Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008 - 06h47
Sucessão nas ruas
Ano eleitoral e os políticos ficam mais animados, como pintos no lixo, fazendo conchavos, trocando juras falsas de fidelidade, e na medida no possível, azarando seus tradicionais adversários. Existem articulações já andando para definições importantes nos principais colégios eleitorais do estado.
Jogando bruto
Nos bastidores, fala-se que o PTB, partido que vai abrigar o governador Ivo Cassol se prepara para jogar bruto nos maiores pólos eleitorais do estado. A intenção é conquistar a prefeitura de Cacoal com o ex-deputado federal Niton Capixaba e em Ariquemes, com o atual deputado federal Ernandes Amorim.
Penca de reforços
Pelo menos nove deputados estaduais estão se preparando para anunciar seu apoio ao pré-candidato a prefeito de Porto Velho Mauro Nazif (PSB). Alguns, diga-se de passagem são ligados a base de sustentação do governador Ivo Cassol. Trocado em miúdos: estão deixando Lindomar Garçon (PV) na mão...
Acordos alinhavados
Na base de sustentação cassolista muita gente entende que o nome escolhido deve ter mais credibilidade, ser mais verdadeiro. Recentemente, até o presidente regional do PSDC Edgar do Boi se queixava que dificilmente seu partido entraria num acordo com o representante do Partido Verde.
Guerra a vista!
Os clãs políticos se dividiram em Ouro Preto do Oeste: o deputado estadual Ale Textoni (PTN-Bacia Leiteira) vai apoiar o nome do seu irmão Jaques Textoni ou do empresário Marcelino do Café a sucessão do prefeito Brás Rezende. Do outro lado, ex-prefeito Carlos Magno (DEM) já se organiza para a disputa.
Boatos em Cacoal
Em Cacoal a dinastia Nery não gostou nem um pouco dos boatos dando conta que a vereadora Glaucione Neri (PSDC) sairia de vice na chapa do ex-deputado federal Nilton Capixaba (PTB) na sucessão da prefeita Sueli Aragão. Na verdade, Glaucione não quer ser vice de ninguém e se articula para entrar na parada pelo Palácio do Café.
Jogo de raposas
Para quem gosta de política é interessante acompanhar os desdobramentos das articulações em Ji-Paraná. O governador Ivo Cassol e o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos querem Joarez Jardim de vice do Prefeito José Bianco. Já, se depender de Bianco, seu vice continuará sendo o atual vice Assis Canuto e ponto final.
Forçando a barra
No teatro político, Ivo faz cara feia e lembra que já ganhou uma vez de Bianco (ao governo em 2002) e não custa ganhar outra, em pleno quintal bianquista, desta vez apoiando Jardim. O desaforo foi grande, mas pelo que se vê Bianco, mesmo com a faca na garganta não arreda o pé: quer algum de mais confiança no Palácio Urupá. O que vai prevalecer, ninguém ainda sabe...
Orgulho ferido
Os deputados estaduais andam com o orgulho ferido. Aprovaram a realização de plebiscito na Ponta do Abunã, para a emancipação do distrito de Extrema e a justiça eleitoral deixou a coisa de lado, como se a coisa não fosse com ela. O Parlamento estadual vai voltar a carga já que tem vários deputados envolvidos com a proposta da emancipação.
Frentão em Pimenta
O PSB busca alianças em Pimenta Bueno para vitaminar a pré-candidatura da ex-prefeita Ines Zanol. Os entendimentos seguem com vários partidos, mas o apoio mais cobiçado é de Brito do Incra, que vai ficar de fora nesta temporada pela disputa do Palácio Barão do Melgaço. É uma dupla de peso.
Do Cotidiano
Os níveis do agronegócio
Se indaga neste Brasil varonil como aproveitar todo esse potencial de riquezas deste país para que elas não se esgotem? Como assegurar a sustentabilidade, de forma que no futuro as novas gerações também possam extrair da natureza riqueza e desenvolvimento?
Toda contribuição será bem-vinda a esse debate. Neste momento enfocamos a contribuição do empresário Carlos Adílio Maia do Nascimento, diretor da Empresa Nacional de Tecnologias Limpas e integrante do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria. “Apesar do agronegócio já movimentar um capital maior do que o setor de petróleo”, diz ele, “ainda existe uma distorção importante que precisa ser corrigida na cadeia”.
Para Nascimento, a cadeia do agronegócio se divide em três níveis: “Antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira”. A seu ver, a distorção que se nota está exatamente na distribuição do capital entre os três níveis, pois o capital está ficando concentrado depois da porteira. E dentro da porteira, onde está o produtor, que é quem corre todos os riscos, está diminuindo o volume de capital. “Vê-se então uma concentração da renda para a agroindústria (o depois da porteira), e diminuição da renda para o produtor e para o antes da porteira também (o setor fornecedor de maquinário, equipamentos, mantimentos etc)”.
Isso ocorre porque o produtor é quem compra a máquina, o adubo, os agroquímicos. Assim, se o produtor está empobrecendo, o setor que é mantido por ele também está empobrecendo. As distorções desse cenário que Nascimento descreve magnificamente como “o antes, o dentro e o depois da porteira” precisam ser corridas, segundo sua receita, disciplinando a cadeia toda, entendendo que sua força depende da força do elo mais fraco: “A cadeia pode ser extremamente forte, mas se tiver um elo fraco, arrebenta ali”.
O Brasil pode produzir muito mais alimentos e não precisa substituir áreas com produção de comida por uma nova monocultura, da produção de álcool em quantidades absurdas. Atualmente. Ocupamos com agricultura apenas 47 milhões de hectares, quando temos um potencial de 170 milhões de hectares disponíveis para ser cultivados. Isso sem comprometer a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal ou áreas de preservação ambiental – apenas utilizando áreas apropriadas para fazer agricultura.
Essa lição, oferecida por um experiente homem de negócios, um agricultor consagrado e um especialista em tecnologias limpas, vem a calhar para a Amazônia, onde há um entrechoque entre a preservação a todo custo e o lucro a todo transe, quando na verdade é possível preservar e lucrar desde que haja sabedoria na condução do processo de desenvolvimento.
Via Direta
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Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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