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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 26/01/08


Transporte escolar

Dispostos a melhorar as condições do transporte escolar na zona rural do estado, os prefeitos rondonienses vão se armar até os dentes, para arrancar do governador Ivo Cassol mais recursos para atender a criançada no campo. A Associação Rondoniense de Municípios-AROM entra na briga convocando os alcaides para uma grande concentração logo depois do carnaval.

A polarização

O deputado federal Lindomar Garçon (PV), abre o ano com a melhor estratégia dos candidatos de oposição ao prefeito Roberto Sobrinho (PT). Não dando trégua ao petista, como ele tem fazendo, ele busca a polarização. Se conseguir isso, botará poeira em outros adversários na briga por uma vaga ao segundo turno.Uma coluna sem papas na língua 26/01/08 - Gente de Opinião

Sem trégua

Como as eleições da capital tem revelado uma tendência mais conservadora, e essa corrente política não é chegada a petistas, vai chegar ao segundo turno quem conseguir se caracterizar como o "inimigo" dos petistas. Garçon esta fazendo bem esse papel, sem trégua: pau na TV, fofocas nas invasões e pinça os defeitos de Sobrinho - área de saúde, alagações etc – para incomodar o adversário. 

Jogo de estratégia

Já, Sobrinho, precisa definir a sua estratégia da reeleição. Tem muita obra em andamento mas seu trabalho na periferia e nos distritos não tem chegado a opinião publica, como deveria. Ao mesmo tempo, também precisa catimbar o jogo com os adversários, pois o quanto mais conseguir arrastar o calor dos debates Uma coluna sem papas na língua 26/01/08 - Gente de Opiniãopara depois de julho, menos desgastes para ele.

Pau no Sobrinho

A simples necessidade de buscar a polarização com o candidato petista vai colocar seus adversários, logo depois do carnaval, já armados até de tacapes para buscar duelos com o prefeito. E onde, não existir defeito, vão botar. Como vai levar muito pau da oposição, deve perder até alguma gordurinha de popularidade que tinha conseguido nestes três anos de gestão.

Puro sangue

Ao longo dos anos o eleitorado de Porto Velho tem rejeitado alianças entre forças antagonistas. Isso vem desde os idos de cutubas e peles-curtas. Por isso de um tempo para cá, a opção de chapas puro-sangue tem levado a melhor: em 2004 uma chapa puro sangue de esquerda (PT/PC do B), levou Roberto Sobrinho a vitória a prefeitura da capital.

Chapas coerentes

Também a estratégia de uma chapa puro sangue, levou o governador Ivo Cassol a um resultado consagrador nas eleições de 2006, ganhando a parada ainda em primeiro turno. Montar uma chapa coerente, sem frente salada, é um desafio para o prefeito Roberto Sobrinho. Se errar na mão, por exemplo, pode se transformar em mais um favorito desabando no despenhadeiro.

Uma coluna sem papas na língua 26/01/08 - Gente de OpiniãoPuro sangue tucano

O PSDB entra na parada em 2008, seguindo a tendência puro sangue, com o ex-deputado federal Hamilton Cassara na cabeça de chapa e na vice, o delegado Carlos Eduardo, muito bem votado à Câmara Federal no ano passado. Uma chapa que pode crescer, se houver muita miscelânea nas composições dos adversários Sobrinho, Nazif e Garçon.

Novo estado

O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) está propondo consulta plebiscitaria para a criação de um novo Estado, o Estado do Carajás, que nasceria já do tamanho de Rondônia, algo em torno de 1,5 milhão de habitantes. No projeto apresentado, o novo estado teria 38 municípios, tendo como capital a pujante Marabá.

Ponta do Abunã

Ao meio de poderosos lobbies para a criação de um novo estado, causas importantes como a da criação de novos municípios, são relegados pelo Congresso Nacional. A Ponta do Abunã e Tarilândia em Rondônia lutam bravamente há mais de duas décadas pela independência, sem que os projetos de desmembramentos consigam avançar


Do Cotidiano

As demandas sociais

Exigência do Estatuto das Cidades, as prefeituras dos municípios acima dos 20 mil habitantes estão dando tratos a bola para planejar seu futuro. Foi ainda no final da década de 80, com a administração Francisco Chiquilito Erse, que com o auxílio de técnicos da Universidade de São Paulo –USP,  que Porto Velho desenvolveu seu primeiro plano com olhos voltados ao futuro. No primeiro documento já se planejava melhorias como adensamento urbano, o respeito aos fundos de vale, a utilização do solo, questões emergenciais como saúde, educação, moradia, até malha do sistema de transportes coletivos.

Em meados dos anos 90 também o prefeito José Vieira Guedes voltaria a tratar do assunto e anos depois um novo Plano Diretor seria concluído ao longo da administração Carlinhos Camurça.

O governo do prefeito Roberto Sobrinho, com a realização do 1º Seminário Técnico da Revisão do Plano Diretor de Porto Velho, centrou suas preocupações para o futuro, buscando a participação popular. Situações novas como a construção das hidrelétricas bem como a implantação do anel viário estão vindo a tona, ao lado de outras diretrizes já tratadas em estudos desta natureza.

Vejo com bons olhos a revisão do nosso plano diretor porque o crescimento atual é direcionado para a Zona Leste, mais baixa e alagadiça, enquanto que a melhor opção para a municipalidade é estabelecer estacas para direcionar o nosso desenvolvimento para a Zona Norte, região onde está o eixo Eldorado/Caladinho/ Cidade do Lobo.

É claro, que um estudo detalhado, como nosso Plano Diretor tem que ir bem mais além. Temos  problemas graves para ser combatidos, a partir das alagações durante os rigorosos invernos da Amazônia, quando Porto Velho se transforma num verdadeiro igapó. Existe a necessidade, por conseguinte, de investimentos maciços na macrodrenagem, ações que exigem muitos recursos, mas que funcionaram onde foram tocadas pelos ex-prefeitos Chiquilito, José Guedes e Carlinhos Camurça.

Com ocupação desordenada, Porto Velho cresceu a razão de 11 por cento ao ano nos anos 80, o que seria atualmente incorporar a população de Rolim de Moura anualmente. O poder público, naturalmente não acompanhou as demandas sociais causando com isso enormes déficits no abastecimento de água, de pavimentação, moradia, saúde etc.

Resgatar todas  necessidades além de se projetar para uma nova onda migratória por contra da construção das hidrelétricas do madeira se torna o grande desafio da nossa municipalidade.

Via Direta

*** Na matéria de ontem sobre o panorama das eleições em Rondônia troquei a sigla de Adilson Siqueira, que é pré-candidato do PSOL, pelo inexistente Prona *** Impressionam as estatísticas sobre as mortes envolvendo jovens em Rondônia, seja em combates com a Polícia ou nos presídios ou com grupos rivais *** A localidade de Rio Pardo, no Vale do Guaporé, recebe levas de migrantes desde o ano passado.

Fonte: csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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