Uma coluna sem papas na língua 26/04/08

Primeira desistência

O retorno do médico Amado Rahal (PPS) ao Hospital de Base já indica a primeira desistência na corrida sucessória de Porto Velho. Inicialmente ele seria postulante a prefeito, posteriormente teria o apoio do governador Ivo Cassol para ser vice de Lindomar Garçon, mas Rahal acabou mesmo permanecendo nas suas funções – que diga-se de passagem exerce com muita competência.

Grande aliança

Já em campanha, o deputado federal Lindomar Garçon (PV) corre trecho todo final de semana nos bairros. Além do corpo a corpo, o pré-candidato que tem respaldo do Palácio Presidente Vargas, costura uma grande aliança. Segundo ele, nada mais, nada menos do que  15 partidos farão parte da coalizão na peleja de 5 de outubro.

Indicação do vice

Conversei ontem com Garçom questionando sobre a composição de sua chapa e a indicação do seu vice. Me apresentou três alternativas: 1 – Aliança com o PSDC, com a indicação do médico Macário Barros 2 – Acordo com o PSDB, com a indicação oriunda dos quadros tucanos 3 – Coalizão com o PSB, com vice partindo de Mauro Nazif.

No Cone Sul

Com votação em Vilhena e nos municípios do médio Guaporé, o deputado estadual Luizinho Goebel (PV-Vilhena) optou ficar fora da disputa na sucessão do prefeito Marlon Donadon. Mas já adiantou que estará no palanque do antagonista do clã Donadon. Trocado em miúdos: possivelmente com Eliane da Emater ou Zé Rover.

Com lideranças

As seguidas reuniões em Porto Velho com sua chapa de candidatos a vereadores e lideranças nos bairros, indicam com clareza que o deputado federal Mauro Nazif já esta nas paradas. Ele vai travar uma  boa briga com Garçom para galgar uma vaga ao segundo turno com o prefeito Roberto Sobrinho (PT).

Erros de avaliação I

Nos três candidatos de ponta as duas vagas ao segundo turno na capital já deu para avaliar alguns equívocos iniciais: 1 – Na militância do PT, a arrogância que o candidato vai se eleger  já no primeiro turno. O pleito passado mostrou o preço pago por Nazif/Camurça justamente por excesso de otimismo 2 – Com Garçon, seu maior entrave é  conquistar os formadores de opinião - e acreditar piamente em pesquisas furadas.

Erros de avaliação II

Ainda sobre as táticas dos prefeituraveis: Do lado de Mauro Nazif, o pré-candidato socialista, embora sinalize que esteja nas paradas, não assume oficialmente a candidatura. Isso só deverá ocorrer na convenção de junho. Mas a frente essa opção poderá ser melhor avaliada - e os prejuizos decorrentes.

Racha na Assembléia

Esta cada vez mais visível o racha entre os deputados estaduais da base aliada na Assembléia Legislativa. Uma boa parte rejeita o  futuro segundo mandato (a reeleição foi antecipada) do atual presidente Neodi Carlos (PSDC) para o biênio 2009/2009. Como podem ser contra se todos votaram a favor? É casuísmo em cima de casuísmo. A previsão é de chuvas e trovoadas para os próximos dias.

Imigração japonesa

Com matéria especial retratando a imigração japonesa da Amazônia – são quase 100 anos – a revista Momento Brasil circula nos estados de Rondônia, Acre e Amazonas desde o meio da semana. Também se destacam as matérias sobre as eleições municipais em Rondônia e o Plano Ambiental para as hidrelétricas do Madeira.

É compromisso

Sendo reeleito, o prefeito Roberto Sobrinho (PT), pretende permanecer os quatro anos do seu mandato na prefeitura de Porto Velho. O compromisso foi firmado – e aprovado - pela militância do Partido dos Trabalhadores e da sua base aliada. Mesmo assim os cardeais de outras legendas permanecem desconfiados com relação aos seus projetos futuros.

Do Cotidiano

Expectativa de vida

Em 2050, um em cada quatro brasileiros será idoso – duas vezes e meia a proporção atual. Estado com uma das maiores expectativas de vida do Brasil, o Rio Grande do Sul se antecipou à tendência e reúne os municípios mais envelhecidos do país. A gaúcha Colinas é a cidade brasileira a maior proporção de velhos no país e pode ser utilizada como um laboratório dos problemas que todos os brasileiros sobreviventes ao caos do trânsito e da violência terão que enfrentar em breve. Ali é o Brasil, amanhã: nessa cidade colocada num vale cercado de montes, a 125 quilômetros da capital, Colinas tem uma população de terceira idade mais numerosa que a de crianças. Com mais de um em cada cinco moradores acima dos 60 anos, dobro da média nacional, a comunidade de 2,4 mil habitantes sofre com problemas de saúde, educação e trabalho que em breve alcançarão os demais municípios. Colinas fecha escolas, os jovens vão embora e disparam os gastos com cardiologistas e pneumologistas.

O Brasil, mais especialmente a nossa amada Rondônia poderia aprender com Colinas (RS) fórmulas corretas para antecipar os problemas de um país mais velho. Embora um estado jovem, ano a ano as taxas de idosos vai aumentando neste estado que nas últimas décadas tem exportado seus jovens para outros estados e outros países.

Nosso Estado de Rondônia ainda engatinha na assistência social as pessoas idosas e em Porto Velho temos constatado  pelas queixas que n os chegam, um aumento substancial do abandono dos velhinhos. Numa capital que carece de abrigos e asilos, nossos anciões acabam sendo atendidos por entidades sociais e religiosas, por pessoas estranhas a família e, em último caso  nas questões emergenciais, por vizinhos caridosos.  Em casos extremos – de doenças por exemplo - para serem atendidos com dignidade pelos parentes, muitos pais e avós tem sido obrigados a entrar com ações na justiça. A que ponto chegamos nesta civilização, cada vez mais corroída pelo materialismo!

Mesmo com o Estatuto do Idoso em vigência, o cenário não muda de região para região no que se refere ao tratamento dispensado aos anciões. O egoísmo, o estresse da vida moderna e a falta de paciência penalizam as pessoas com mais idade neste país. O tema deveria servir de reflexões para as autoridades brasileiras que tem pensado mais nos seus próprios umbigos, esquecendo que um dia também  poderão passar pelo mesmo drama do abandono.

Via Direta

*** Ainda tem muita gente em Rondônia que não apresentou a declaração de imposto de renda *** O prazo, vale lembrar, é só até o dia 30 de abril *** O presidente do Diretório Municipal do PMDB Fernando Prado aposta numa forte nominata para conquista três vagas na Câmara de Vereadores da capital *** A prefeitura de Montenegro padece com o corte de recursos do Fundo de Participação dos Municípios – FPM 

Fonte: Carlos Sperança