malha das estradas vicinais já está arrebentada pelas chuvas prejudicando o escoamento de cereais, da madeira e transporte de leite para os laticínios e dos bovinos para os frigoríficos. Existem queixas generalizadas com relação a educação e ao transporte escolar.
O início do ano já esta marcado pela decisão do Supremo Tribunal Federal de paralisar as obras da BR-364. O corte de recursos das emendas parlamentares é um verdadeiro fantasma para assombrar obras de infra-estrutura em Rondônia, um dos estados mais ameaçados em todo o Brasil, já que tinha sido melhor aquinhoado do que os outros em todas as modalidades. Raupp e a bancada federal - que trabalhou com rara eficiência durante o ano – chegou a ser acusado de bairrismo durante as definições de recursos. Nem a festejada suspensão da dívida do Beron deu certo.
Se nossos mandarins trocassem o termo “melhor momento” para “as melhores perspectivas” – até agora nem as obras das usinas começaram, tampouco o centro administrativo e tantas pontes e viadutos prometidos – e que num futuro próximo poderemos viver “o melhor momento”, serão outros quinhentos...
Via Direta
*** O município de Alto Paraíso já se prepara para mais uma Corrida de Fórmula Jerico. Será em fevereiro *** Para salvar o couro da cassação por infidelidade, o deputado estadual Euclides Maciel apelas para todos os santos *** Vou corrigir o numero de motos existentes no estado: em Porto Velho são 26.092 e ao todo em Rondônia 158.631 *** Com as irregulares perambulando, mais aquelas operando no campo, substituindo a tração animal, serão quase 200 mil.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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