Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008 - 06h50
A má notícia
A bancada federal de Rondônia tem evitado tocar no assunto, mas Rondônia também sai perdendo nos cortes do Orçamento da União, cujo relator, deputado José Pimentel (PT-CE), já apresentou o relatório final, constando os cortes provocados pela suspensão da cobrança do CPMF. As podas nem foram oficializadas ainda e os servidores federais já ameaçam fazer greve geral caso não consigam os reajustes prometidos pelo governo Lula.
A incompetência
É um caso raro. Assumindo sua incompetência para gerir o município de Jaru, o prefeito Ulysses Borges estaria solicitando intervenção na capital da Bacia Leiteira, para uma gestão compartilhada com o governo estadual. É um verdadeiro prato para a oposição crescer. Aliás, os clãs de José Amauri e Silvernani Santos se preparam para as eleições de outubro.
Poder feminino
Nas eleições de 2008 as mulheres despontam com chances em vários municípios. São os casos de Ana da Oito em Nova Mamoré, Sônia Arrabal em Ouro Preto do Oeste, Glaucioni Nery e Raquel de Carvalho em Cacoal, Ines Zanol em Pimenta Bueno. E tem prefeita pleiteando a reeleição como Míriam Donadon em Colorado e Lúcia Tereza em Espigão.
O matricarcado
Enquanto no interior o matriarcado político ganha força, na capital a representatividade feminina tem caído ano a ano, embora o eleitorado feminino seja maior do que o masculino. Na Câmara de Vereadores de Porto Velho, só existe uma vereadora, uma andorinha fazendo verão, Sandra Moraes. Já, na Assembléia Legislativa, onde as mulheres chegaram a contar com cinco representantes numa única legislatura, nesta ficou apenas com Daniela Amorim.
Pontes ameaçadas
Rondônia tem duas pontes ameaças de cortes de recursos nas emendas parlamentares e das verbas previstas através do PAC: a Binacional de Guajará Mirim e a do Rio Madeira na altura do Abunã. Farejando a perda da ponte que liga Rondônia ao Acre a bancada federal acreana se movimenta para que os recursos não sejam suspensos.
Acomodações
O governador Ivo Cassol trabalha a cuca para atender os interesses dos seus aliados e seu ingresso no PTB. De um lado, a eleição a prefeitura de Porto Velho de Lindomar Garçon (PV) ajudaria a ascensão de Val Ferreira, esposa de Expedito, à Câmara Federal, de outro a eleição do deputado federal Ernandes Amorim em Ariquemes ensejaria a posse do suplente Nilton Capixaba, presidente regional do PTB.
A ampliação
Com a bancada federal, o deputado Anselmo de Jesus (PT) conseguiu alocar recursos na ordem de R$ 15 milhões para as obras de ampliação do aeroporto regional José Coletto, de Ji-Paraná. Movido pelo agronegócio, a capital da BR e toda região precisam de maior integração com os grandes centros consumidores e a aviação tem facilitado os negócios da classe empresarial do interior rondoniense.
Tráfico de mulheres
Nas investigações desenvolvidas pelo Congresso Nacional foram descobertas nada mais anda menos do que 241 rotas de trafico de mulheres e crianças para o exterior. No tráfico de mulheres, por exemplo, Rondônia participa com exportações para os prostíbulos da Espanha, país que diga-se de passagem, é o que mais acolhe mariposas, travestis e cafetões tupiniquins na Europa
Com otimismo
Depois de percorrer o estado, visando a organização partidária e abrir as discussões em torno de alianças para as eleições municipais deste ano, o presidente regional do PSDC Edgar do Boi se manifestou otimista com relação ao crescimento da agremiação cristã. "Fomos surpresa nas eleições passada e voltaremos a surpreender nas eleições municipais", assegura.
Do Cotidiano
A depredação ambiental
Boa parte das unidades de preservação permanente e terras indígenas de Rondônia já estão invadidas por grileiros, garimpeiros e, principalmente madeireiros. São necessárias, portanto, mesmo com a chiadeira dos infratores providências enérgicas e imediatas para combater o desmatamento indiscriminado e a depredação ambiental no Estado, embora órgãos como o Ibama conte com poucos recursos humanos para tocar a tarefa a contento.
Por conta de tudo isso que vem ocorrendo na terrinha, o ecologista Rogério Vargas prevê que nos próximos 30 anos, se o Governo Federal não adotar medidas repressivas para coibir a exploração ilegal de madeira, por exemplo, 70% da floresta amazônica estará totalmente devastada.
Ecologistas e ambientalistas fazem sérias acusações contra a fiscalização dos órgãos como a Funai e Ibama, na medida em que não apuram as denúncias formuladas e nem pune os infratores com os rigores da lei. No entendimento deles, a impunidade estimula novas invasões o que acaba gerando conflitos no campo.
Na verdade existe uma predisposição em protelar o julgamento sobre crimes ambientais para que as ações prescrevam e, assim, os infratores continuem impunes. Por conseguinte, urge a implantação de Varas Criminais/Fundiária no Poder Judiciário da Amazônia para agilizar os inquéritos e processos sobre crimes ambientais que acabam prescrevendo por falta de juízes especiais para julgá-los.
Os órgãos federais ambientalistas e indigenistas não têm estrutura física, financeira e recursos humanos para enfrentar o avanço da frente madeireira, pecuária e da soja..
Com isso, o ecossistema e a biodiversidade continuam comprometidos por falta de uma política exeqüível para a conservação do meio ambiente na Amazônia Ocidental.
Temos ainda o caso da expansão da soja, cuja intensificação da produção e produtividade é justificada como solução ao problema da dívida externa. Isto porque, quando todos pensam que as exportações do produto são para a fabricação de óleo e outros derivados (e até mesmo para aumentar o PIB), o que se sabe, na verdade, é que a soja é exportada para alimentar o gado bovino da Europa e dos Estados Unidos que estão indiretamente ajudando a destruir a Amazônia.
A situação é tão grave que os desmatamentos indiscriminados e a poluição de rios e igarapés já comprometem o ecossistema e a biodiversidade da fauna e da flora da região.
Via Direta
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