Sábado, 12 de abril de 2008 - 11h17
Notas frias
Antecipo, ao caro leitor, o novo escândalo político de Rondônia, a estourar durante a semana: o caso das notas frias. Muita gente andou comprando nota fria para comprovar verbas indenizatórias e acabou encrencada. A classe política rondoniense virou um vertedouro de escândalos, é um atrás do outro.
Eleições municipais
Levantamento da Confederação Nacional de Municípios- aponta que 84,6 por cento dos prefeitos rondonienses vão buscar a reeleição. Serão 44 alcaides, dos 52 municípios. Só perde para Roraima, onde 14 dos 15 prefeitos buscam a reeleição. No país a média da busca da reeleição é de 78 por cento dos atuais 5.562 municípios.
Prefeitos cassados
Diga-se de passagem, tanto Rondônia como Roraima são campeões de prefeitos cassados, proporcionalmente. Haja prefeito para gostar de maracutaia! Sem contar o que rola nos pequenos e médios municípios, cidades pólos tiveram seus governantes afastados pela justiça, casos de Jaru, Ouro Preto e Guajará-Mirim.
Peleja da reeleição
Em Rondônia, nos principais pólos regionais os atuais prefeitos (ou aqueles substitutos) estão na peleja da reeleição. São eles Roberto Sobrinho (Porto Velho), Confúcio Moura (Ariquemes), Ulysses Borges (Jaru), Brás Rezende (Ouro Preto do Oeste ), José Bianco (Ji-Paraná), Marlon Donadon (Vilhena), Dedé de Melo (Guajará Mirim).
A cruz e a espada
Quem esta com um baita dilema para ser resolvido é o deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná). Ocorre que os pré-candidatos, tanto o atual prefeito José Bianco (DEM), como o empresário Zé Otônio (PSDB) e o ex-chefe da Casa Civil Joarez Jardim (PSDC) são amigos pessoais de longa data.
O interesse no pleito
O governador Ivo Cassol está metendo o bedelho nas eleições municipais porque tem interesse em eleger aliados para pavimentar seu projeto de alçar o Senado em 2008. Nos últimos dias não tem tratado muito de sucessão nos municípios, já que se mostra preocupado com a situação do seu filho, preso na Operação Titanic e recambiado para Vitória. Ontem ele comemorou a soltura do filho.
A dor e a opção
Muita gente estranhou o anúncio de que o governador Cassol não visitaria seu filho em Vitória. Não foi por falta de apreço, já que tem uma grande devoção por Júnior, foi por estratégia: se Ivo fosse ao Espirito Santo seria triturado pela mídia sulista. Mas foi muito difícil fazer Ivo entender a situação. Ponto para sua assessoria, que conseguiu preservar o governador de um bombardeio.
Nadando de braçadas
Enquanto a oposição vai dando milho aos pombos, o prefeito Roberto Sobrinho (PT) vai nadando de braçadas na sua caminhada a reeleição. Nenhum pré-candidato ainda acertou a moleira do petista com o se deve fazer um bom oposicionista, e o papo que “ele não tem feito nada pela cidade” é muito pouco para que sele seja desalojado do poleiro em outubro.
Casa da Mãe Joana?
No final de semana Rondônia tinha se transformado novamente numa monumental casa da Mãe Joana: índios invadindo órgãos públicos, conflitos entre posseiros e sem-terra, matanças de colonos, operações da Polícia Federal, novo escândalo na Assembléia Legislativa. Tá faltando o que? O caso das notas frias para assombrar a classe política...
Do Cotidiano
Preservar com sabedoria
Como aproveitar, em nossa amada Amazônia, nosso enorme potencial de riquezas para que elas não se esgotem? Como assegurar a sustentabilidade, de forma que no futuro as novas gerações também possam extrair da natureza riqueza e desenvolvimento?
Toda contribuição será bem-vinda a esse debate. Neste momento enfocamos a contribuição do empresário Carlos Adílio Maia do Nascimento, diretor da Empresa Nacional de Tecnologias Limpas e integrante do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria. “Apesar do agronegócio já movimentar um capital maior do que o setor de petróleo”, diz ele, “ainda existe uma distorção importante que precisa ser corrigida na cadeia”.
Para Nascimento, a cadeia do agronegócio se divide em três níveis: “Antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira”. A seu ver, a distorção que se nota está exatamente na distribuição do capital entre os três níveis, pois o capital está ficando concentrado depois da porteira. E dentro da porteira, onde está o produtor, que é quem corre todos os riscos, está diminuindo o volume de capital. “Vê-se então uma concentração da renda para a agroindústria (o depois da porteira), e diminuição da renda para o produtor e para o antes da porteira também (o setor fornecedor de maquinário, equipamentos, mantimentos etc)”.
Isso ocorre porque o produtor é quem compra a máquina, o adubo, os agroquímicos. Assim, se o produtor está empobrecendo, o setor que é mantido por ele também está empobrecendo. As distorções desse cenário que Nascimento descreve magnificamente como “o antes, o dentro e o depois da porteira” precisam ser corridas, segundo sua receita, disciplinando a cadeia toda, entendendo que sua força depende da força do elo mais fraco: “A cadeia pode ser extremamente forte, mas se tiver um elo fraco, arrebenta ali”.
O Brasil pode produzir muito mais alimentos e não precisa substituir áreas com produção de comida por uma nova monocultura, da produção de álcool em quantidades absurdas. Atualmente. Ocupamos com agricultura apenas 47 milhões de hectares, quando temos um potencial de 170 milhões de hectares disponíveis para ser cultivados. Isso sem comprometer a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal ou áreas de preservação ambiental – apenas utilizando áreas apropriadas para fazer agricultura.
Essa lição, oferecida por um experiente homem de negócios, um agricultor consagrado e um especialista em tecnologias limpas, vem a calhar para a Amazônia, onde há um entrechoque entre a preservação a todo custo e o lucro a todo transe, quando na verdade é possível preservar e lucrar desde que haja sabedoria na condução do processo de desenvolvimento.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança
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