Sábado, 15 de março de 2008 - 07h09
A experiência
A experiência, de quem esta no poder, recomenda catimbar o jogo, ou seja, postergar as discussões sobre a sucessão municipal para depois das convenções em junho. Os prefeitos José Bianco (Ji-Paraná) e Confúcio Moura (Ariquemes) tentam seguir a cartilha. Até afirmam a quem pergunta que “ainda não estão decididos”. Mas as provocações contra eles já começaram.
Jogando bruto
Ressentido com o PMDB, a quem atribui sua prisão durante a campanha de 2004 (quando Daniela perdeu a reeleição para Moura) o deputado federal Ernandes Amorim (PTB) quer a todo custo desalojar Confúcio do poleiro. Montou um pacote de denuncias para desgastar desafeto para tentar emparelhar a peleja, onde Moura desponta como franco favorito para a temporada.
Sexta-feira santa
Em algumas regiões do país os bispos estão pedindo mais respeito do rebanho de fiéis a Sexta-Feira Santa. Pedem aos supermercadistas que não abram os supermercados e aos consumidores que não façam suas compras nesta data. Vamos ver até que ponto a Igreja vai conseguir sucesso nesta empreitada. É um batismo de fogo, num mundo cada vez mais materialista.
Sessões itinerantes
A Câmara de Vereadores de Porto Velho volta a interiorizar os trabalhos do Legislativo. Depois de realizar sessão na região ribeirinha do Baixo Madeira, dirige suas atenções para a Ponta do Abunã. Além de se aproximar da população, os vereadores tem a sua disposição um bom palanque para tentar a reeleição.
A grande marca
Ninguém discute que o governador Ivo Cassol é o detentor rondoniense das melhores marcas eleitorais no estado. Um autêntico campeão de votos. Mas faltava uma grande obra para marcar sua administração, como foi o caso de Texieirão que deixou pelo menos meia dúzia. A construção do Centro Administrativo, cujas obras estão começando, na região da Esplanada vai ser sua grande marca.
As duas moedas
O Centro Administrativo é uma fantástica obra de exportação de imagem país afora, de um governador empreendedor, num estado pequeno. Mas se Ivo joga bem neste campo de obras – é muito bom também no quesito estradas – joga mal no quesito do meio ambiente. Para quem tem pretensões presidenciais, ser considerado um vilão da natureza é o pior que poderia acontecer.
Saúvas e cupins
Ivo é considerado Brasil afora um governador saúva, que defende madeireiros como também é o governador Blairo Maggi, do MT, e seus campos de soja, outro aspirante ao Planalto prejudicado na corrida presidencial por projetar uma imagem de um monstruoso cupim predador de florestas. Ambos fazem sucesso nos seus estados com esse comportamento, mas no restante do pais a coisa é diferente.
Vizinhos, bonzinhos!
Já, os vizinhos Eduardo Braga (Amazonas) e Jorge Viana (ex-governador), também aspirando voôs mais altos, posam de bonzinhos, levando ampla vantagem sobre Ivo no cenário nacional. São deles propostas bem sucedidas em defesa da natureza, como o bolsa-preservação. E o Acre tem custeado até as despesas do Ibama (que é sabotado em Rondônia...) para proteger nossas florestas do desmatamento na Ponta do Abunã.
O trabalho escravo
Ainda na edição do meio de semana este Diário alertava, em editorial, o drama do trabalho escravo nas Amazônia e a participação de Rondônia neste contexto, ao lado dos grandes vilões, Pará e Mato Grosso. A descoberta e libertação de 16 homens na região de Ji-Paraná, que trabalhavam em condições subumanas, demonstra claramente que ainda existe muito a ser feito no estado para combater o trabalho escravo.
Do Cotidiano
Os prefeitos cassados
Desde as primeiras eleições municipais do estado em 1982, quando Rondônia contava com menos de uma dúzia de municípios, que seguem prefeitos pegos com a boca na botija, Nos últimos anos a coisa tem se agravado: só na fornada dos eleitos de 2004, foram uma carrada: Cláudio Pilon, de Guajara Mirim, José Amauri, de Jaru, Irandir de Oliveira de Ouro Preto do Oeste e tantos outros afastados ou ameaçados ainda pela degola.
Os problemas mais comuns, conforme recente pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral –TSE, constado nas municipalidades, são do abuso de autoridade, de poder econômico e compra de votos. No país, desde 2004 o TSE já cassou 250 prefeitos. Calcula-se que 4,5 dos prefeitos são cassados a cada ano.
O número, conforme o mesmo levantamento, poderia ser bem maior. Dezenas de políticos cassados, se mantém nos cargos – sejam prefeitos, deputados estaduais, federais e senadores –graças á concessão de liminares.
Tem ocorrido, nos municípios, os mais diversos casos, conforme o TSE. Em Guajará Mirim, em Rondônia, houve até o prefeito que foi cassado, venceu uma nova eleição para substitui-lo, para meses depois, ser retirado do cargo pela justiça. O que dizer, então de Jaru, onde o prefeito José Amauri foi cassado, mas considerado apto para disputar as eleições a deputado estadual, se eleger e ser empossado?
A cassação do prefeito, como explica o TSE, pode ser determinada tanto pelo juiz eleitoral como pelo Tribunal Regional Eleitoral. O Ministério Público, partidos e coligações podem oferecer denuncias contra os eleitos. Acolhidas, ou rejeitadas pelo juiz eleitoral, delas ainda cabe recurso ao Tribunal Eleitoral de cada estado. Da sentença da corte regional, em alguns casos caberá recurso ao próprio TSE.
Por causa de todos esses mecanismos jurídicos, tivemos na década de 80 casos curiosos. No município de Pimenta Bueno, houve a cassação de um prefeito e a cada seis meses, se revezava, por conta de sucessivas liminares, com um adversário administrando o Palácio Barão do Melgaço, sede daquela municipalidade. E foi assim quase uma gestão inteira, gerando graves problemas a chamada “Princesinha da BR”.
Em Minas Gerais, cerca de 20 prefeitos foram cassados nos últimos anos, entre eles, um que distribuiu carne, pão e chope para os eleitores durante um comício. Um prefeito na Bahia perdeu o cargo por comprar votos com fertilizantes.
De notas frias em oficinas mecânicas, superfaturamento na aquisição de pães, promessa de cargos públicos, os prefeitos brasileiros vão se atolando...
Via Direta
*** O pré-candidato a prefeito em Ouro Preto Jaques Textoni já alinhava alianças para as eleições de outubro *** Mesmo com uma administração em cacos, Jaru anuncia a construção de um novo Paço Municipal *** Tem gente mais cara de pau que Ulysses Borges? *** Edinho da FM (PV) em Colorado vai se tornando no grande opositor a prefeita Míriam Donadon (PMDB).
Fonte: csperanca@enter-net.com.br - Fotos/Arquivo Gentedeopinião
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