Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 12/04/08


 

Uma coluna sem papas na língua 12/04/08 - Gente de OpiniãoNotas frias

Antecipo, ao caro leitor, o novo escândalo político de Rondônia, a estourar durante a semana:  o caso das notas frias. Muita gente andou comprando nota fria para comprovar verbas indenizatórias e acabou encrencada. A classe política rondoniense virou um vertedouro de escândalos, é um atrás do outro. 

Eleições municipais

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios- aponta que 84,6 por cento dos prefeitos rondonienses vão buscar a reeleição. Serão 44 alcaides, dos 52 municípios. Só perde para Roraima, onde 14 dos 15 prefeitos buscam a reeleição. No país a média da busca da reeleição é de 78 por cento dos atuais 5.562 municípios.

Prefeitos cassados

Diga-se de passagem, tanto Rondônia como Roraima são campeões de prefeitos cassados, proporcionalmente. Haja prefeito para gostar de maracutaia! Sem contar o que rola nos pequenosUma coluna sem papas na língua 12/04/08 - Gente de Opinião e médios municípios, cidades pólos tiveram seus governantes afastados pela justiça, casos de Jaru, Ouro Preto e Guajará-Mirim.

Peleja da reeleição

Em Rondônia, nos principais pólos regionais os atuais prefeitos (ou aqueles substitutos) estão na peleja da reeleição. São eles Roberto Sobrinho (Porto Velho), Confúcio Moura (Ariquemes), Ulysses Borges (Jaru), Brás Rezende (Ouro Preto do Oeste ), José Bianco (Ji-Paraná), Marlon Donadon (Vilhena), Dedé de Melo (Guajará Mirim).

Uma coluna sem papas na língua 12/04/08 - Gente de OpiniãoA cruz e a espada

Quem esta com um baita dilema para ser resolvido é o deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná). Ocorre que os pré-candidatos, tanto o atual prefeito José Bianco (DEM), como o empresário Zé Otônio (PSDB) e o ex-chefe da Casa Civil Joarez Jardim (PSDC) são amigos pessoais de longa data.

Uma coluna sem papas na língua 12/04/08 - Gente de Opinião

O interesse no pleito

O governador Ivo Cassol está metendo o bedelho nas eleições municipais porque tem interesse em eleger aliados para pavimentar seu projeto de alçar o Senado em 2008. Nos últimos dias não tem tratado muito de sucessão nos municípios, já que se mostra preocupado com a situação do seu filho, preso na Operação Titanic e recambiado para Vitória. Ontem ele comemorou a soltura do filho.

A dor e a opção

Muita gente estranhou o anúncio de que o governador Cassol não visitaria seu filho em Vitória. Não foi por falta de apreço, já que tem uma grande devoção por Júnior, foi por estratégia: se Ivo fosse ao Espirito Santo seria triturado pela mídia sulista. Mas foi muito difícil fazer Ivo entender a situação. Ponto para sua assessoria, que conseguiu preservar o governador de um bombardeio. 

Uma coluna sem papas na língua 12/04/08 - Gente de OpiniãoNadando de braçadas

Enquanto a oposição vai dando milho aos pombos, o prefeito Roberto Sobrinho (PT) vai nadando de braçadas na sua caminhada a reeleição. Nenhum pré-candidato ainda acertou a moleira do petista com o se deve fazer um bom oposicionista, e o papo que “ele não tem feito nada pela cidade” é muito pouco para que sele seja desalojado do poleiro em outubro.

Casa da Mãe Joana?

No final de semana Rondônia tinha se transformado  novamente numa monumental casa da Mãe Joana: índios invadindo órgãos públicos, conflitos entre posseiros e sem-terra, matanças de colonos, operações da Polícia Federal, novo escândalo na Assembléia Legislativa. Tá faltando o que? O caso das notas frias para assombrar a classe política...

Do Cotidiano

Preservar com sabedoria

Como aproveitar, em nossa amada Amazônia, nosso enorme potencial de riquezas para que elas não se esgotem? Como assegurar a sustentabilidade, de forma que no futuro as novas gerações também possam extrair da natureza riqueza e desenvolvimento?

Toda contribuição será bem-vinda a esse debate. Neste momento enfocamos a contribuição do empresário Carlos Adílio Maia do Nascimento, diretor da Empresa Nacional de Tecnologias Limpas e integrante do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria. “Apesar do agronegócio já movimentar um capital maior do que o setor de petróleo”, diz ele, “ainda existe uma distorção importante que precisa ser corrigida na cadeia”. 

Para Nascimento, a cadeia do agronegócio se divide em três níveis: “Antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira”. A seu ver, a distorção que se nota está exatamente na distribuição do capital entre os três níveis, pois o capital está ficando concentrado depois da porteira. E dentro da porteira, onde está o produtor, que é quem corre todos os riscos, está diminuindo o volume de capital. “Vê-se então uma concentração da renda para a agroindústria (o depois da porteira), e diminuição da renda para o produtor e para o antes da porteira também (o setor fornecedor de maquinário, equipamentos, mantimentos etc)”. 

Isso ocorre porque o produtor é quem compra a máquina, o adubo, os agroquímicos. Assim, se o produtor está empobrecendo, o setor que é mantido por ele também está empobrecendo. As distorções desse cenário que Nascimento descreve magnificamente como “o antes, o dentro e o depois da porteira” precisam ser corridas, segundo sua receita, disciplinando a cadeia toda, entendendo que sua força depende da força do elo mais fraco: “A cadeia pode ser extremamente forte, mas se tiver um elo fraco, arrebenta ali”.

O Brasil pode produzir muito mais alimentos e não precisa substituir áreas com produção de comida por uma nova monocultura, da produção de álcool em quantidades absurdas. Atualmente. Ocupamos com agricultura apenas 47 milhões de hectares, quando temos um potencial de 170 milhões de hectares disponíveis para ser cultivados. Isso sem comprometer a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal ou áreas de preservação ambiental – apenas utilizando áreas apropriadas para fazer agricultura. 

Essa lição, oferecida por um experiente homem de negócios, um agricultor consagrado e um especialista em tecnologias limpas, vem a calhar para a Amazônia, onde há um entrechoque entre a preservação a todo custo e o lucro a todo transe, quando na verdade é possível preservar e lucrar desde que haja sabedoria na condução do processo de desenvolvimento.

Via Direta

*** A prefeita Eloisa Helena busca junto a Funasa a liberação de recursos  para obras de abastecimento de água em Primavera de Rondônia *** O município de Cacoal realiza o IV Festival de Pesca de 19 a 20 deste mês de abril ***A proliferação de caramujos africanos e seus malefícios para a  saúde pública também preocupa o município de Presidente Médici ***

Fonte: Carlos Sperança

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Os clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para as eleições de 2026

Os clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para as eleições de 2026

Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist

Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho

Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho

O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese

É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira

É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira

DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec

A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026

A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026

Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)