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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua - 18/01/08


Golpe na natureza
Invadido por posseiros, fazendeiros, invasores, garimpeiros e madeireiros, o Vale do Guaporé, um dos  mais belos santuários ecológicos do país sofre com a devastação  de suas matas, a  depredação da flora e da fauna, enfim, de todos os seus recursos naturais. É uma situação lamentável.

Uma coluna sem papas na língua - 18/01/08 - Gente de OpiniãoAs irregularidades
Preocupantes para Rondônia, já que no estado existe uma penca de obras suspeitas, as informações dando conta que a União vai suspender o repasse para obras com indícios de irregularidades. O próprio relator do Orçamento da União, deputado José Pimentel (PT-CE) confirma a informação.

Corte nas emendas
A confirmação de que haverá um corte de 50 por cento dos valores das emendas coletivas de parlamentares, tanto das bancadas como das comissões, e outra péssima notícia. Como se sabe, Raupp e a bancada federal fizeram um grande trabalho de captação de recursos e o estado e os municípios tinham grandes esperanças de obter esses recursos para obras de infra-estrutura.

Segurança pública
Elogiável a disposição do prefeito Roberto Sobrinho em colaborar com o governo estadual e a Polícia Militar no tocante a área de segurança pública. Como se sabe, o governo do estado  sozinho não está dando conta do recado e essa área já ameaça entrar em colapso. Nada mais justo que administração petista seja solidária neste momento aflitivo.

Guarda Municipal
Além da construção de boxes para a PM, a criação da Guarda Municipal, pela Prefeitura de Porto Velho seria uma outra medida de reforço no combate a criminalidade. Mas o simples fato de Sobrinho não enrolar e fazer jogo de empurra com a esfera estadual, já é um avanço. No interior Ariquemes já tem Guarda Municipal. 

Acordos costurados
Embora o Diretório Municipal do PMDB de Porto Velho anuncie rompimento da aliança com o PT, o Diretório Estadual não foi ouvido e  seus dirigentes podem até ocasionar uma reviravolta nas articulações de uma candidatura própria na capital em vista de acordos firmados para 2010 nas esferas estadual e nacional.

Uma coluna sem papas na língua - 18/01/08 - Gente de OpiniãoMelhor opção
Com a volta do médico José Augusto ao PMDB, o partido finalmente encontrou um nome a altura para disputar a prefeitura de Porto Velho, sem desgastes como é o caso do ex-prefeito Carlinhos Camurça que num passado recente foi adversário do partido e Fernando Prado, um cristão novo, ainda sem muita expressão política. 

Carta na manga
Com José Augusto, finamente o PMDB apresenta uma boa carta na manga para empinar uma candidatura própria ou até mesmo para negociar com  o PT lançando seu nome a vice, já que ele é palatável para qualquer partido. E digo mais:  caso Nazif fique fora na disputa, Augusto se transformaria imediatamente numa terceira via.

Canoas voltando
Mais uma vez o Rio Madeira mostrou claramente que apenas canalização e aterro não são suficientes para manter durante o inverno a ligação entre o Uma coluna sem papas na língua - 18/01/08 - Gente de OpiniãoBairro Nacional a região da Esplanada das Secretarias (bairro São sebastião) via avenida Farquar. As canoas voltaram a operar. O nível das águas já passou de um metro do aterro feito pela prefeitura.

Não faltou aviso
Lembrei há exato um ano, nesta mesma coluna, que providências relacionadas a aterro e de tubulação (mesmo de macrodrenagem) não seriam suficientes, já que o braço do Madeira não perdoou nem o aterro feito pelo governador Teixeirão há 20 anos atrás. A solução definitiva é uma ponte, o resto é perda de tempo – e dinheiro. 

Do Cotidiano

Manejo sustentável

Os antigos filósofos se debruçaram com todas as suas energias para tentar descobrir o que, afinal, é o Bem e o que seria o Mal. No extremo, cunhou-se uma radical oposição entre um e outro: Bem seria o que se opusesse completamente ao Mal e vice-versa. Esse par de opostos deu numa filosofia ainda hoje cultivada em certos meios – o Maniqueísmo, um sincretismo de várias religiões elaborado pelo persa Mani.

Não se pode, certamente, dividir as árvores segundo um julgamento moral: de um lado, as árvores do bem; do outro, as árvores do mal. No Jardim do Éden havia a árvore que ao mesmo tempo era do bem e do mal, cujo fruto se costuma figurar como a maçã do pecado original. Mas a natureza, em sua complexidade, permite considerar as árvores jovens mais benéficas, pois são fixadoras de CO², e as velhas, como emissoras desse gás, necessitadas de substituição. Na medida em que a humanidade precisa reduzir as emissões de CO², surge naturalmente uma compreensão: mesmo nenhuma árvore sendo especificamente do bem ou do mal do ponto de vista moral – há diversas plantas ornamentais tóxicas –, é desejável que as florestas tenham sempre um estoque maior de árvores jovens, para impedir que a concentração de CO² se apresente como negativa para o ser humano e o meio.

Essa é a tese de Carlos Adilio Maia do Nascimento, um veterano em questões ambientais e empresariais, dentre outras atividades como diretor da Empresa Nacional de Tecnologias Limpas e membro do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria. Sua justificativa é simples: uma floresta é constituída de seres vivos, cujo metabolismo se caracteriza por três fases. A primeira é a fase do crescimento, e a árvore, quando cresce, fixa uma grande quantidade de CO² do ar para transformá-lo em celulose, o tecido vegetal do qual ela é formada. Assim, nessa primeira fase a árvore exerce um papel de purificação da atmosfera através da transformação do carbono em celulose.

Depois vem a fase do equilíbrio, completado o crescimento da árvore, e finalmente a terceira fase, em que a árvore perde a capacidade de defesa imunológica. Atacada por fungos e bactérias, tende a apodrecer. Nesta fase de envelhecimento, a arvore começa a ser emissora de carbono. Em vez de fixar CO², ela passa a emitir. Compreendido esse fato inequívoco da natureza, cabe aos homens em seu benefício favorecer à floresta ser uma grande fixadora de CO² e purificadora da atmosfera.

Aí é que entra o sempre comentado mas raramente praticado manejo florestal sustentável – a retirada das árvores adultas, ao completar seu crescimento, antes que entrem no processo de envelhecimento e emissão de carbono.

Via Direta

*** A Ceron abre dia 24 audiências públicas para tratar do programa Luz para Todos nos municípios rondonienses *** O objetivo é atingir 48 mil famílias *** A prefeitura de Porto Velho sofre com a invasão de uma área na Estrada do Santo Antônio, onde seriam construídas moradias populares *** Esta aberta a temporada de invasões...

Fonte: csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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