Terça-feira, 19 de fevereiro de 2008 - 06h42
Predadores em ação
Sem que os prefeitos e deputados percebam já surgem em várias regiões do estado predadores políticos com garras afiadas para embates em 2008 e 2010. Alguns despontam por ações sociais, como é o caso do padre Franco (PT) em Cacoal, outros pela competência empresarial, como Mirandex (Ji-Paraná) e tem casos de populismo recente, como Zé Rover (Vilhena) e Edinho da FM (Colorado do Oeste)
Em recuperação
Além dos predadores já em ação, os políticos com cargos eletivos tem também a se preocupar com aqueles que foram derrotados em 2006 e que estão se recuperando nas bases. Cito alguns casos: Romeu Reolon (Vale do Jamari), Leudo Buriti (região central), Brito do Incra (Cone Sul), Paulo Moraes (Porto Velho) e Carlos Magno (Ouro Preto do Oeste).
Expoentes tucanos
O líder da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa, deputado estadual Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná) quer a participação dos expoentes tucanos nas eleições municipais de Rondônia. Ocorre que são justamente nome tucanos que ponteiam a corrida presidencial para 2010, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin.
Retomada dos trabalhos
A Assembléia Legislativa abre hoje mais um período de sessões e assunto é que não vai faltar para os pronunciamentos dos deputados. Jesualdo Pires (PSB) vai tratar da questão da divida do Beron, Valter Araújo (PTB) vai cobrar agilidade para o plebiscito visando a emancipação de Extrema.
Embargo da carne
Outros temas em voga são o embargo da carne brasileira pela União Européia, os conflitos entre Rondônia e o Ibama sobre o aumento do desmatamento no estado. O ano promete ser intenso já que se trata de ano eleitoral e a maioria dos deputados estaduais tem interesses na corridas sucessórias.
Eleições municipais
Na capital, o vereador cassado Davi Chiquilito Erse (PC do B) colocou em andamento seu projeto de alçar o Palácio Tancredo Neves nas eleições de outubro. Tem uma poderosa chapa de candidatos a vereança lhe escoltando e uma equipe competente, chefiada pelo ex-secretário de Planejamento Luís Guilheme Erse para formular seu plano de governo.
Vermelhinhos em ação
Também na capital, os vermelhinhos do PSOL começam a se movimentar para colocar o nome do professor Adilson Siqueira na ribalta. Siqueira é um nome de qualidade na sucessão do prefeito Roberto Sobrinho e deixou isso evidente durante a jornada da disputa do governo do estado, se saindo bem na apresentação de propostas e nos debates com seus antagonistas.
Precisando de ajustes
Quem está de precisando e ajustes em sua campanha na capital é Lindomar Garçon, que pintava no ano passado como um grande fenômeno político rondoniense. Uma sucessão de equívocos – pesquisas de araque, pirataria em cima dos projetos de outros deputados e até ações do prefeito Sobrinho – estão prejudicando sua relação com os formadores de opinião.
Correção de rumos
Corrigindo os rumos na articulação, Garçon vai voltar a incomodar e deixar de perder terreno nas últimas semanas para Mauro Nazif (PSB) e David Chiquilito (PC do B). O primeiro passo é deixar a mentirada de lado ( divulgar que projetos e emendas de outros deputados e senadores como de sua autoria, por exemplo). É nos formadores de opinião que Garçon esta perdendo terreno e são justamente eles que decidem a eleição.
Do Cotidiano
Ações desvirtuadas
É conhecido o fato de que a Controladoria Geral da União é considerada por dez entre dez prefeituras brasileiras como uma espécie de “loteria ao contrário”, pois sorteia lotes de municípios a ser investigados. E o prêmio, como nas verdadeiras loterias, tem chegado a poucos deles, pois a maioria sempre é apanhada incorrendo em erros técnicos, manobras oportunistas ou corrupção explícita. O prêmio seria um atestado de estrito cumprimento do dever.
A questão do controle da administração pública é uma das mais cruciais para o Estado moderno. Chegamos a informatizar praticamente toda a máquina oficial, a não ser em raros grotões. Temos a urna mais moderna do mundo. Somos considerados uma das grandes democracias do planeta. No entanto, ainda estamos longe de coibir a corrupção, a desídia na administração, os desvios de conduta, as fraudes, os grandes golpes lesivos ao interesse público. Apanha-se pouco, pune-se menos ainda. Como chegar a um controle efetivo, em que o interesse do cidadão brasileiro – um dos maiores pagadores de impostos do universo – seja protegido em nome da Pátria e do patriotismo, da moral e dos bons costumes?
Talvez a luz no fim do túnel esteja num sábio conselho disparado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ao constatar falhas na execução Programa Nacional de Controle da Dengue nas três esferas de governo, o Tribunal determinou ao Ministério da Saúde que estude a implantação de um sistema de controle e supervisão da execução do programa. De tão bom que é, o conselho deveria ser estendido ao conjunto da administração pública no País.
O que havia de errado, afinal, com o programa da dengue? Segundo o Tribunal, quase tudo. Foram verificadas ações precárias na execução das tarefas de eliminação do mosquito, como problemas com a força de trabalho, que não recebe o adequado treinamento ou se revela em número insuficiente. Não espanta que o mosquito, também transmissor da perigosa febre amarela, continue reinando sobre o País como a sombra do vampiro ameaçando Van Helsing.
Há mais: o TCU também apurou falhas cometidas pelos agentes e supervisores contratados para o serviço quanto à qualidade do trabalho de pulverização do inseticida e à falta de manutenção desses equipamentos. Além disso, o Tribunal verificou a precariedade das visitas domiciliares, uma vez que as informações básicas sobre a doença e o combate ao vetor não são repassadas aos moradores. No geral, alguns cabos eleitorais desempregados são metidos numa empresa terceirizada e saem alegremente a visitar as casas, desfilando seu despreparo e se limitando a distribuir folhetos, quando eles existem. Na Dinamarca de Hamlet havia algo de podre. Por aqui, algo descontrolado.
Via Direta
*** O PSOL prepara um grande encontro estadual em Cacoal no dia 1º de março para discutir sua política de alianças *** Os servidores estaduais se preparam para empunhar a machadinha de guerra contra a administração estadual *** Que aparem bem as garras para a peleja, já que Ivo é um osso duro de roer *** O inverno amazônico atrasou a inauguração da Estrada da Integração que liga a capital a zona ribeirinha.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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