Terça-feira, 15 de abril de 2008 - 05h49
Corações valentes
Muita gente duvidou e o tempo acabou mostrando que os ex-prefeitos de Caucaulândia Adelino Follador (DEM) e, de Theobroma, Adão Nink (PMDB) não estavam de bazófia quando anunciaram a troca de domicílio eleitoral para disputar as prefeituras, respectivamente, de Ariquemes e de Jaru. Não tem medo de caciques.
Projeção política
É claro que tanto Follador como Nink dificilmente serão bem sucedidos, como foi Melki Donadon, nos anos 80, quando deixou a prefeitura de Colorado do Oeste para se eleger em Vilhena, e conquistar uma posição política privilegiada no cenário estadual. Mas só pelo arrojo, já merecem respeito e consideração, já que fizeram excelentes administrações em suas comunidades.
A coragem de Amorim
O tempo mostrará que o arrojo de Follador e Adão Nink não será em vão. Lembram do então ex-deputado estadual Ernandes Amorim que tentou se eleger prefeito na capital e perdeu? Mas o caudillho caipira ampliaria seu reduto em Porto Velho, se projetando no cenário estadual, galgando uma vaga ao Senado nas eleições de 1994.
O drama familiar
Quem circula mais peto da família Cassol nunca viu antes o governador Ivo e sua esposa Ivone tão abatidos quanto no episódio da prisão de Ivo Júnior. E olha que o casal já passou maus momentos, como no episódio do impeachment. Na chegada do filho libertado, ainda no Sábado, Cassol pela primeira vez mostrou-se verdadeiramente emocionado.
Injustiça e perseguição
O governador Ivo Cassol explicou suas lágrimas em função do que ele considerou uma injustiça, a prisão do filho pelo envolvimento com a mafiosa TAG. E também se queixou de perseguição política dos adversários (mas quem? Seria bom ele dar os nomes aos bois) que teria redundado na última operação da Polícia Federal.
No Fantástico
No programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, no domingo a noite, toda Operação Titanic voltou a tona, inclusive as filmagens envolvendo os rondonienses com a máfia capixaba. Também foram dadas as versões dos envolvidos, mas com os prontos desmentidos da Polícia Federal. A lama foi grande.
Os sintomas
Não tenho mais dúvidas: o deputado federal Mauro Nazif (PSB) já esta envolvido na peleja pelo Palácio Tancredo Neves. Sede da prefeitura de Porto Velho. Ele aumentou o ritmo de visitações nos bairros e as reuniões políticas se seguem para composições. Sua euforia – não só pelas recentes sondagens eleitorais – tem razão de ser.
Segundo turno
O otimismo de Nazif tem muito a ver com os acenos de uma grande aliança, de Cassol a Amir Lando, de José Bianco a Neudi Carlos, se ele galgar o segundo turno. É exatamente para esse cenário que o atual prefeito Roberto Sobrinho (PT) deve ir se preparando para um pleito em dois turnos, que está sendo forçado, através do lançamento de muitas postulações para fragmentar o eleitorado da capital.
Plano Diretor
Questionado, debatido e polemizado, finalmente o Plano Diretor de Porto Velho entrou em votação pela Câmara de Vereadores. O documento vai nortear o crescimento da cidade, objeto de uma bagunça urbana provocada pelas tantas invasões desde os idos do garimpo. O maior desafio do novo plano diretor é redirecionar o crescimento, equacionar problemas como os de coleta de lixo e transportes coletivos, entre outros.
Cidades saúvas
O Congresso Nacional, através de uma comissão destinada a investigar a questão ambiental da Amazônia, visita as cidades saúvas de Rondônia, onde mais se desmata, como Porto Velho (por causa da Ponta do Abunã), Machadinho e Buritis. Esqueceram ar região de Nova Mamoré, onde madeireiros, fazendeiros, jagunços e sem terra estão invadindo e depredando o parque nacional e terras indígenas.
Do Cotidiano
A vinda de Oswaldo Cruz
Como as doenças tropicais estavam dizimando os operários que trabalhavam na construção da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré nos idos de 1909, a empresa americana Madeira-Mamoré Railway resolveu tratar do assunto trazendo para Porto Velho o então grande médico brasileiro Osvaldo Gonçalves Cruz para visitar a região e propor as medidas necessárias para as melhorias das suas condições sanitárias. Oswaldo Cruz chegou por aqui em julho de 1910. Inspecionou a linha de construção ao longo de Porto Velho, Santo Antônio e permaneceu nas frentes de trabalho por quase um mês levantando as endemias que assolavam a região.
A passagem do grande sanitarista resultou num documento histórico, como relata o historiador Manoel Rodrigues Ferreira, em Ferrovia do Diabo, edição melhoramentos, publicado em 1982. Desse levantamento destaca-se o rol de mazelas que encontrou por aqui: “Dominam na nosologuia da região as seguintes molésticas: o impaludismo, a febre hemoglobinúrica, o beribéri, a disenteria, a ancilostomíase, a pneumonia, além de outras entidades mórbidas de menor freqüência e que adiante aludiremos: acompanhando tudo, o alcoolismo.”
Conforme o sanitarista, o impaludismo assolava toda a região de modo devastador, e além, de todas as causas favorecedoras das endemias, ele assinalava a falta de tratamento das doenças em vista dos preços superfaturados dos sais de quinino, não raramente objeto de criminosa falsificação pelos comerciantes locais. Portanto, vender medicamentos falsificados por aqui, como volta e meia ocorre, não é nenhuma novidade...
Os sais de quinino vendidos pelos inescrupulosos, na verdade nada mais era do que uma mistura com amido ou bicarbonato de sódio. Com isto os operários, além das doenças que contrariam, eram vitimas dos gananciosos que vendiam gato por lebre.
Oswaldo Cruz, que tratou com rigor, em seu relatório os problemas de saúde em Rondônia, nasceu em 5 de agosto de 1872, em São Luiz de Paraitinga, em São Paulo. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e se aperfeiçoou no instituto Pasteur (Paris). No Rio de Janeiro conseguiu extinguir a febre amarela. Em 1908, enfrentou a epidemia de varíola, Morreu em Petrópolis (RJ) em 11 de fevereiro de 1917.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança
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