Uma coluna sem papas na língua - 17/01/08

Bicadas no ninho
O PSDB já tinha três presidenciáveis para 2010,  os governadores José Serra (São Paulo), Aécio Neves (Minas Gerais) além do ex-governador Geraldo Alclkmin. Agora tem mais um, o senador amazonense Artur Virgílio que se dispõe a disputar a presidência da República e já anunciou a disposição de disputar as prévias do partido com os demais candidatos.

Mania de grandeza
Vejam a mania de grandeza dos políticos da Amazônia: a região poderá ter três presenciáveis em 2010, o governador rondoniense Ivo Cassol, o senador amazonense Arthur Virgílio, e o ex-governador do Acre Jorge Viana. Em política tudo é possível, mas sem dúvidas nossas lideranças estão superestimando suas possibilidades no plano nacional.

A febre amarela
A doença virou uma “febre” nacional ocasionando uma corrida aos postos de saúde em todos os municípios brasileiros. Em Porto Velho a situação não foi diferente e o prefeito Roberto Sobrinho foi obrigado a pedir reforços nas encomendas de vacinas junto ao Ministério da saúde. O alcaide tranqüiliza a população: os postos estão dando conta do recado.

Uma solução
Finalmente o Incra se movimentou em busca de uma solução para os produtores rurais alvos da demarcação de terras dos Uru-Eu-Wau-Wau, na região de Ariquemes. Com a ampliação da reserva indígena nos anos 80, cerca de 100 agricultores beneficiados pela distribuição de módulos pelo próprio Incra acabaram  enquadrados pela Funai como “invasores”. Não podem financiar nada, nem produzir.

Levando pau
Só foi o deputado estadual Alexandre Brito (PTC) dar uma crescidinha nas intenções de votos na capital, que um senador ligado a um adversário do Dr. Alexandre na disputa pela prefeitura de Porto Velho, armou umas boas pauladas para o dono da Ameron. A partir de agora, as missas encomendadas começam a aparecer, a torto e a direto no pedaço...

A internacionalização
Assim como a Maçonaria que já realiza uma campanha nacional em favor da Amazônia, a OAB-RO já coloca em pauta a partir de fevereiro a discussão sobre a internacionalização da região. O assunto é relevante e tem tudo a ver já que  a cada ano aumenta a cobiça pelas belezas e recursos naturais da região. Alem disso, tem a biopitataria e o tráfico de drogas e de armas na fronteira.

Revisões do Censo
Prossegue o clima de revolta contra o censo 2007 levado a efeito pelo IBGE em Rondônia. Por causa disto a Associação Rondoniense de Municípios-AROM recomendou aos prejudicados que entrem com ações na justiça pedindo a revisão da contagem do numero de habitantes nos municípios. A prefeita de Espigão do Oeste  Lúcia Tereza também quer revisão e se movimenta neste sentido.

Recursos minguados
A maioria das cidades brasileiras é dependente da distribuição do Fundo de Participação dos Municípios-FPM e o cálculo para efeito da fixação das verbas é feito em cima do numero atualizado de habitantes. Por conta do famigerado censo, municípios como Ouro Preto do Oeste foram terrivelmente penalizados.

Outros prejudicados
Como os recenseadores do IBGE  também atestaram a redução populacional em Porto Velho ( neste caso ocorreu o maior equívoco do órgão em Rondônia) Ji-Paraná, Espigão etc, esses municípios também acabam prejudicados na distribuição do FPM no exercício de 2008.

Mais creches
Os estados de Rondônia e do Tocantins receberão 10 creches do governo federal, que serão iniciadas ainda em 2008. Em nosso estado, os benefícios são oriundos de ações da senadora Fátima Cleide (PT) e da deputada federal marinha Raupp(PMDB) preocupadas com a situação das mulheres trabalhadoras.

Do Cotidiano

As dinastias políticas

A maioria dos feudos políticos rondonienses continuam sob domínio de clãs regionais e dificilmente, pelo que se vê, essas lideranças cairão do poleiro tão cedo. No Cone Sul, por exemplo, os Donadons controlam as prefeituras de Vilhena e Colorado do Oeste e devem ampliar a presença nas eleições do ano que vem nos demais municípios da região. O grupo tem voracidade pelo poder.

A Zona da Mata, onde se formaram várias dinastias políticas, iniciadas com o feudo dos Raupp, hoje sob o domínio dos Cassol, assiste o surgimento do clã Benetti, liderado pela prefeita Milene Motta, candidata a reeleição no pleito do ano vindouro.

Também é nítida a presença de clãs em Jaru, onde os irmãos Batista da Muleta e José Amauri, com o guru Tomás Correia, demarcaram território desde os anos 90 e tem todas as condições de retomar o comando do Paço Municipal em 2008. Eles também mantém forte liderança na região da Bacia Leiteira.

Já em Ariquemes, o clã Amorim que elegeu um deputado federal e uma deputada estadual, tem os olhos voltados para a reconquista do Palácio do Cacau sede da prefeitura do município, onde se empoleirou o ex-deputado federal Confúcio Alves de Moura (PMDB), que deve disputar a reeleição.

Embora com lideranças definidas, Ji-Paraná não formou feudos. Na década de 80 uma dinastia foi iniciado com a dobradinha Sadraque Muniz e Orestes Muniz, mas não prosperou, embora a família emplacasse Agnaldo Muniz à Câmara Federal por mais duas legislaturas. Também com origem evangélica, o clã Viana não avançou. Na família Bianco apenas o ex-governador e atual prefeito José Bianco se mantém na disputa de cargos eletivos, enquanto que no clã Gurgacz apenas o ex-prefeito de Ji-Paraná Acir tem participado de eleições.

Dividida politicamente desde que nasceu em vista de uma colonização heterogênea, Porto Velho a capital de Rondônia não tem emplacado feudos políticos regionais. O governador Teixeira não teve sucessor a altura e seu filho não conseguiu se eleger a federal. Jerônimo Santana igualmente não formou grupo familiar.  Nem os Erse, do falecido Chiquilito, tampouco os Camurças, os Soares Rodrigues, os Pianas, os Moreira Mendes, ou os Guedes. Os Erses mantém Davi Chiquilito vereador, dos Moreiras, Moreirão se elegeu mas não conseguiu emplacar o filho a estadual, enquanto que os Guedes ( liderado pelo ex-prefeito José) e os Soares Rodrigues (teve como grande líder Odacir) se revelam em franca decadência.

Via Direta

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Fonte: csperanca@enter-net.com.br