Quarta-feira, 16 de abril de 2008 - 05h54
Confiança petista
O prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho (PT) encerra o inverno amazônico - o pior período para gerir os municípios - numa situação confortável de aceitação popular perante a opinião pública. Com isto, os petistas confiam que a tendência a partir de agora é só de crescimento nas intenções de votos para outubro.
Um recordista
O jornal Alto Madeira, que completou 91 anos de existência ontem, dia 15, é um dos recordistas de circulação no país, ao lado de publicações centenárias como o Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, o Liberal etc. Com toda essa trajetória, o periódico que esta de sede nova, se renova para festejar em breve seu centenário. Um privilégio de poucos.
Racha vermelho
O sindicalista Raimundo Nonato, um ex-petista, está deixando o PC do B e denunciando problemas administrativos do IPAN, conhecido foco de comunistas. A saída de Nonato não representa muito para os vermelhinhos, mas as denuncias de omissão são graves e deveriam ser, no mínimo esclarecidas, para a opinião pública.
Nas capitais
Os partidos políticos já tratam de reforçar suas paliçadas nas capitais tendo em vista as eleições de outubro. Atualmente o PT governa as prefeituras de oito capitais brasileiras – entre elas, Porto Velho -, contra cinco do PMDB, quatro do PSB três do PSDB, e duas prefeituras estão nas mãos dos Democratas. PDT, PP, PTB e PC do B tem o prefeito de uma capital cada um.
Inocência anunciada
Pelas entrevistas do deputado estadual Valter Araújo (PTB-Porto Velho) já dá para perceber que não deverá ocorrer punição alguma para o deputado Maurinho (PSDB-Porto Velho), e Maurão de Carvalho (PP-Ministro Andreazza). Quando fala dos casos a imprensa, só falta ele defender os acusados. Não vi firmeza quanto a eventuais punições.
Uma adaptação
Na verdade, no caso de Maurinho, o corporativismo deve falar mais alto, já que ele ameaça abrir o bico contra colegas que fizeram a mesma coisa, como embolsar metade do salários dos seus servidores. No segundo caso, o de Maurão, porque a prática do nepotismo foi adaptada no Poder Legislativo rondoniense para os interesses locais.
Sem receio...
Os cardeais Confúcio Mura (PMDB) e Ernandes Amorim (PTB) não estão causando receio aos concorrentes na briga pelo Palácio do Cacau, sede da prefeitura de Ariquemes. Depois do lançamento das pré-candidaturas de Adelino Follador (DEM), e Lourival Amorim (PSDC), agora o PC do B lançou o nome de Jair Rocha. E terá mais PT, PV...
Grande beneficiado
Com tantas postulações fragmentando o eleitorado de Ariquemes, o grande beneficiado será o atual prefeito Confúcio Moura. Aliás, vários prefeitos que buscam a reeleição estão sendo favorecidos pelo racha da oposição, como Marlon Donadon (PMDB) em Vilhena, e José Bianco (DEM) em Ji-Paraná.
Jogo de estratégia
Não vou entrar no mérito das acusações contra o governador Ivo Cassol no caso Tag, já que até prisões foram feitas e cenas filmadas e fotos tiradas pela Polícia Federal durante as negociações. Mas a estratégia junto a mídia local para tentar mudar a imagem do governador no episódio foi muito bem feita. De um lado, a própria assessoria de imprensa governamental anunciou a presença de Ivo e Genaro no Fantástico, para reduzir o impacto da bomba.
Reduzindo os impactos
De outro lado, foram trabalhados alguns formadores de opinião para tratar da "inocência" governamental, com artigos sob medida. Ainda teve a pronta presença de Ivo nas emissoras de rádio e televisão ratificando suas versões, além das lágrimas comovidas na chegada do filho no aeroporto. Só faltou a Ivo dar os nomes aos bois no quesito "perseguição política". Afinal, em Rondônia, ninguém tem peito e nem força para tanto...
Do Cotidiano
Nossos heróis esquecidos
O historiador Nelson Townes narra emocionado: "Eles ainda estão lá, esquecidos e perdidos há quase um século, no meio do bosque místico, sagrado e histórico em que se transformou o Cemitério da Candelária, a dois quilômetros do centro de Porto Velho. São os 1.593 trabalhadores que vieram de 22 países de todos os continentes para lutar contra a selva amazônica e morrerem durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Madeira, e que ainda estão lá sepultados". Ele fala de nossos heróis abandonados em seus túmulos já violados.
Para Townes, talvez não haja cemitério igual no planeta. É uma espécie de ONU (Organização das Nacões Unidas) fúnebre, Lá estão enterrados espanhóis, antilhanos, portugueses, gregos, bolivianos, italianos, venezuelanos, colombianos, chineses, turcos, peruanos, barbadianos, alemães, franceses, ingleses, austríacos, árabes, russos, porto-riquenhos, japoneses e dinamarqueses que a Madeira-Mamoré Railway Company recrutou no mundo inteiro para trabalharem na construção ferrovia.
O historiador revela que nossos heróis foram sepultados entre 1.907, quando o cemitério foi aberto, anexo ao Complexo Hospitalar da Candelária, criado para tratar de funcionários da ferrovia, e 1.912, quando a ferrovia foi inaugurada. Era reservado só para os operários estrangeiros que morriam nas obras na grande ferrovia da floresta. "Quando a construção da estrada acabou, e a maioria dos estrangeiros voltou para suas terras de origem, os que morreram foram abandonados pelos compatriotas sobreviventes" arremata.
Conforme Nelson Townes, os 1.593 sepultamentos são confirmados por estatísticas necrológicas dos médicos do Complexo Hospitalar da Candelária.
Não há registro de que algum deles tenha sido exumado para lugar algum. Heróis de uma das maiores obras da humanidade, nunca foram repatriados após a morte em terra estranha.
Acrescenta ainda que "seus nomes foram esquecidos. Seus túmulos começaram a ser violados após a desativação do cemitério em 1920. As lápides foram destruídas ou roubadas. As que não foram violadas foram engolidas pela floresta que ressurgiu no local. Árvores gigantes se ergueram sobre os túmulos, penetrando-os com grossas raízes, envolvendo, triturando e misturando os ossos com a terra".
Via Direta
*** O ex-deputado estadual João Dias já corre trecho na busca de adesões para galgar uma vaga à Câmara Municipal de Porto Velho *** Mesmo com apoio do governador Ivo Cassol, Joarez Jardim tem dificuldades em celebrar alianças em Ji-Paraná *** Uma aliança com o PMDB poderia reforçar o nome de Jardim a prefeitura de Ji-Paraná *** Parte do PMDB exige que o deputado Tiziu que deixe a liderança do governo na ALE-RO.
Fonte: Carlos Sperança
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