Quinta-feira, 17 de abril de 2008 - 05h33
Plano Diretor
Continuam ácidas as discussões em torno do Plano de Diretor de Porto Velho. Já foram dezenas de audiências públicas e ainda existem questionamentos a respeito de questões sobre o trânsito, nova rodoviária, ciclovias, ordenamento e direcionamento urbano, adensamento da cidade, a recente verticalização, entre outras questões.
Conta outra...
Essa estorinha de que o governador Ivo Cassol vai abandonar a política não convenceu ninguém. Nos meios políticos foi considerado mais um factóide, dos tantos que tem se criado no cenário regional. Mesmo porque nos bastidores ele tem tratado da sucessão municipal. Apóia Garçom em Porto Velho, Jardim em Ji-Paraná, Glauconi Nery em Cacoal e Zé Rover em Vilhena.
Marcha dos prefeitos
Termina hoje em Brasília a 11ª Marcha dos Municípios à Brasília onde foi discutido um Pacto Federativo, com enfoque especial na proposta do governo federal no tocante a reforma tributária. Ao invés de receberem benefícios da união ainda foram cobrados pelo presidente Lula para se mexerem contra a dengue.
Nominata pronta
A expectativa do presidente regional do PSDC é lançar candidaturas próprias as prefeituras em 20 dos 52 municípios de Rondônia. Em Porto Velho, a legenda abriu as conversações com as demais legendas para discutir um nome, enquanto que para a Câmara de Vereadores a agremiação já conta com pelotão de 28 pretendentes.
Efeito Nazif
A peleja na capital nem começou, mas já vou de pedra cantada, e você, caro leitor, vai confirmar isso nos primeiros dias de junho: A polarização será entre o prefeito Roberto Sobrinho (PT) e o deputado federal Mauro Nazif (PSB). E isso que Nazif nem se mexeu para confirmar que é candidato. Já está pintando uma aliança suprapartidária a favor do parlamentar.
O jogo de estratégia
Para as eleições municipais na capital, constatei, ao consultar formadores de opinião em vários bairros da cidade, que a melhor chapa da oposição para enfrentar o prefeito Roberto Sobrinho seria uma composição de Mauro Nazif (PSB) a prefeito e José Augusto (PMDB) na vice. É palatável para todos os credos políticos locais, sem riscos de misturar água com vinho.
Chapa puro-sangue
Do lado petista, a melhor formação para enfrentar uma coalizão de forças da oposição é com uma formação puro-sangue, como forma de evitar misturas que prejudique a boa performance do prefeito petista na capital. Sobrinho já tem uma formação suprapartidária em sua gestão e, não pode correr o risco de errar a mão (como ocorreu com Nazif no pleito passado) nas suas alianças.
Jogo de catimba
É nítido o jogo de catimba entre os dois adversários (Sobrinho e Nazif) para chegar no segundo turno na capital. Nazif espera Sobrinho definir seu vice para atacar. Já, o prefeito petista, procrastina as definições, pois sabe que a partir daí o pau vai começar a cantar. A oposição quer jogar no erro do prefeito, como o próprio Sobrinho jogou no erro da dupla Carlinhos/Nazif no pleito de 2004.
Encontro estadual
A presidente regional do PSL Silvana Davis anunciou ontem encontro regional em Porto Velho no próximo dia 26, para discutir a política de alianças para as eleições de outubro. No dia 27, o partido fará encontro estadual em Ariquemes, visando definições no quadro estadual. Em maio a dirigente irá a Brasília para participar do encontro nacional da legenda.
Do Cotidiano
As siglas de aluguel
O Brasil já conta com quase 30 agremiações partidárias e somente 19 possuem representação no Congresso Nacional. A proliferação dos partidos é estimulada em função do gordo fundo partidário criado pela legislação eleitoral, e, também para balcão de negócios para candidaturas. Essa situação tem sido freqüente em Rondônia e algumas legendas nanicas chegaram a surpreender nas últimas eleições, elegendo deputados, como o PSDC e PTN.
Com tanta legenda é preciso realmente botar ordem no galinheiro. A propósito da proliferação partidária, o cientista político Davi Fleischer da Universidade Federal de Brasília defende a liberdade para a criação de novas siglas, mas ao mesmo tempo sustenta a necessidade de limites. “Tem que ter alguma penalidade para o partido que se organiza e elege poucos ou ninguém”, afirma. Não existem regras definidas para as agremiação mal sucedidas nas urnas. Puxando comparações, lembro que no campeonato brasileiro as quatro equipes piores colocadas acabam caindo para uma segunda divisão. Na política, mesmo com desempenhos pífios e vendendo espaço para as agremiações de primeiro porte, num verdadeiro trabalho de escuderia, não existem punições.
Para conter o descaradamente das siglas barrigas de aluguel é preciso fazer alguma coisa. Lembro que nas eleições de 2006 o PSDC estava a serviço do PPS e usando todo o seu espaço eleitoral para descer a ripa nos petistas. Um jogo claro de escuderia, mas como não existe uma lei para barrar artimanhas desta natureza, ninguém foi punido pela legislação eleitoral.
Nas últimas campanhas desenvolvidas no estado de Rondônia, as pequenas legendas tem sido utilizadas para acomodar as postulações extras das grandes agremiações partidárias, sejam para vereador, deputado estadual ou federal. Os dirigentes dos partidos nanicos acabam embolsando alguns caraminguados por conta das necessidades de acomodar as situações nas representações políticas de maior porte.
Estamos chegando a 2008 quando serão realizadas as eleições municipais e o arremedo da reforma política tocada pelo Congresso Nacional não foi capaz de resolver as situações vigentes. Com isso, teremos mais uma campanha no ano que vem com os políticos vendilhões das siglas nanicas contratadas para fazer o jogo sujo durante o horário eleitoral, sem que a justiça tenha meios de barrar esta lamentável situação.
Via Direta
*** Ariquemes é o primeiro município do interior a tocar projeto de regularização fundiária urbana *** O empresário Roni Irmãozinho pinta como pré-candidato do PPS a prefeitura de Buritis *** O PMDB já ratificou: a vereadora Raquel de Carvalho é a pré-candidata da legenda em Cacoal *** O prefeito de Montenegro Zé Mineiro (PR) participou ontem da Marcha dos prefeitos em Brasília *** Em parceria com a Ceron, o município de Ministro Andreazza amplia a sua rede elétrica urbana.
Fonte: Carlos Sperança
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