Uma coluna sem papas na língua 27/05/08

Eleições municipais

O governador Ivo Cassol, que está retornando ao estado, reeassume o cargo e começa a tratar das eleições municipais. Ivo não fala mais em termos de eleições presidenciais, mas já foca o Senado em 2010. Ele volta e já começa a costurar acordos onde a base governista está com problemas.

Magic Cassol

Vencer o pleito, com seus aliados, nos cinco maiores colégios eleitorais do estado é um desafio para o governador. Em alguns casos, só virando mágico mesmo. Em Porto Velho o prefeito Roberto Sobrinho (PT) ameaça ganhar em primeiro turno. Em Ji-Paraná, quem ponteia a corrida é José Bianco (DEM); em Ariquemes, Confúcio Moura (PMDB).

Pedrinhas no sapato

Até nos polos regionais considerados “ninhos” do governador a coisa está pedreira. Em Cacoal, o padre Franco (PT) lidera a corrida e a base governista está fracionada entre a vereadora Glaucioni Neri (PSDC) e o sanguessuga Nilton Capixaba (PTB).  Unificar a base em torno de Glaucioni é o desafio.

Caso de Vilhena

Vilhena, que irradia influência para os municípios do Cone Sul, também é fator de complicações. Lá reina o clã Donadon e a permanente divisão da oposição favorece quem está no poder. Ivo apoia Zé Rover, um político em ascensão, mas considerado um genérico dos Donadons, de quem foi cria política.
 
PSL nas paradas

Ao participar no final de semana do encontro nacional do PSL em Belo Horizonte, a ex-vereadora Silvana Davis recebeu a missão do presidente nacional da legenda Luciano Bivar, para disputar a prefeitura de Porto Velho. A medida faz parte da estratégia dos liberais para o crescimento do partido tendo em vista as eleições presidenciais de 2010. 

Motivos de Nazif

Indaga-se nos círculos políticos os motivos pelos quais, o deputado federal Mauro Nazif esta fugindo da raia no pleito da capital. Existem dois motivos, por enquanto: 1 – Ele perdeu pleitos seguidos a prefeitura 2 – Lideranças do PSB do interior não querem que a sigla perca seu único representante na Câmara Federal.

Espaço aberto

Sem Nazif nas paradas, existe uma lacuna para o nascimento de uma terceira via na capital. Esse nome vai crescer naquela faixa do eleitorado antipetista e no anticassolismo que também existe na capital rondoniense. Uma brecha que poderia ser absorvida por Davi Chiquilito

Mobilização do PDT

O PDT abriu sua mobilização para as eleições municipais em vários municípios. Em Guajará Mirim, o partido inaugurou no final de semana sua nova sede  e elegeu seu novo diretório. Lá, como nos demais diretórios, o partido vai ministrar cursos de formação política através da Universidade Aberta Leonel Brizola.

Feira de Negócios

A partir de  quinta feira será realizado no Bingool Clube do Ferroviário mais uma edição da Feira de Negócios Imobiliários e da Construção Civil de Rondônia –Fenicom. Além de apresentar inovações para as áreas de construção civil, arquitetura e decoração, simultaneamente acontecerá   mais um feirão da casa própria pela Caixa Econômica Federal.

E surge o petano...

Por força de aliança envolvendo petistas e tucanos em Minas Gerais, está surgindo um bicho frankstênico denominado “petano” pela revista Veja. Tucanos e petistas nunca se bicaram, mas em vários municípios Brasileiros, atendendo conveniências locais – caso de Salvador também -, os acordos políticos vão acontecendo.

Do Cotidiano

Os interesses ocultos

Sendo uma das regiões mais importantes do mundo, e de um mundo que ainda não aprendeu a viver em paz, a Amazônia, para o bem ou para o mal, é alvo das atenções de interesses de todos os tipos, tamanhos, sabores e apetites. É fácil supor, pois são comprovados a cada instante, que haja organizações criminosas ocultas por fachadas encimadas por belos nomes. Afinal, há também seitas que falam em Deus e praticam atos demoníacos. Assim, não há porque duvidar das afirmações feitas no Congresso Nacional pelo general Maynard Marques Santa Rosa, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, a respeito de “interesses ocultos” que seriam a base da ação de muitas das cem mil organizações não-governamentais que atuam no território amazônico.

Cem mil ongs parece um número inacreditável, mas como na Amazônia tudo é amplo e desmedido, não há também porque duvidar desse cálculo feito pelos serviços de inteligência do Exército. Ong é mais ou menos como blog na Internet: cada qual abre o seu. O conteúdo e os propósitos é que podem variar, mesmo colocados na mesma comunidade de intenções. Segundo o militar, muitas ongs se dedicam a atividades ilegais: “Essas organizações clamam pela defesa do meio ambiente e dos direitos indígenas, mas muitas têm interesses ocultos, como o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, a lavagem de dinheiro e até a espionagem”, afirmou o general Maynard, em maio deste ano, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados.

Não se pode deixar de reconhecer a razão e a justeza das afirmações do general Maynard também sobre as dificuldades que tem nosso Exército para vigiar a Amazônia, tanto em função da vasta extensão desse ecossistema como por suas carências orçamentárias. Não escapa a ninguém que nossas Forças Armadas estão à beira da sucata. Mas no casos das ongs, é recomendável ter cuidado para evitar as generalizações.

Se “muitas” das ongs podem de fato ter interesses ocultos, pode-se também afirmar que “muitas” ongs são grandemente benéficas à proteção da floresta e dos povos amazônidas.

Se há de fato “muitas” ongs criminosas, elas devem sofrer de imediato a pronta resposta da lei, pois o contrário disso é a conivência. Não se pode, por outro lado, generalizar e pôr todas as ongs, inclusive aquelas que prestam um serviço inestimável ao País e à humanidade, no mesmo saco. Tão criminoso quanto manter “interesses ocultos” é espalhar suspeição por todos os lados, o que é também uma forma de injustiça. Cabe às autoridades dar nomes aos bois.

Via Direta

*** A mesa diretora da Assembléia Legislativa estuda medidas de economia para adaptar o Poder Legislativo a Lei de Responsabilidade Fiscal *** A vereadora Penha (Buritis), Lurdinha do PT (Presidente Médici), Ana da 8 (Nova Mamoré), Sônia Arrabal (Ouro Preto) são algumas pré-candidatas a prefeita em Rondônia *** Com asa crescida, o deputado estadual Miguel Sena (PV) pretende destronar Dedé de Melo (PSDB) da prefeitura de Guajará Mirim.

Fonte: Carlos Sperança